agosto 2005 Archives

Reflexão de um Bombeiro

| 2 Comentários

Recebemos o seguinte e-mail do 2º Comandante dos Bombeiros de Caxarias:

Caríssimos
Em primeiro lugar queria felicita-los pelo trabalho que está a ser desenvolvido através do v/ blog.

Chegou á minha mão um documento escrito por um elemento deste Corpo de Bombeiros que não é mais que uma refelexão pessoal sobre os incêndios do inicio deste mês, atendendo ao seu conteudo acho que deve ser lido por mais pessoas pensei em partilha-lo convosco, para o caso de haver interesse na sua publicação.

Caso queiram efectuar a sua publicação já tenho autorização do seu autor.
Sem outro assunto,com os meus cumprimentos,
Paulo Major
2.º Cmdt BVCaxarias

Neste feriado de 15 de Agosto, tive oportunidade de percorrer as estradas das freguesias de Espite, Urqueira, Olival e Caxarias, onde o verde deu lugar ao vermelho abrasador das chamas, e agora à escuridão desoladora das cinzas. Ecoava então na minha mente, a sirene dos bombeiros e recordava aquela sexta-feira:

“Passavam poucos minutos das zero horas, e já o dia se adivinhava de terror para o nosso Concelho; o fogo lavrava nas encostas de Pombal, Albergaria, e ameaçava as povoações de Espite e Resouro.

O único Grupo de Primeira Intervenção (GPI) da nossa Corporação já vinha a combater arduamente as chamas há mais de 18 horas ininterruptas, quando, pela manhã, as chamas aproximavam-se perigosamente do Resouro e Casal Dos Bernardos. A sirene chorava desesperadamente... chegavam os meios humanos, mas não havia mais carros para prosseguir. Trabalhando em equipa, e face a uma luta desigual, foram pedidos reforços a outras Corporações pois as línguas de fogo lambiam e consumiam tudo no seu caminho. Estiveram presentes bombeiros de localidades tão distantes como Castelo Branco, Samora Correia, Alcanena, Golegã, entre outros, todos eles sacrificando-se em prole das vidas e bens que o inferno ameaçava engolir.

Para não dizerem que passo a vida a dizer que a culpa é sempre do Estado...

Dar festa... aos bombeiros !:

Espero que seja esta a última vez que escrevo sobre incêndios... Não posso passar sem contar o que acontece nas nossas terras e que ninguém acha mal. Isto que segue decorreu uns escassos dias antes do 15 de Agosto deste ano. Estava eu em casa quando ouvi um carro parar a minha porta seguido por um 'Ó patroa!' em alto e bom som... Eram os fulanos que passam todos os anos na mesma época para recolher fundos que servam a organizar a festa de Rio de Couros. Costumo sempre dar o meu contributo, portanto, depositei 6 euros no saquinho. Em troca, estenderam-me um foguete com um grande sorriso. Sim, um foguete. E meio país estava a arder já naquela altura. No fim de semana anterior, a zona de Urqueira e de Espite até tinha também sofrido os incêndios na pele. Agradeci pelo foguete e disse: 'Olhe, até calha bem, que este fim de semana vou para a costa alentejana. Se atirar o foguete da praia, de certeza que não arrisco atear nenhum fogo, pois não...?' O tipo olhou para os sapatos com um sorriso constrangido, despediu-se de mim à pressa e desapareceu. E depois admiram-se? Como é isto possível? Ninguém tomou a iniciativa de impedir a distribuição quase gratuita de foguetes, sobretudo este ano...?

PS: e depois, ainda tratam mal os bombeiros, que tudo fazem para evitar o pior... “

(Via Da minha janela....)

foi você que pediu mais estado?

| 17 Comentários | No TrackBacks

joão miranda no blasfémias:

Lotaria florestal

Todos aqueles que querem mais estado na questão dos fogos florestais deviam meditar no que o estado tem feito para resolver o problema. Em 2004-2005 o estado gastou 18 milhões de contos em prevenção que beneficiam essencialmente interesses privados. Entre 1994 e 2004 o estado gastou 50 milhões de contos no reequipamento dos bombeiros que, coitados, têm sempre falta de meios. 



Só desde 1999 foram gastos 9 milhões de contos a reflorestar 260 mil hectares de floresta, apesar de ser óbvio para todos que quem recebe estes subsídios não terá capacidade financeira nem interesse económico em tratar do que foi plantado. Não adianta pedir mais estado quando tem sido precisamente o estado que tem fomentado a plantação de árvores que estão condenadas a arder. A plantação de árvores em Portugal é uma verdadeira lotaria em que o estado compra os bilhetes para distribuir pelos proprietários. Os mapas publicados na última edição do Expresso mostram claramente que em 15 anos a probabilidade de uma plantação do centro e do norte do país arder pelo menos uma vez deve ser bem superior a 70%. O preço da madeira está estagnado há anos, enquanto tudo o resto subiu, o que mostra que há excesso de oferta. Apesar de a exploração floretal não ser económica, apesar de ser até perigosa, o estado continua a incentivá-la.



Por outro lado, os registos de propriedade, uma função essencial do estado, continuam por fazer, o que impede a venda e a consolidação da propriedade, a floresta do estado arde como as outras, as câmaras municipais continuam a ignorar a lei e não limpam o que é suposto que limpem e os serviços centrais do estado não fiscalizam o que têm a fiscalizar. Apesar de o estado ter feito mal aquilo que é da sua responsabilidade, ainda há quem queira mais estado.

No Resouro

| Sem Comentários
Indo pela avenida do Resouro chega-se ao largo da Chaminé. Este largo é como qualquer outro. Mas com um poste de electricidade plantado no meio a marcar uma eventual rotunda ou o raio que os parta.

Discutir os incêndios

| 6 Comentários

Discutir incêndios, como era de esperar, dá azo a polémica. Neste blog, se aliarmos o calor do verão com a proximidade do acontecimento, as discussões teriam que aquecer e vem ao de cima muita coisa: a crítica mesquinha, os dados adquiridos, as verdades insuspeitas, os consensos alargados, o políticamente (in)correcto, o moralismo de e contra os proprietários, os bodes-expiatórios, os 'esfrega-mãos' da indústria de incêndios, a culpa é dos neo-liberais, ou dos incendiários, a falta de canadairs, o ministro que foi de férias, as estatísticas, a demagogia, o centralismo autista, os estudos que foram feitos e que ninguém leu, os livros brancos, a coordenação da protecção civil, os militares nos quartéis, os bombeiros que são uns heróis mas não chegam a todo o lado, as populações que salvaram casas sem ajuda de ninguém, comparações com a Espanha e por último, mas sem ser novidade, novas Leis para juntar às muitas que temos, uma delas que obriga os proprietários a limparem (sob coacção) os seus pinhais e eucaliptais. É claro que a D. Maria, nos seus 75 anos e que tem um pequeno pinhal ali e outro acolá e mais uns hectares espalhados num raio de 50km vai obedecer à Lei e agarrar dos seus 100 Euros de reforma mensal para pagar a limpeza do mato, deve dar para uns metros. Ou o Sr. Manuel, emigrante em França, que nunca recebe nem sabe dos avisos que lhe são feitos pelas entidades locais e nunca se deu de limpar os seus pinhais porque só usufrui da casa em Portugal uns 15 a 30 dias por ano. Já pensou em vender os pinhais, mas a burocracia é tanta neste país que mais vale deixar os terrenos ao abandono. Qual a resposta a dar a isto? Multas? Expropriações? Vai ser o Estado a limpar os terrenos? Com que dinheiro? Com que meios? Durante quanto tempo? Uma coisa é certa. Do que ardeu no concelho de Ourém e por outras áreas deste país, daqui a 1 ou 2 anos vamos ver os primeiros eucaliptos a despontar, para além da primeira vegetação que vai renascer. Daqui a uns anos terão crescido o suficiente para arder outra vez. Daqui a 1 mês, quantos de nós se lembrarão dos incêndios? Daqui a 1 ano, estaremos outra vez a discutir os incêndios. Estaremos dispostos a discutir esta questão de maneira realista e estrutural? Queremos mesmo e poderemos resolver este problema a longo prazo? O problema dos incêndios vai-se resolver com mais leis? Com os militares? Com centrais de biomassa? Com a compra de mais canadairs? Mais prevenção? Melhor combate? Fica aqui a pergunta, aberta à livre discussão. Porque aqui não existem iluminados, nem gurus, nem detentores da verdade e das medidas-fáceis ou os que apontam o caminho. Digam o que pensam de livre vontade, mas tentem não se desviar do assunto em verborreia barata que não leva a lado nenhum. Não é por falta de oportunidade.

mitos, 2

| Sem Comentários | No TrackBacks

para terminar uma série de artigos dedicados ao mito do fogo posto, após alguma insistência com o servidor do mai lá consegui aceder ao livro branco dos incêndios em 2003. a percentagem de incêndios de origem criminosa lá indicada é 30%.

comparando com os valores de estudos espanhóis; tendo em conta o estado actual das florestas; a energia térmica acumulada; as condições metereológicas; etc., não me parece que falhe por muito se disser que os incêndios de origem criminosa se situam entre os 20% a 30%.

por muito que isso não convenha a quem não fez o seu trabalho como deve ser e agora tenta arranjar desculpas, como é o caso de david catarino.

choque tecnológico, 3

| Sem Comentários | No TrackBacks

fui ao site do ministério da administração interna tentar encontrar algum documento parecido com este (um estudo perigoso e pouco romântico, que diz que 2/3 dos incêndios em espanha são devidos ao uso tradicional do fogo na agricultura), mas parece que por lá já foram vítimas do choque, pois tudo o que encontrei foi isto:

PHP has encountered an Access Violation at 01930ACD

mitos

| 2 Comentários | No TrackBacks
o mito do fogo posto, por joão miranda do blasfémias, parte i e parte ii.

ontem; hoje e amanhã

| Sem Comentários | No TrackBacks

pouca vergonha, 2

| Sem Comentários | No TrackBacks
segundo a bbc, a guarda civil espanhola estima em 15% os incêndios de origem criminosa.

pouca vergonha

| 7 Comentários | No TrackBacks
o notícias de ourém, com o concelho todo a arder, tem a lata de fazer uma capa com a foto de um incêndio.

coordenadas para o futuro

| 1 Comentário | No TrackBacks

nelson peneirol, da jsd ourém:

Sob o título de “Coordenadas para o Futuro” a JSD Ourém vai realizar um ciclo de fóruns de discussão sobre temáticas actuais. Nos debates estarão presentes convidados especialistas em cada área sendo o debate igualmente aberto à participação de toda a comunidade.

O objectivo destes Fóruns é provocar um estímulo de interesse e de discussão em assuntos que são bandeira de campanha da JSD Ourém para a próxima legislatura autárquica, criando-se assim uma oportunidade para que toda a comunidade possa participar e contribuir pró-activamente na construção de projectos e ideias para o concelho e para a região. É necessária uma forte participação sobretudo da juventude mas também da restante sociedade civil, de forma a diversificar e enriquecer o debate. Desta forma, estão todos convidados a estar presentes.

As duas primeiras sessões serão sobre Empreendedorismo, na sexta-feira dia 2 de Setembro, e Ambiente, a 9 de Setembro, também sexta-feira. Os fóruns têm início às 21:30, na Sala Luso-Galaica, no edifício do Parque Linear de Ourém.

Contamos com TODOS para definir Coordenadas de Futuro para o concelho de Ourém e para a nossa região!

Para o efeito foi criado o blog Coordenadas para o Futuro.

serviço público

| Sem Comentários | No TrackBacks

da censurahigiene

| 10 Comentários | No TrackBacks
ha' alguns utilizadores do castelo que clamam o' da guarda que voltou a censura! por serem apagados comenta'rios seus. ja' aqui foi dito muitas vezes, mas vou repetir: comenta'rios com insultos sera~o apagados liminarmente, sem apelo nem agravo. eu chamo-lhe higiene editorial, chamem-lhe o que quiserem. se querem insultar algue'm, criem um blog e fac,am la' o que quiserem. aqui por enquanto ainda mandamos no's, por muito que isso custe a alguns.
A ler, este artigo de Pacheco Pereira:

UMA MEDIDA COMPLETAMENTE IRREALISTA E INAPLICÁVEL ...: "Alguém acredita que um estado, um governo, que assiste indiferente ao lançamento proibido de foguetes, com completa impunidade, uma actividade pela sua natureza impossível de esconder, em distritos com risco máximo de incêndios, e com quarenta graus de temperatura, pode obrigar alguém a uma actividade tão cara, - sim meus senhores, porque é cara, - como seja ter as matas limpas? Alguém acredita que um estado, um governo, que permite, de uma ponta à outra do país, a actividades ilegais na exploração de inertes, e que não fecha uma pedreira, pode obrigar á ‘limpeza coerciva’, sem ter uma polícia própria para os matos e brigadas de limpeza com mais gente do que todo o pessoal municipal hoje existente? Sem outra economia, sem outro ordenamento, sem outra política local? Só para se perceber porque razão é que o problema é em primeiro lugar de autoridade do estado, podemos ir aos exemplos do que podia ser feito e não se faz. Já algum director de um Parque Natural foi demitido porque o seu Parque não estava limpo? Não, por duas simples razões: uma, porque em muitos casos a sua nomeação é política e é intocável pelo partido que lá o colocou; noutra, porque ele dirá que não tem meios, nem dinheiro para o fazer e provavelmente está certo. Já alguma Comissão de festas foi responsabilizada pelo lançamento proibido de foguetes, apesar de isso ter acontecido por todo o lado nas festas deste Verão? Não, porque o lançamento de foguetes é popular, estamos em vésperas de autárquicas, e sem foguetes, dezenas de fabriquetas de pirotecnia entrariam na falência na nossa frágil economia. Fecha-se os olhos. Todos sabem, ninguém actua. Vamos ter mais legislação perfeita e inaplicável, para boa consciência dos governantes. Somos o país da legislação perfeita (já leram a legislação sobre pedreiras? É aplicada nalgum sítio? Onde está uma pedreira recuperada depois do fim do período de extracção? Onde o estado (e o governo) não faz o que já pode fazer, para nos enganar, promete o que não pode fazer."

(Via ABRUPTO.)

Presidente Catarino dixit, na TVI:: "Acerca dos incêndios que atingiram o Concelho de Ourém, o Presidente da CM disse isto acerca dos incendiários: 'Estes actos fazem-nos lembrar os actos terroristas, mas ao menos esses amarram-se à bomba, mas aqui não se prendem aos pinheiros para ir ter com os anjinhos.'"

(Via FOTOGRAFIA, SEMPRE!!! E outras coisas....)

Imagem do mês

| 1 Comentário | No TrackBacks

GM2X8737.jpg

Fotografia retirada do Fotografia, Sempre.

A ler, no blog da JSD Fátima, uma análise interessante dos resultados a nível concelhio para as eleições autárquicas no Concelho de Ourém desde 1976.

Esta é uma iniciativa nova para o espaço Som da Tinta. Em intenção dos que por cá ficaram (ou vieram) no mês de Agosto, (mas todos serão benvindos), convidamos alguém para, com os seus convidados, conversarmos daquilo que lhe apetecer. Depois da excelente convívio com Pedro Gonçalves e os seus convidados no dia 26, ao fim da tarde, pelas 18.30 iremos ter a Carmen Zita e a Susana e os seus convidados se não nos enganamos (como é costume)… para ouvir muita poesia … o que for a gosto de(las).

A CDU continua a emitir mais comunicados para as próximas eleições autárquicas:

Comunicado nº 36 - Pelouros e poleiros (ou vice-versa) que podem ser consultados no blog da CDU Ourém.

cantas bem...

| 11 Comentários | No TrackBacks

a ips, numa peça dedicada aos incêndios em portugal, refere a certa altura:

The importance of educating the public about strategies to prevent forest fires was highlighted in a pilot project aimed at demonstrating both the environmental and economic benefits of prevention efforts.

David Catarino, the mayor of Ourem, is an enthusiastic supporter of the initiative headed up by forestry engineer Pedro Cortes, one of the founders and directors of the Geoterra firm, which carried out the project.

“The costs of a tragedy are always higher than the investment it would take to prevent it,” noted Catarino.

He pointed to a study by the Federation of Forestry Producers “which shows very clearly that every euro invested in prevention is returned in double or triple the same amount in profits.”

gostaria de perguntar ao presidente quanto investiu a câmara este ano em prevenção e educação.

Quinto Poder?

| 2 Comentários | No TrackBacks

A ler, o artigo de Vital Moreira publicado no Público de 23 de Agosto: O "quinto poder" ?:

Essa função de suprimento das insuficiências dos media tradicionais é particularmente relevante ao nível do local, onde existe um grande défice de pluralismo de imprensa, sendo raros, em muitas regiões, os jornais e as rádios locais, com a agravante de que frequentemente eles são dominados ou estão financeiramente dependentes do próprio poder local (subsídios, publicidade oficial, convites para viagens oficiais, etc.). Uma vertente ainda pouco conhecida da blogosfera é justamente o aparecimento de numerosos blogues locais, que criam pela primeira vez em muitos municípios um verdadeiro espaço de discussão das políticas públicas.

Ourém no Flickr

| 1 Comentário | No TrackBacks

Para os amantes de fotografia, criei um grupo Ourem no Flickr para todos os temas locais referentes a Ourém. Quem não tiver conta, tem uma boa oportunidade para criar uma. O grupo é aberto a todas as fotografias que queiram submeter. As fotografias irão aparecer brevemente de maneira automática num banner a incluir aqui no Castelo.

emprego para o primo ou postal ilustrado, escolha

| 1 Comentário | No TrackBacks

gastos da cmo com pessoal em 2002: €4 540 600

gastos da cmo na protecção da biodiversidade e das paisagens em 2002: €84 700

(dados do ine)

2º Quiz Musical

| 1 Comentário | No TrackBacks

Esta quarta-feira, dia 24 de Agosto não percam no art caffé mais um Quiz Musical dinamizado pela Auren - Associação Cultural.

mread.gif

Estado máximo, cobertor curto, pés frios II:

“Escreve o JMF em editorial no DN:

Um autarca, David Catarino, presidente da Câmara de Ourém, reclamou ontem que o Estado limite os direitos de propriedade de forma a facilitar as acções de limpeza compulsiva das matas que sobreviverem às chamas deste Verão. A proposta porá os cabelos em pé aos liberais, muito em moda cá pelo burgo, para os quais a propriedade é sagrada e o Estado um empecilho a abater.

Numa autarquia urbana, os proprietários têm obrigação de cumprir determinadas obrigações no que diz respeito à segurança e ao pagamento de serviços públicos consumidos. O mesmo deve ser feito numa autarquia rural. Quem não cumprir regulamentos de segurança e não pagar os serviços comunitários deve ser multado. Quem não tiver dinheiro para pagar deve ter os seus bens penhorados. Quem for responsável, por incúria, pela ignição ou transmissão de incêndios aos vizinhos deve indemnizar os restantes proprietários.

O direito de propriedade não confere ao seu detentor o direito a serviços comunitários gratuitos, nem o direito à protecção gratuita contra incêndios, nem o direito de manter nas suas propriedade material inflamável que represente um perigo público. O estado não precisa de limitar os direitos de propriedade, nem o deve fazer. O que o estado deve fazer é desempenhar bem as suas funções básicas: garantir a justiça e a segurança. Mas isso não se consegue com leis arbitrárias que violam o direito de propriedade. Consegue-se pela aplicação de princípios básicos de justiça responsabilizando cada proprietário na medida justa.

No caso dos incêndios, o estado central tem-se concentrado no problema do combate aos incêndios, um problema que devia ser resolvido pelos proprietários, porque eles são ao mesmo tempo os principais beneficiários desse combate e os principais responsáveis pelo problema. E tem descurado algumas das suas competências básicas, como o registo de propriedades, a responsabilização dos proprietários e a perseguição dos incendiários. O estado tem mesmo contribuiído activamente para a incúria e o desordenamento florestal. A ideia de um Portugal florestal foi concebida no Terreiro do Paço por técnicos competentissimos. O ministério da agricultura tem tido uma política consistente de promoção do petróleo verde. Os dirigentes políticos há uns anos não falavam noutra coisa. Dias Loureiro chegou mesmo a dizer que Portugal devia ter mais 2 milhões de hectares de floresta.”

(Via Blasfémias.)

É curioso observar que na maior parte dos blogs de e para oureenses, políticos ou não, a maioria dos seus autores optou por usar o anonimato. Eu considero o uso do anonimato um direito que assiste a qualquer indivíduo e está intimamente ligado ao direito à privacidade. No entanto, este texto do Paulo Gorjão no Bloguítica é bastante pertinente e faz-nos pensar:

Acho curiosa esta necessidade que os portugueses têm de se refugiar no anonimato para expressarem as suas opiniões na blogosfera. Esta incapacidade, muito generalizada, de se assumir aquilo que se pensa, diz, ou escreve. Obviamente, a razão directa deste receio em assumir as opiniões pessoais tem que ver com a recusa em assumir os custos, reais ou imaginários, que lhe estão associados. Independentemente das racionalizações que cada um possa fazer para justificar o seu caso pessoal, a verdade é que estamos sempre a falar de uma recusa ou receio em assumir as consequências do que se pensou, disse, ou escreveu. Muito embora possa parecer irrelevante, esta questão toca numa das questões mais fundamentais de um regime democrático. Isto porque esta recusa em assumir os 'custos do pensamento' tem consequências no exercício da cidadania e na qualidade da democracia. Na realidade, a opção pelo anonimato na blogosfera revela plenamente o défice de cidadania e a qualidade da democracia em Portugal.

energias muito alternativas, 3

| 1 Comentário | No TrackBacks
o link referido no artigo anterior levanta-me algumas dúvidas que gostaria fossem esclarecidas pela câmara (e já agora também colocadas pelos jornais locais, mas isso deve ser pedir muito):
  • no documento é referido que o município tem em curso algumas iniciativas importantes no sentido de organizar a biomassa florestal. que medidas são essas? e se de facto foram tomadas (o documento é de 1997), julgo ser altura de admitir que foram um erro e reavaliá-las, dados os resultados piores que nulos.
  • aparentemente, segundo um comentário aqui colocado, o projecto foi implementado na sertã. porquê, se o documento refere que o local na área de ourém já tinha sido escolhido? e que local era esse?
  • qual foi a empresa criada para gerir o projecto; quem fazia parte dos seus quadros; quanto ganhava e o que é que lhe aconteceu?
  • do custo total do projecto, apenas €1 383 863 eram comparticipados pela comunidade. quem é que entrava com os restantes €4 643 637?
  • em que foi gasto o dinheiro que eventualmente tenha sido transferido para a câmara ou para a empresa gestora do projecto, uma vez que este não foi avante?
  • que aconteceu à discussão pública de um projecto desta envergadura e tão importante para o concelho?

A respeito do que disse aqui num artigo de 31 de Março deste ano (Viver):

Como sei que falar é fácil fica aqui uma idéia que pode ser experimentada. Com tanta associação, academias, bandas e demais gente que por Ourém se interessa e pratica música, que tal mete-los na rua, nas praças, a tocar, à tarde ou à noite, para que venha gente ver e assistir de maneira aberta, para que as esplanadas se encham de gente, cá fora, a ouvir música ao ar livre? Porque é que para ouvir música, temos que o fazer em espaços fechados? Porque não conjugar isso com uma feira de artesanato na rua? Porque não falar com as livrarias e vender livros também? Porque não organizar teatro de rua na altura da Feira do Livro? Porque não convencer os comerciantes a abrir as lojas porque em vez de perderem, só ganham com o movimento?

Vejo a seguinte notícia no site da Câmara Municipal de Ourém:

A Praça Mouzinho de Albuquerque, no centro de Ourém, vai receber, no próximo dia 27 de Agosto, uma Feira de antiguidades, coleccionismo, artesanato e livros usados, que ao longo do dia vão dinamizar a Praça Mouzinho de Albuquerque. Do programa, com início marcado para as 10h30, faz parte, pelas 21h30, uma actuação da Orquestra Típica de Ourém e da Tuna Sol Mar, oriunda de Fajã Grande, do arquipélago dos Açores.

Só tenho a dizer, força nisso e que seja para continuar.

No seu blog, a JS Ourém aponta vários atentados urbanísticos em Fátima. Por falar nisso, parece que o PSD Ourém quer resolver o problema com a criação de mais uma empresa municipal para ordenar o que não foi ordenado. Curioso, as empresas municipais também servem para fugir às auditorias do Tribunal de Contas e encaixar uns boys.

o dinheiro não é nosso, que se lixe

| 1 Comentário | No TrackBacks

Imagem do mês

| Sem Comentários | No TrackBacks

GM2X8686.jpg

Imagem retirada do Fotografia, Sempre.

A cerimónia de inauguração do novo estádio ficou marcada pela ausência de membros do Governo. “Não temos nada a agradecer a Governo nenhum por esta obra. Foram três governos com os quais contactámos e nem um único tijolo houve de qualquer fundo de apoio para esta obra”, justificou o presidente da Câmara de Ourém, para depois ironizar: “através de Fátima vai-se para o céu e eu não quero levar nenhum desses senhores para o céu”. in Notícias de Fátima.

Burning inside

| 1 Comentário | No TrackBacks
Dia vinte, noite. Panorama. Corpos agitados, em alerta, vigilantes, o barulho ensurdecedor das moto-bombas, o fumo, as vozes, alguns gritos, os avisos, os ecos, os veículos dos bombeiros em progressão acelerada, o fumo, o cheiro de incêndio, o halo alaranjado das chamas, o crepitar do fogo, o fumo, as vozes, os corpo agitados, a guardar a noite.
Dia vinte, noite. Cena no Vale de Leiria. Oliveiras velhas, incandescentes, o tronco em braseiro, como espectros infernais, quietos, a arderem lentamente por dentro, a cortarem o escuro da noite.
Dia vinte e um, manhã. Panorama. Pequenos fios de fumo, nascidos das cinzas, soprados lentamente para cima. Alguns fogachos.
Dia vinte e um, manhã. Cena na Várzea. A senhora Maria, a quem o tempo lavrou fundas rugas na face, enxuga as lágrimas com um lenço engelhado, apertado na mão direita. Ontem o fogo cercou-lhe a casa, roçando-se nas respectivas paredes.
Dia vinte e um, manhã. Cena nas Areias. O ti Joaquim tem o olhar baço, queimado, como o seu pinhal. A filha ampara-o, tentando também segurar-lhe a dor. As lágrimas de ambos salgam o chão de cinza que pisam.
Dia vinte e um, tarde. Cena no Casal d’Além. A aflição das gentes. A sensação de impotência. As chamas lavram bravas, a assobiar. Uma densa coluna de fumo negro, permanente, estende-se pelo horizonte.

Ourém on fire

| 1 Comentário | No TrackBacks
Mosaico de 20 imagens, segundo capítulo de Ourém on fire, no blog do Photoman. A ver.

Para o infinito e mais além

| Sem Comentários | No TrackBacks
A rua da Kayene é a rua dos Novos Horizontes.

Ruídos que incomodam e não deixam dormir

| 1 Comentário | No TrackBacks
Como qualquer outra pessoa, a ti Maria do Rosário e o ti Francisco têm direito ao sono descansado. Mas, em Ourém, frente ao número 53 da Rua Teófilo Braga, existe uma tampa de acesso à conduta de água solta, a bater com estrépito, como se fosse uma castanhola gigante, cada vez que sobre ela passa um veículo. Seja de dia. Seja de noite. Porquê?, é a pergunta que se coloca aos responsáveis.

numerologia, 2

| Sem Comentários | No TrackBacks

energias muito alternativas, 2

| 3 Comentários | No TrackBacks

podem ler-se nesta página algumas coisas interessantes. destaco as seguintes (bolds meus):

The project aims to install a power station to produce 5 MWe of electricity utilising the biomass waste obtained from the annual cleaning of forestry areas. In addition, up to 15% of non-toxic MSW will be added since there are considerable amounts produced in this region, for which there is no immediate solution.
The project will be located in the zone of Ourém, which is 100 km to the north of Lisbon. The main reason for forestry fires is the accumulation of residues that are left unattended because there are no incentives to clean the forests.
The collection of forestry biomass needs to be organised by local authorities and in that direction there are already important initiatives being taken by municipal authorities.
The design specifications for the project have been elaborated and possible suppliers of the equipment have been contacted. The site in the Ourém area has been selected for the power station. The coordinator of the project was initially the municipal authority of Ourém. However, the Portuguese partners decided to form a company for the management of the project, with varying levels of participation in its capital. This company will then manage the project.
Type of Project Shared Cost
Contract No BM./00036/97
Total Cost 6,027,500 ECU
EC Contribution 1,383,863 ECU
Start Date 01/02/98
Duration 36 Months
Coordinator David CATARINO / Câmara Municipal de Ourém Praça do Município / PORTUGAL

era simpático da parte da câmara comentarem este bolds, no mínimo.

p.s. em ourém não há jornalismo de investigação? só se cobrem inaugurações?

incêndios: lagoa do grou

| 5 Comentários | No TrackBacks

escreve-nos marco neves:

À hora a que escrevo, a terra que deu nome ao meu antigo blog está em chamas. A Lagoa do Grou é uma pequena aldeia da freguesia da Freixianda e é a terra dos meus avós maternos e de grande parte da minha família.

Quando a tragédia nos bate à porta, é impossível fugir a falar dela e a reflectir nos porquês.

É também importante apresentar soluções para o futuro para terminar de vez com este inferno anual.

Talvez nunca como agora seja o tempo para avançar com lei arrojada, que possa criar condições para uma reorganização total da floresta portuguesa.

Uma solução que já me foi apresentada foi a da criação de associações florestais a nível de freguesia, da qual são sócios todos os proprietários. A associação tem como função zelar pela floresta (incluindo a sua limpeza), sendo custeada pelos seus sócios, na proporção da área de que cada associado é dono. Para aqueles que insistirem em não fazer parte das ditas associações, a “pena” é a taxação de um imposto pesado sobre a área que possuem.

Claro que a estas associações conviria estarem associadas uma central de biomassa (onde é que ela anda, Dr. David Catarino?? desde aquela acta de 1998 que ninguém houve falar dela!)...

Entretanto... Isto arde tudo, e ficamos (alguns) de braços cruzados a ver arder.

mais oureenses a blogar

| 1 Comentário | No TrackBacks
chegados esta semana, ourém e não só do sérgio poupado e da minha janela da elvira andré.

numerologia

| 1 Comentário | No TrackBacks

palavra da salvação

| Sem Comentários | No TrackBacks

ainda os fogos

| 1 Comentário | No TrackBacks
dois posts bastantes pertinentes no auren de esperança sobre a actuação do presidente da câmara perante os fogos dos últimos tempos: câmara e fogos e o código da vid. ou como em qualquer lado pode haver um isaltino; um ferreira torres ou uma fátima.

energias muito alternativas

| 2 Comentários | No TrackBacks

alguém ouviu falar numa central de biomassa em ourém? algum dos executivos camarários presididos por david catarino alguma vez levantou esta hipótese?

são perguntas que gostaria de ver respondidas, tenho alguma curiosidade sobre este assunto. de certeza que a câmara partilharia com a população o seu envolvimento num projecto desta natureza, não? eu como vivo fora de ourém (e de há alguns meses para cá, fora de portugal) nunca me consigo manter a par.

quatro cães a um osso

| 4 Comentários | No TrackBacks

as produções ovelha negra colocaram online a sua primeira curta-metragem, quatro cães a um osso.

nota para as p.o.n.: pensem em disponibilizar os vossos trabalhos em formatos standard, como o mpeg4 (vulgo divx) ou, em último caso em quicktime, visto existirem leitores destes formatos para todos os sistemas operativos.

concorrência

| 5 Comentários | No TrackBacks

nestes dias de férias do fred tenho tentado manter os serviços mínimos n'o castelo, mas não é fácil.

o que me consola é que os jornais com presença online do concelho (notícias de ourém e notícias de fátima) apresentam a mesma página inicial há vários dias. em ourém não se passa nada? como de costume, podem enviar as vossas colaborações para o email de sempre.

aznag

| 3 Comentários | No TrackBacks
no seguimento do post 20 anos, o castelo apresenta em rigoroso exclusivo (depois de uma breve mas renhida luta com outros órgãos de comunicação) o site que conta a história da banda que podia ter mudado ourém. ou não.

déja vu

| Sem Comentários | No TrackBacks
Avelino Ferreira Torres deixa a Câmara do Marco de Canavezes com processos judiciais de corrupção e enriquecimento ilícito em cima, um passivo de 45 milhões de euros, um estádio novo, uma avenida nova, meia dúzia de rotundas e somente 18% da população com acesso a saneamento básico e 24% a abastecimento de água.
É favorito nas eleições para Amarante.

in Blogue de Esquerda

candidato da cdu à câmara

| 5 Comentários | No TrackBacks

o candidato da cdu à presidência da câmara foi ontem dado a conhecer no blog da candidatura da cdu. é luís vieira, bem conhecido entre os bloggers oureenses pelo seu/nosso ourém blog e pelos muitos comentários com que participa n'o castelo.

Férias

| Sem Comentários | No TrackBacks

Ombrellone
Originally uploaded by Seghene.

Este blog está oficialmente em piloto automático durante um tempo indeterminado.

Imagem do Dia

| 1 Comentário | No TrackBacks

lagoadogrou.jpg

Amo-te Perucha / Lagoa do Grou, Freixianda - Via Jornalismo Regional

Dias atrás numa conversa informal, vieram-me com a pergunta: Então pá, viste a sondagem do Notícias de Ourém? Dão maioria absoluta ao PSD com 40,1% dos votos no concelho! O PS vai muito atrás com 18,9% das intenções de voto. Não falaste disto no teu blog, pá!? Eu? O que é que eu percebo de sondagens? Ainda por cima Ourém é conhecida por ser o laranjal do distrito já desde o tempo em que o Herman José tinha piada. Isso não é nada de novo. Mas ouve lá, tu acreditas em sondagens? Sei lá, elas estão por todo o lado. Mas pronto, embora estejamos em época de veraneio mais para o silly season, decidi perder uns cinco minutos e verificar os arquivos. Na ficha técnica, a empresa responsável pela sondagem publicada no NO é o IPOM, Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado, Lda com sede em Vila Nova de Gaia (uma casa de 3 pisos ali na Cândido dos Reis). E que, por coincidência, porque este mundo é mesmo muito pequeno, é a mesma empresa que fez uma sondagem em Janeiro deste ano para o PSD Ourém sobre a actividade da Câmara Municipal de Ourém e o desempenho do respectivo presidente. A notícia que refere o assunto no Jornal Região de Leiria (RL) (14 de Janeiro de 2005) alega que a sondagem terá sido encomendada pela própria edilidade, mas que, foi prontamente desmentida pelo presidente de câmara que afirmou, Nunca a Câmara pagou sondagens e não começa agora a pagar”, explica o responsável, sublinhando que essa é uma iniciativa “associada ao PSD”. E o entrevistador da IPOM que telefonou à própria jornalista do RL deve-se ter enganado concerteza:

A sondagem em causa - a que a jornalista acedeu responder na tarde do passado domingo na condição de lhe ser comunicada a entidade que a encomendou, tendo o entrevistador afirmado ser a Câmara de Ourém - versava sobre o trabalho desenvolvido pela autarquia.

Este mundo é mesmo pequeno. Quem conhece o mercado, afirma que o IPOM portou-se bem nas legislativas. Mas há quem diga o contrário, que no caso das legislativas regionais nos Açores de 17 de Outubro de 2004, uma sondagem encomendada pelo "Diário Insular" (Terceira) e "Correio dos Açores" (São Miguel) ao IPOM deu 33,3 por cento dos votos à coligação PSD/PP, contra 30,8 por cento para o PS. O PS veio a ganhar estas eleições. Mas na altura, o então Ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva mostrou-se insatisfeito face à forma como foram divulgadas algumas sondagens pela empresa dirigida por Rui Oliveira e Costa referentes às eleições dos Açores. Rui Oliveira e Costa está ligado ao PS e a empresa era a Eurosondagem. O Ministro chegou mesmo a propor uma proposta de Lei que visava impedir que dirigentes políticos fossem proprietários de empresas de sondagens. O destino deste projecto de Lei e do Ministro é conhecido, mas no entanto, o Grupo Parlamentar do PS, não gostou das declarações de Gomes da Silva e pela mão do deputado António Galamba chegou a escrever um requerimento ao Presidente da Assembleia da República e que muito sucintamente, acusa o PSD de só querer censurar as sondagens que não lhes eram favoráveis. Mas o IPOM volta à baila, porque, por coincidência, certamente, é propriedade de um dirigente do PSD/Gaia (O PS deve saber do que fala):

"... os estudos contratados para diversos órgãos de comunicação social não correspondem às expectativas e anseios do PSD, ao invés do que acontece com as sondagens estratégias realizadas pela IPOM, propriedade de um dirigente do PSD/Gaia."

3) qual a posição do XVI Governo Constitucional face à publicação de estudos sobre a intenção de voto completamente desfasados dos resultados que são registados como ocorreu nos Açores durante as eleições para o Parlamento Europeu com a empresa IPOM ?

Por curiosidade, o IPOM, para além de fazer sondagens, tem um portfolio de serviços sócio-políticos(sic) como Posicionamento de Imagem de partidos e líderes, perfil de eleitores, motivações, estudos sobre gestão autárquica e quem lá trabalhou afirma que a empresa também faz publicidade partidária em vésperas de eleições, entre outras coisas. O seu Director-Geral, Aguiar Falcão e Castro é Director da Revista Autárquica. Pronto, era só isto. Continuo a não perceber nada de sondagens.

Imagem do Dia

| Sem Comentários | No TrackBacks

ourem-vista-original.JPG

Ver Ourém, por uma perspectiva original. Fotografia de António Beirão.

Publicado no Jornal "Notícias de Fátima" de 29 de Julho de 2005:

COMUNICADO
"Comunica-se que o Sr. Carlos Correia Filipe (Carlos da Alda) andou a fazer um peditório com o intuito de angariar fundos para a reparação de uma cadeira electrica , alegando que o falecido Zé da Farmácia a tinha danificado. A cadeira foi-lhe devolvida à mais de 4 anos. Esta, só esteve na posse do falecido Zé da Farmácia oito dias. A própria cunhada do Carlos da Alda , que a guardou 4 anos, confirma que a cadeira estava em boas condições. A família vem por este meio informar que tal acusação é falsa." - Via Jornalismo Regional.

É cada vez maior. Surgiram mais três blogs na praça. O Triste Vida, Negro Fado, de um fadista oureense, que nos brinda com uma desgarrada de prosa sobre os emigrantes em Ourém no calor de Agosto. O título é sugestivo, Michel... A ler. Também temos uma entrada de peso, o Anónimo Sec. XXI, que não é assim tão anónimo, porque é o blog pessoal do Sérgio Ribeiro e promete abrir muitas gavetas. Para finalizar, surge um blog sobre assuntos locais da Atouguia, o atouguia-ourém que foi criado para mostrar os acontecimentos importantes para impor conversa e troca de ideias sobre a nossa Terra..., da autoria de André Silva. A todos, sejam bemvindos!

Silly Season

| 1 Comentário | No TrackBacks

O Castelo comprou o Google.

Estudo do Dia

| 3 Comentários | No TrackBacks

Relatório do Projecto de Cartografia de Risco de Incêndio Florestal (2ª Fase CRIF) do Concelho de Ourém, disponibilizado pelo SNIG (Sistema Nacional de Informação Geográfica). Este estudo tem pelo menos uma década. (Ver relatório)

Risco de Incêndio Florestal no Concelho de Ourém (clique na imagem para a versão ampliada)

Conclusões:

13. Conclusões

Como foi sendo descrito ao longo deste relatório, o concelho de Ourém é um concelho em que se verifica, grosso modo , uma dualidade de características, físicas e humanas, que o separam em duas áreas distintas: o Norte e o Centro concelhios e o Sul e o Sudoeste.

Dado o elevado risco de incêndio, particularmente na primeira desta áreas, considerado mediante a análise e o cruzamento de todos os factores e condicionantes do uso do solo que temos vindo a analisar, é urgente o planeamento de açção com vista a diminuir este índice.Esperamos que este trabalho possa de alguma maneira ajudar a quem tem que decidir, quer na hora do planeamento e prevenção, quer na hora do combate.

É nosso objectivo que este trabalho impulsione um plano vasto de ordenamento e gestão florestal para todo o município. Nesse sentido pensamos que toda a informação aqui compilada pode fazer parte desse mesmo plano, tendo sempre em atenção que esta foi compilada com o objectivo da prevenção contra fogos florestais.

Gostaríamos de salientar as linhas gerais que a nosso ver devem orientar um plano de prevenção e defesa contra fogos florestais para esta zona:

1- Estruturação de toda a rede de caminhos florestais executando-a pelo menos a dois níveis:

Estrutura principal - a fazer a ligação das povoações a grandes manchas florestais

e sempre que possível o parcelamento das zonas de maior continuidade.

Estrutura secundária - feita a partir de nós à estrutura primária em que o objectivo será o acesso ao interior da mancha

2- Aumentar o número de pontos de água tentando cobrir a zonas em maior defice anteriormente apresentadas em que se deve tentar chegar a um objectivo mínimo de cerca de 30 pontos de água com condições quer a meios aéreos quer a meios terrestres. Este valor aproximar-se-ia de um valor de cerca de 1000 ha de zona florestal por ponto de água.

3- Tentar compartimentar as grandes manchas de floresta com dois tipos de estrutura. Uma, em que existe um corte completo de toda vegetação, devendo inserir-se esta estrutura na rede de caminhos principal e uma outra em que o objectivo é substituir zonas de vegetação menos resistentes ao fogo por outras mais resistentes.

4- Estruturar um conjunto de limpezas de matos ao longo dos principais acessos, planeando não só a primeira acção como um conjunto temporal de acções que permitam a sua manutenção ao longo do tempo.

5- Em termos de combate, enquanto o sistema rodoviário se mantiver no estado actual é essencial a permanência de meios aéreos de primeira intervenção. Em relação aos meios terrestres pensamos que o factor mobilidade intercalado com um bom posicionamento e manutenção de infraestruturas permanentes de apoio ao combate é fundamental para evitar grandes catástrofes.

6- Por último deverá ser feito um esforço no sentido de reconhecer quais as causas mais frequentes dos incêndios neste concelho de modo a adequar a vigilância móvel e preparar as campanhas de sensibilização local.

Nota ligeira

| 7 Comentários | No TrackBacks

Publiquei aqui um artigo (ver link) onde retirei o comentário que foi feito no blog Malibu Cola (ver link) de um bombeiro dos BVO por considerar pertinente e elucidativo, sobretudo por respeitar os bombeiros e querer partilhar uma opinião e perspectiva realista de quem andou a combater os incêndios. Foram injustamente acusados de muita coisa. Tratei de comentar nesse blog a referência a esse destaque que aqui quis dar. O autor do comentário não gostou que o seu texto tivesse sido aqui re-publicado, passo a citar:

Quero deixar aqui bem claro que este meu comentário sobre aquilo que eu considero uma tragédia que assolou o concelho de Ourém não é uma noticia,mas sim a minha opinião pessoal como bombeiro e como pessoa. O sr Fred que eu não conheço,transformou o meu comentário em noticia sem eu saber,o que desde já acho errado da parte dele. Mas pronto tudo serve para se fazer noticia.

Eu vejo esta reacção de duas perspectivas. A primeira, é a de que o Sr 'Pipas' (não sei o seu nome verdadeiro) é autor e proprietário (digamos assim) do que diz e do que escreve. As palavras são suas, portanto tem todo o direito de fazer o que quiser com elas, incluindo o de proibir a sua leitura noutro blog. Por outro lado, o Sr Pipas ao fazer um comentário num blog, deve saber que este, tal como outras páginas de discussão e opinião que circulam na Internet são de accesso livre, logo locais públicos virtuais. Se não quer que leiam o que escreve em blogs tem três hipóteses, pode não escrever, pode escrever e dizer para não lerem o que escreve ou pode escrever em privado a cada um que queira que leia o que pensa. Faz sentido? A mim não. Se entrar numa praça pública a falar alto e bom som do que pensa e não quer que o oiçam a não ser quem estiver próximo mais vale falar muito baixo, em privado (por e-mail) ou não falar de todo. É que continuando com a analogia, está-me a pedir que tape as orelhas. A questão do tudo serve para fazer notícia também é exagerado. Eu não sou jornalista, nem trabalho numa redacção de um jornal, portanto não tenho nenhum interesse em fazer notícias ou manchetes. O meu único objectivo é a verdade dos factos e dar voz a quem tiver algo para dizer. Lamento que não queira aqui dizer o que pensa, da próxima vez aponto para o blog onde escreveu para que o leiam lá, assim não será notícia aqui. Será notícia lá. Assim está melhor?

incendio-ourem-2.jpgincendio-ourem-3.jpgincendio-ourem-4.jpgincendio-ourem-5.jpgincendio-ourem-7.jpgincendio-ourem-9.jpg
ourem-bombeiros.jpgincendio-ourem-1.jpgincendio-ourem-8.jpg
incendio-ourem-6.jpg

Estas imagens foram retiradas dos blogs Fotografia Sempre e Malibu Cola.

ourem-bombeiros.jpgincendio-ourem-1.jpg

(Imagens retiradas do Fotografia, Sempre)

No calor dos incêndios, do desespero da população, de quem viu o fogo consumir a sua casa, daqueles que conseguiram melhor sorte, daqueles que tiveram que sair das suas casas e outros que se revoltaram quanto à eficácia no combate aos incêndios e falta de prevenção por parte de quem tinha responsabilidades, também publico aqui a opinião de um bombeiro voluntário, um comentário feito no blog do RicJo (Malibu Cola):

Boas a todos.
Como bombeiro em Ourém quero desde já agredecer ao Ricjo a publicação destas fotos,assim como as suas palavras.
A todos os bombeiros de Ourém e de todas as coorperações que combateram as chamas durante mais de 55 horas sem receber nada em troca a não ser insultos por parte da população e também dos presidentes de junta das localidades afectadas quero apenas destacar que se ardeu o que ardeu não foi por culpa dos bombeiros.
Isto mais que um desabafo,é uma revoltade quem tudo fez para evitar esta tragédia que assolou o concelho de Ourém.
Para se ter uma ideia mais concreta posso dizer que das 18 freguesias que o nosso concelho tem,7 foram atingidas pelas chamas ( Espite,Urqueira,Olival,Casal dos Bernardos,Caxarias,Matas e Cercal.)
As localidades mais afectadas foram Memória,Amieira,Resouro,Casais dos Montes,Obidos,Olival.Arderam cerca de 10 casas e 10 barracões,sendo que 3 dessas casas eram habitadas,todas as outras eram abandonadas.Houve 1 ferido grave com 80% do corpo queimado sendo transportdo pelos os bombeiros de Ourém para o Hosp Leiria.Todas as outras pessoas foram salvas e evaquadas para sitios seguros pelos bombeiros,médicos e enfermeiros do INEM que montaram um hospital de campanha em Espite e deram uma excelente ajuda e pela GNR.
Para quem não sabe o incendio começou no distrito de Leiria,no concelho de Pombal no dia 2 de Agosto,passando por Caranguejeira indo em direcção a Albergaria dos doze,entrando no concelho de Ourém no dia 4 de Agosto ás 19:30.
Tudo foi feito pa evitar a tragédia mas nada foi feito quer pelos populares ( donos de terreno cujo o mato é da alturas das casas em quase todos os locais por onde o fogo passou),quer pelos presidentes de junta que sabiam do perigos que corriam as suas terras e nada fizeram para evitar o inferno que atingiu as suas localidades e passaram o tempo todo a criticar os bombeiros.
A todos os bombeiros de portugal,em especial os de Ourém somos os maiores e uns herois.
Há hora que edito esta mensagem posso dizer que tudo está calmo,mantendo-se no local cerca de 60 bombeiros e 22 viaturas para combater possiveis reancendimentos.
O fim do Verão ainda tá longe.só peço que ajudem os bombeiros e não critiquem,porque também somos humanos e não fazemos milagres.
Um abraço a todos.
Vida por vida.
By Pipas, at 07 Agosto, 2005 19:33

Cortina de fumo

| Sem Comentários | No TrackBacks

A pior das razões para perder o Castelo de vista.

Neste preciso momento lavram vários incêndios, por quase todo o concelho de Ourém (TSF), sobretudo em Espite, Caxarias, Urqueira, Cavadinha, Olival, Resouro, entre outros. Arderam várias casas, sobretudo por Caxarias, pessoas que ficaram desalojadas. Tenho família que conseguiu salvar casas mas à volta o cenário era dantesco. Foi por um triz. Vi várias imagens em directo na SIC Notícias e o repórter de serviço relatou que Caxarias ficou cercada pelo fogo. Contou-se pelo menos 12 casas que arderam naquela zona. A meio da tarde, todo o céu estava negro, um autêntico inferno. Em Pinhais Novos, Espite, arderam 7 casas e uma pessoa ficou gravemente ferida (SICN). Como sempre, suspeita-se de fogo posto. Neste momento, convém lembrar a árdua tarefa dos bombeiros, que sem meios (como sempre), ainda conseguem salvar pessoas e bens. Convém lembrar e respeitar o bombeiro, e no nosso caso, os Bombeiros Voluntários de Ourém, Fátima, Caxarias e outras corporações.

Adenda: leituras recomendadas sobre os incêndios em Portugal.

Update: No distrito de Santarém, em Resouro, concelho de Ourém, 136 bombeiros e 38 viaturas estão a tentar circunscrever um incêndio. No mesmo concelho, na localidade de Olival, também no concelho de Ourém, são 84 os bombeiros e 25 os veículos a operar. Via Público.

Update 2: A JS Ourém consegue angariar 200 litros de leite e 200 litros de água para os numerosos bombeiros que combatem incêndios pelo concelho.

Se tiver notícias, informações e fotografias sobre os incêndios no concelho, pode utilizar a nossa caixa de correio habitual para que aqui sejam publicados.

É mas...

| Sem Comentários | No TrackBacks
Os números não falam por si. Os da sondagens menos ainda. Mas, apesar de todas as reservas técnicas e metodológicas - que o tempo não permite expor neste instante -, vale a pena olhar para os dados publicados na edição de hoje do Notícias de Ourém (n.º 3535, 5.Agosto.2005, pp. 8-10). Em particular, é interessante verificar que aproximadamente 3/4 dos inquiridos faz uma avaliação positiva do desempenho do presidente da Câmara Municipal. Não obstante isso, aproximadamente a mesma proporção de inquiridos não deseja tomar um café com David Catarino. Também não lhe compraria um carro usado. Ou o quer ver como seu vizinho. Ou seja, o homem é bom, mas... à distância. Vá lá saber-se porquê. Igualmente interessante é o seguinte dado: actualmente 40% dos inquiridos revela a intenção de votar em David Catarino, se bem que sejam mais de 50% aqueles que declararam ter votado nele nas últimas eleições autárquicas. Ou seja, por estes dados há indícios de uma erosão da sua base eleitoral. Mas, pela informação disponibilizada, a oposição as oposições parecem não estar a aproveitar essa tendência.

Incêndios

| 8 Comentários | No TrackBacks

Leituras recomendadas:

Uma leitura política dos incêndios de Verão, por José Adelino Maltez.
A indústria dos incêndios, por José Gomes Ferreira.
Êxodo rural agravou problema dos incêndios, por Filomena Neves, DN.
Governo deve proibir financiamento ao pinheiro, por António Campos, JN.
Mais notas sobre incêndios, por João Miranda.

Toná

| 1 Comentário | No TrackBacks

Aqui fica uma pequena história (tantas outras por contar) do Toná, um homem que para muitos, merecia uma estátua em Ourém. Eu como pertenço a uma geração que pouco ou nada sabe sobre o Toná, comentei num blog vizinho que gostaria de publicar histórias e informação diversa sobre este oureense. O Sérgio Ribeiro decidiu abrir uma das suas numerosas gavetas e enviou-me o texto (e que belo texto) que aqui publico e pelo qual lhe agradeço.

Imagem roubada do Ourém Outrora.

Há homens assim!

Não são muitos, mas há homens assim. Ou havia…

Quando se julga deles saber tudo, ou o mais importante, aquilo que faz com que o retrato que deles se tem pareça completo, eis que nos surpreendem.

O que é ainda mais perturbador quando esse homem já morreu há quase quarenta anos, e deixou uma dedada de vida tão forte que dele se tem uma memória que se vai renovando com as histórias que se vão contando e recontando, e nos continua a rir de coisas de que nos lembramos e de episódios e facécias que com ele vivemos [con(ele)vivemos].

Ora aconteceu que, num destes dias, me vieram falar do casamento de um desses homens, do “nosso” António Á, e me mostraram uma fotografia desse acontecimento.

Porque acontecimento foi!

Todos os candidatos/partidos que concorrem nas próximas eleições autárquicas por Ourém já possuem site na Internet, alguns em formato blog, excepto a candidatura de Sandra Nunes. Aqui ficam os links:

David Catarino (PSD) - Trabalhamos a pensar em Si.
José Alho (PS) - Acreditar Ourém, Blog.
Candidato a anunciar (CDU) - CDU por Ourém (Blog).

João Ferrão é outro secretário de Estado que sabe do que fala, ordenamento do território. A ler a entrevista que concedeu ao Diário de Notícias, estampada na edição de ontem. Aqui. E aqui.

Blog serviço público

| 4 Comentários | No TrackBacks
Atenção: ao contrário do que possa ser julgado, o que se segue não é metáfora política. É um anúncio autêntico, publicado no Notícias de Ourém (n.º 3534, 29.Julho.2005, p. 4).
PERDEU-SE
carneiro grande, pêlo branco, tosquiado, rabo comprido
entre Ourém e Alveijar
a quem o encontrou pede-se o favor de contactar
telem: 913 463 649 ou telef: 249 531 704

Actividade

Comentários Recentes

Mais Comentados

Arquivos

Flickr

Flickriver
Powered by Movable Type 4.38