Apoio à edição de obras de autores oureenses

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Mais um comunicado que nos chega da CDU:

Uma breve consulta às actas das reuniões do município permite-nos concluir que os actuais responsáveis autárquicos têm uma actuação relativamente à edição de obras de autores oureenses extremamente negativa e incompreensível. Assim, é fácil constatar que é possível a existência de apoios, manifestados na decisão de aquisição de um certo número de exemplares de obras relacionadas com outras autarquias e a recusa de autores locais.

É legítimo que a autarquia adquira os livros que muito bem entender necessários à sua actividade ou destinados ao conhecimento da envolvente e da sua evolução. O estranho é que o faça com um carácter de apoio. A que propósito a autarquia de Ourém subsidia o Seminário Diocesano de Leiria adquirindo 10 exemplares de “Catedral de Leiria. História e Arte”, de Virgolino Ferreira Jorge (coordenador), cujo preço de venda ao público é de 30,00 euros por unidade?

Tal atitude mostra que se torna necessária uma política mais clara e cujo objectivo seja o apoio à publicação de obras de autores oureenses, independentemente, das suas opções ideológicas ou da sua filiação partidária.
São bem conhecidas as restrições que as editoras mais ou menos conceituadas utilizam na relação com autores desconhecidos. A sociedade tão livre em que vivemos não permite que os autores cheguem ao mercado, porque a acção das editoras tem de subordinar-se à actuação neste e procurar atingir o lucro. Assim, autores consagrados têm o caminho normalmente aberto, novos autores encontram inúmeras dificuldades e veem a sua produção ser desestimulada.
É possível fazer algo para contrariar esta total dependência perante as leis de mercado, de modo que os autores desconhecidos consigam lá chegar para dar visibilidade às suas obras. É possível a definição de uma política de apoio a obras de autores não consagrados.
Para ter essa política basta a definição de um conjunto de requisitos em termos de formato, número de páginas, conteúdo não ofensivo e pertinente, a constituição de uma pequena equipa de apreciação, o acordo com tipografias para a feitura em condições económicas de certo número de exemplares e o acordo com algumas livrarias para a sua distribuição interna e exposição. Definido um padrão quanto ao livro, o orçamento autárquico estabeleceria ano a ano os valores a alocar a esta rubrica, os quais em termos individuais não deveriam ultrapassar o padrão estabelecido por tipo de obra.
Sérgio Ribeiro tem sido um dos autores oureenses mais produtivos, mas a quem não tem sido atribuído apoios pela Câmara para a feitura de livros importantes, embora de mercado restrito, de que o exemplo mais significativo é a obra “Nos 50 anos da Casa de Ourém”.
Por isso, torna-se necessária uma nova política, uma política clara de apoio a autores oureenses. A mudança por que a CDU se bate – bateu e baterá –, independentemente dos lugares em que possam estar eleitos seus, é antes de mais uma mudança de entendimento da política de apoio à edição de obras de autores oureenses que deverá processar-se criando estímulos à sua actividade.

Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição

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