maio 2005 Archives

Pois bem, é uma profunda ‘gaf’… Ou a folha informativa da biblioteca está mal, ou o site da Câmara desactualizado? E isto se a biblioteca teve alguma vez o horário, que o site informa… A resposta óbvia é sem dúvida a segunda, pois claro… Depois da observação… a opinião! Isto continua incrível. Aliás mais incrível do que aquilo que imaginava… Eu, que até estive enganado durante meses no fim de consultar o site, agora deparar-me com um horário ainda mais reduzido daquele que tinha em mente.?.. O trabalhador normal tem o seu activo das 9 horas às 19 horas, com cerca de 1 hora e meia de almoço. Agora digam-me onde é que este horário encaixa na miséria de horário, de 2ª à 6ª feira, imposto pela Câmara? Ah! É que nem o ininterrupto ajuda, pois ninguém gosta de passar um dia sem almoçar (que tenha conhecimento).
Não admira por isso, estar quase sempre ‘às moscas’… Ainda para mais, tive de aproveitar o 13 de Maio, ponte em Fátima, para percorrer aqueles corredores vazios (estava eu e mais duas pessoas). E fico eu assim, à espera, de comentários susceptíveis de concordar ou discordar, pois fomos feitos à imagem da comunicação e da investigação!

Via Soft Culture, pelo Nuno Silva.

E mais uma imagem do dia. Esta foi retirada do blog Fotografia, Sempre! do Photoman, que sei que é oureense. Ficará na lista. A visitar.

Imagem do Dia

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Fotografia dos Paços do Concelho de 1926 e parte do vasto terreiro que o povo baptizou de "Feira do Mês". Retirado do Ourém Outrora, que é cada vez mais, um excelente blog.

Despesa Pública: "Um Leitor nosso, Saldanha Sanches, hoje no Expresso, faz um apelo à cidadania de todos nós. Não nos pede, como parece querer pedir este governo, para denunciarmos o vizinho do lado por fuga ao fisco, pede-nos simplesmente que ajudemos este governo a identificar onde e como o Estado, que é de todos, gasta mal gasto.

Assim nasceu a Despesa Pública, o continuar de um caminho que já estava a ser trilhado antes, um blog que não é de ninguém, é de todos, e está aberto a todos os que quiserem contribuir enviando-nos os seus contributos. Não se pretende fazer lá doutrina ou análise política, sequer oposição, apenas é só cumprir um objectivo - a de ajudar a racionalizar e tornar mais produtivo o dinheiro dos nossos impostos.

Têm pois todos a palavra."

(Via Grande Loja do Queijo Limiano.)

E por alguém de Loures, Ourém é vista como uma Vila Medieval perto de Fátima:

Muitos de vós (poucos) leitores deste blog quererão ter uma ideia do que poderão fazer neste fim-de-semana. Digo-vos para passarem por Ourém. Trata-se de uma vila medieval perto de Fátima. Vão lá, vão ver o Castelo, vão ver a vila, pode ser que vejam a moura Oureana...

Via Druantia.

Leio o Expresso deste fim-de-semana, passo pela página 20 e na descrição do aparatoso acidente da A1 entre Fátima e Leiria venho a saber que as equipas de socorro envolveram 13 elementos e cinco viaturas dos bombeiros voluntários de Leiria, Fátima e Vila Nova de Ourém. Alguém sabe onde fica essa Vila? Não consigo encontrá-la no mapa.

Uma leitora de Leiria, indignada com o recente aumento de impostos e do IVA para 21%, pede-nos que divulguemos o seu Manifesto Portucalense no seu blog, o Indigo Misty, que li e que subscrevo por completo. Também a propósito, recomendo a visita ao Grande Loja do Queijo Limiano, no artigo Metade do Caminho:

Portugal prepara-se para gastar em 2005 ...

Juros Bonificados para habitação : 400 milhões de Euros.
Formação Profissional : 900 Milhões de Euros.
Pagamento às SCUTS : 400 Milhões de Euros.
As taxas de juros hoje, não justificam, a manutenção de um encargo tão elevado para o Estado. Mas mais grave é alguém conseguir explicar como pode o Estado português gastar 900 Milhões de Euros em formação profissional, quando todos os dias, ouvimos, que o nosso problema é a falta de qualificação dos nossos trabalhadores. No que às SCUTS diz respeito, que sentido faz insistir num modelo que daqui para à frente será cada vez mais oneroso.

Estão aqui, grosso modo, 1,7 mil milhões de euros. Metade da despesa pública que Campos e Cunha quer que em 2008, não exista. Basta querer.

N.A. - Dados transmitidos por Medina Carreira numa entrevista hoje à SIC Notícias.

Update: Também recomendo o artigo de Ricardo Costa (sim, o tal da SIC Notícias) no Diário Económico.
Update 2: Gastou-se 20 milhões de Euros com os erros do concurso de colocação de professores.

Recebemos mais um comunicado da concelhia de Ourém do PCP o qual aqui publicamos. Quero referir, uma vez mais, que publicaremos aqui qualquer comunicado que outros partidos nos queiram enviar.

Num concelho como o de Ourém, com grande área florestal, impõe-se uma política de ordenamento florestal, que há muito tarda. De protocolo em protocolo, o avanço concreto tem sido nulo, e os pequenos proprietários querem projectos objectivos que vão ao encontro dos seus problemas.
Em termos florestais, pode falar-se de duas realidades mais ou menos distintas identificáveis com o norte e o sul do concelho.
Em primeiro lugar, há que considerar que o regime de pequena propriedade, típico das regiões a norte do Tejo, se traduz na existência do agricultor-operário, que tenta manter as suas propriedades amanhadas para ajudar ao sustento e mostra crescentes preocupações com o estado geral da floresta, com o brutal e desordenado incremento da biomassa a ameaçar mesmo os que vão tendo o árduo trabalho de a manter limpa.
É urgente a criação efectiva de equipas camarárias de desmatamento, bem equipadas, com acompanhamento técnico para aconselhar os proprietários sobre as formas de proteger a sua floresta com o mínimo de custos.
Há algumas questões básicas a ter em conta na problemática do inexistente ordenamento florestal.

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Se repararem, a página principal deste blog passou a contar com uma barra, que disponibiliza um menu de vários blogs oureenses a serem mostrados aqui no Castelo. A lista é composta por todos os blogs que conhecemos, excepto os do Sapo (por não possuirem RSS/Syndication) e os do Blogger/Blogspot onde o Syndication está desligado. Neste último caso, para que possam fazer parte da listagem, basta activarem o Syndication indo a Settings->Site Feed e depois selecionar YES. Depois disso, é só avisar para que vejam o vosso blog na lista. Para além de visualizarem todos os posts por blog, para breve poderão visualizar todos em conjunto numa só página, ordenados pela data de publicação, simulando assim um jornal online de blogs oureenses. Os artigos são actualizados de 30 em 30 minutos. Este novo serviço é experimental e está aberto a sugestões.

O futuro não pode começar

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José Pereira, presidente da Junta de Freguesia do Cercal, começou a demanda de um substituto (vide Notícias de Fátima, n.º 375, 20.Maio.2005, p. 13). Está a preparar um arranjo de sucessão dinástica porque, diz ele, "não deixa cair o poder na rua". É sintomático.

Segundo notícia do Região de Leiria:

O Ministério Público arquivou a queixa de um cidadão de Ourém que considerava ilegal a remuneração auferida pela chefe do Gabinete de Apoio Pessoal do presidente da Câmara Municipal. Para o Ministério Público a situação não configura nenhum crime de abuso de poder e o salário que é pago àquela responsável não está ferido de qualquer ilegalidade. O caso remonta a Março de 2004, mês em que José Pinto, militante do Partido Socialista entretanto falecido, solicitou a perda de mandato do presidente do município e dos três vereadores social-democratas. Estes aprovaram a remuneração da chefe de gabinete do presidente da edilidade em reunião do executivo municipal de Novembro de 2003.

Via Região de Leiria. Artigo anterior.

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Fernando Catarino virá a Ourém fazer o que faz como poucos: conversar pedagogicamente, conviver.
Virá falar de Ferreira de Castro, o escritor português que, nos anos 60, foi indigitado, mais de uma vez, para Prémio Nobel. Dia 28 de Maio às 17horas.

Como a actual sondagem já tem teias de aranha, alguém terá sugestões para a próxima?

Se 'clickar' na imagem, obterá uma maior resolução. Via obvious.

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O Pedro deixou o seguinte comentário na nossa caixa de correio:

PARABÉNS

Parabéns à Compagnie General des Eaux pelo excelente serviço prestado. Levaram 24 Horas para reparar uma rotura na Rua Povo de Timor em Ourém. Será que pelo preço da água e das taxas (e tachos) que se paga neste concelho não merecíamos um serviço melhor? Aos dois funcionários que estiveram no local o meu obrigado que em menos de uma hora e meia após a chegada resolveram o problema.

Pedro

Pro causa pública

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A (des)propósito. "Fazer prevalecer o interesse público contra os interesses privados é a obrigação mais elementar de todo o decisor público. Patrocinar interesses particulares contra o interesse público constitui a violação mais qualificada da sua missão". É assim que começa o artigo «Conspiração contra o interesse público», de Vital Moreira, publicado na edição de hoje do Público (n.º 5531, 17.Maio.2005, p. 5). A ler.

Artigo a ler no Juventude Ouriense: Será mesmo assim?

A média de espectadores foi bem mais elevada nas ultimas duas épocas do que em qualquer outra, e nem as transmissões televisivas da 1ª liga de futebol têm sido capazes de abalar os amantes da modalidade. Porque a equipa é boa, porque têm tido bons resultados, porque não há mais nada para fazer em Ourém ao sábado à noite, porque... Poderiamos arranjar mais meia dúzias de razões mas o melhor, é continuar a "remar contra a maré". Em Ourém vai ao hóquei quem gosta de ver hóquei, quem está ligado ao clube ou quem tem filhos a jogar nos escalões de formação. O resto do povo não está por aí virado.

Francisco Silva é engenheiro com funções de consultor superior da PT, dirigente de organizações internacionais de cientistas e técnicos.

Autor de três livros: Narrativa nova-dialogando com a sociedade de informação, Fronteiras do futuro-a sociedade face à revolução científica e técnica e A quadratura do círculo-desenvolvimento, sustentabilidade, criação de valor, emancipação – questiona o tempo que vivemos e os caminhos que estamos a percorrer.

Venham conversar connosco, em Ourém, no dia 21, às 17 horas.

Recebemos o seguinte comunicado da Concelhia de Ourém do PCP:

Há temas que, propositadamente, são envolvidos em nebulosa ambiguidade. No plano autárquico, um deles é o das empresas municipais.
Não faltarão razões e argumentos para que, em determinadas áreas, se criem empresas que, em complemento da actividade autárquica, possam completar esta. Mas há razões e argumentos que são absolutamente falseados, falaciosos, e tal criação tem intenções que se escondem ao invocarem-se essas razões e esses argumentos.
A resposta de que quem coloca questões à criação de tais estruturas está contra elas, como estaria contra tudo, é truque muito utilizado e que, apesar disso, do que a experiência tem mostrado, tem perniciosos efeitos.
O PCP e a CDU não são, por exemplo, contra a Europa, como não são, em absoluto, contra a criação de empresas municipais, mas não se demitem de denunciar o que se acha que está mal, que vai contra os interesses dos portugueses.
Quando se criou a primeira empresa municipal em Ourém, Sérgio Ribeiro era membro da Assembleia Municipal. E foi, então, a única voz que, frontalmente, esteve contra.

Cacete!

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Edital descoberto no Quatro Caminhos: Há Idéias Que Só Se Expressam em Madeira:

“EDITAL

Adriano da Conceição, Oficial do Ministerio do Comercio e Comunicações e Administrador do Concelho de Vila Nova de Ourem:

FAÇO SABER:

- É abulido[sic] o uso do Cacête em todo o Concelho -

Que, tendo-se ultimamente notado varias agressões neste Concelho, na sua generalidade com cacetes e sendo necessario acabar-se com esses abusos duma vez para sempre, determino:

1º - Fica expressamente prohibido o uso de cacêtes em todo o Concelho;

2º - É permitido o uso de pau, áqueles que, pelas suas condições fisicas, necessitem dele para se ampararem;

3º - É punido com a multa de 10$00 Esc.[n.b.: equivalente a mais de ½ mês de salário de um jornaleiro], todo aquele que fôr encontrado munido de varapau que lhe é também apreendido;

4º - Em caso de reincidência, a multa será de 30$00 Esc. Pode ndo até ser preso se a autoridade o julgar conveniente;

5º - Deve ter-se em linha de conta, as pessôas extranhas[sic] ao Concelho, quando se prove a sua ignorancia no cumprimento deste editál[sic], os quais serão avisados, mas mantendo-se a apreensão do pau;

6º - Ficam responsaveis pela execução destas determinações, os regedores e seus subordinados, na area de cada uma das suas freguezias;

7º - Egualmente[sic]fica a Guarda Republicana com os poderes precisos para fazer cumprir o que se determina neste edital;

8º - O producto[sic] das multas a que se referem os artigos 3º e 4º deste edital, é destinado 75% para a Assistencia Publica e 25% para o autuante.

O que para constar e ser do conhecimento publico e ainda para que seja cumprido rigorosamente, mandei passar este e outros de egual[sic] teor para serem afixados nos lugares do costume.

Administração do Concelho de Vila Nova de Ourém,

(a) Adriano da Conceição”

* Cf. Arquivo Distrital de Santarém. Administração Geral Desconcentrada. Fundo do Governo Civil do Distrito de Santarém. Correspondência Recebida – 1ª Secção, (1930), vol. 1, Edital apenso ao Ofício Nº 638.

A luz que nos guia pelos maus caminhos

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Esta madrugada, ao aproximar-me de Ourém, na Melroeira, vi luzinhas sinalização luminosa intermitente que nunca tinha visto. Parece-me bem. Quem não conhece aquelas curvas fica alertado para o perigo. Mas naquele famigerado troço, o tal que suspostamente justifica a declaração de utilidade pública de um empreendimento comercial, a sinalização, apagada, apagadinha, era a do costume. Porquê? não sei, mas, mania, gostava de saber.

Para quem se interessa pelo admirável mundo novo dos blogs:

"Nullius in verba: navigating through the new media democracy"
"Each Nation its Own Press".

Estão recordados do blogger francês da cidade de Puteaux que foi preso por tirar fotografias a flores? Pois então, a câmara de Puteaux aprovou uma verba de 29.000 Euros para que se possa processá-lo por difamação. O que escreve Christophe Grebert no seu blog para causar tanto incómodo? O simples dia a dia de um cidadão na sua cidade, onde diz o que pensa da sua livre cabeça sobre o modo como Puteaux é gerida. O direito à liberdade de expressão ainda não está bem aceite em alguns sectores da chamada Europa civilizada e democrática, a tal que a França tanto se orgulha de ter fundado.

Recebi este e-mail de um leitor com raízes em Ourém e que nos acompanha do Brasil, o Carlos Bernardes. A melhor maneira de ajudá-lo é publicar aqui o que nos enviou. Há por aí alguém que tenha mais informação sobre a Estação Chão de Maçãs? Para já deixo aqui uma fotografia da estação (que se chama oficialmente Estação de Fátima, mas fica a 22km desta cidade e a 8 km de Ourém) e um link para muitas mais. Aqui também tem fotografias do Túnel Ferroviário de Chão de Maçãs. Sobre a sua história, creio que a CP deverá ter informação mais relevante.

Olá!
Gostaria de poder contar com a ajuda de vcs para saber mais sobre a estação Chão de Maçãs...Origem do nome, fotos, textos relacionados, o que for possível...
Sou brasileiro, mas meu pai nasceu na Fonte da Catarina, meu avô era da Melroeira, minha mãe da Corredoura, todos meus irmãos de Moinho d'Areia...por isso acompanho "o Castelo"...
Qto à estação, tenho uma ligação emocional com o local por causa do meu pai, daí meu interesse em saber de tudo que for possível sobre a estação. Tenho um restaurante aqui em São Paulo a quatorze anos, e no ano passado mudei o nome para "Estação Chão de Maçãs, Restaurante", em homenagem ao meu pai...O nome causa estranheza e curiosidade às pessoas, mas pouco ou nada posso explicar sobre a estação, além de que é uma estação de trem e de que tive motivos pessoais de ordem emocional para escolher o nome do restaurante...

Fica um abraço e agradeço desde já qualquer possível contribuição!

em tempo: agradeceria muito se, além da estação, se possível, também dos locais da minha família fossem postados fotos ou textos de qualquer natureza de assunto...

pareço estar pedindo demais...

Um abraço,
Carlos Bernardes,

Não quero tornar este blog um mero repositório de citações de outros, mas este artigo no Blasfémias merece ser aqui referido. Porque acredito que a burocracia está intimamente ligada ao tema da moda, a corrupção:

Azar! Descobri um ninho no meu jardim! Ainda bem que não somos o maior produtor mundial de ovos de pardaleco! Ufa!: "Se pretender construir uma casa, não basta ter um bom arquitecto que me elabore um projecto de acordo com o PDM e restantes regras urbanísticas; devo escolher, sobretudo, um arquitecto que, nos meandros da Câmara, seja capaz de conseguir a sua aprovação num tempo razoável. Mas qual a razão pela qual as Câmaras têm de aprovar projectos que são assinados por arquitectos devidamente credenciados? Apenas porque isso permite criar uma teia de burocracia bem remunerada, que controla a construção, distorcendo a lei da oferta e da procura, favorecendo os construtores 'do regime' e os arquitectos e funcionários camarários. E não me venham com teorias sobre urbanismo e tutela dos interesses dos cidadãos: as cidades em Portugal são uma manta de retalhos, um verdadeiro caos. Para que houvesse um bom urbanismo, bastaria apenas que existissem leis claras, arquitectos credenciados, boa fiscalização e tribunais em bom funcionamento, que punissem os infractores, até à demolição da obra e responsabilização do arquitecto que assinasse o projecto e do construtor que anuísse na construção.

Mas a partir daí o que seria feito de toda a teia que gravita em volta do poder camarário? Pois é...

Histórias como estas ocorrem diariamente ao nível do poder central e do poder local. O PDM diz que só podes construir três andares em altura? Por isso vendeste o terreno a 70 euros o metro quadrado? Pois é: afinal construiram seis andares. O teu terreno, infelizmente, não é um baldio: numa árvore faz o ninho uma espécie protegida. Azar dos azares! Como a tutela do interesse público, em matéria ambiental, é feita à custa do interesse privado, vendes o terreno e o 'passareco' por uma 'ninharia'. Espanto dos espantos: afinal, pode construir-se. O teu comprador era uma SGPS que conseguiu demonstrar que as bolas de golfe não acertam no ninho. Tens um prédio, mas está arrendado a um casal de reformados que pagam vinte euros de renda. casal não tem dinheiro para pagar uma renda superior, e não pode ser despejado, porque a Lei das Rendas o impede. Pois é: em Portugal, a justiça social faz-se assim: o Estado regula, os proprietários pagam. Vendes o prédio a quem possa esperar pelo falecimento do casal, e arque com a burocracia de uma acção de despejo contra o herdeiro do casal de velhinhos que, para receber uns 'trocos', se 'acantona' na casa. Quem tem a mais-valia? Quem tenha arte para 'fintar' a teia de burocracia estatal/judicial.

Onde existirem barreiras fictícias ao normal funcionamento da Economia, onde houver burocracia, haverá tráfico de influências e corrupção.

É a vida."

(Via Blasfémias.)

Love is in the air

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Parece que hoje o país acordou transtornado e indignado com o caso do abate ordenado aos sobreiros da Lezíria em plena Reserva Ecológica Nacional envolvendo o anterior governo, numa investigação que implica tráfico de influências, ex-ministros e pareceres jurídicos duvidosos sobre o interesse público de um investimento hoteleiro que iria trazer o progresso a Benavente. Convém lembrar que casos destes são uma constante em todo o país, numa escala menor e em terras que não fazem manchetes em jornais nacionais. Ourém também teve direito a polémicas de interesse público. A única diferença é que agora os intervenientes são mais mediáticos, porque de novo, este caso, não tem rigorosamente nada. E por falar em interesse público:

Basta procurar no google (sobre "sobreiros portucale") para se perceber que na blogosfera, por exemplo, de há muito que o caso era denunciado, em alguns casos de forma bem dramática. Denunciado, há muito, por gente anónima e sem pedigree, logo incapaz de chamar a atenção aos Pachecos Pereira deste mundo, o dos snobs que só lêem coisas de quem lhe interessa, tal devia ser mais do que suficiente para obrigar alguns, poucos, que acham que podem pensar e decidir por muitos, a repensarem seriamente os seus critérios de avaliação e seleção...

Basta pensar no lancinante parecer jurídico (!), pago milionariamente, dado pelo agora MNE, Diogo Freitas do Amaral, (é só ir outra vez ao google), a justificar o interesse público do empreendimento (parecer esse humilhado e deitado ao lixo pelos seus colegas de governo) para nos devermos interregar sobre a lógica da Indústria dos pareceres, que, voraz, consome milhões, assim como da própria estirpe do parecer e do seu autor, em concreto... Via GLQL.

Silver Castle, por Daniel da Cunha.

Ourem tecnológico

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http://ourem.tripod.com/

Quem diria...

Excelente artigo de opinião no Comércio do Porto, sobre reais medidas para o combate à corrupção:

Mas a reforma de fundo seria ao nível do financiamento das autarquias, o qual deveria resultar em grande parte do lançamento de impostos municipais, não relacionados com a actividade de construção e pagos separadamente dos impostos centrais junto das tesourarias das respectivas câmaras. Muita obra de fachada supostamente hoje aplaudida pelos eleitores, deixaria de o ser quando sentissem que a mesma era custeada pelo aumento da tributação municipal. A não dependência dos municípios de impostos sobre imóveis, iria por outro lado acabar com uma das principais fontes de corrupção, com ligações estreitas ao financiamento partidário.

Em síntese, não são tanto questões de corrupção, de populismo, de tráfico de influências, ou de credibilidade, "moralização" ou "renovação" que levam a que os directórios pretendam vetar determinados candidatos ou limitar-lhes o número de mandatos. O grande e verdadeiro "pecado mortal" de Jardim, Mesquita Machado, Narciso ou Valentim consiste em terem votos de forma recorrente e, por essa via, atingirem estatuto e poder que lhes permite condicionar os "caciques centrais" em favor de quem representam. Não consta por outro lado que, nos respectivos "feudos", o voto seja menos secreto que em qualquer outro lado.

Segundo notícia do Jornal Região de Leiria:

A Câmara Municipal de Ourém deliberou por unanimidade adquirir um terreno de seis mil metros quadrados em Atouguia pelo valor de 120 mil euros devido às suas “implicações” para o troço do Itinerário Complementar 9 (IC9) que passará naquela freguesia.

David Catarino, presidente do município, explica ao REGIÃO DE LEIRIA que “a Direcção de Estradas de Santarém, a um pedido de parecer sobre um licenciamento para o terreno, deu parecer positivo” quando, supostamente, o deveria ter “indeferido”.

“Houve uma descoordenação dos serviços”, refere o responsável.

Nasceu mais um novo blog, o Soft Culture do oureense Nuno Silva. Bem-vindo Nuno!

Ela e elas

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A propósito do défice de mulheres em lugares de decisão política, afirmou Deolinda Simões que “as quotas foram ideia de algum homem para aliviar a própria consciência” (in Notícias de Ourém, n.º 3522, 6.Maio.2005, p. 9). Quando alguém não sabe do que fala é aconselhado que se remeta ao silêncio. Por dois motivos. Para não dizer asneiras. E para evitar que os outros, inocentes, sejam atingidos por tais dislates.
Nos países escandinavos, reconhecidamente onde mais se fez e conseguiu no plano de igualdade entre os sexos, as quotas foram um dos mecanismos mais reclamados pelos movimentos feministas. Aliás, hoje, se a Finlândia e a Suécia, por exemplo, são apontados como casos a tomar como referência neste domínio, convém não esquecer que, por lá, há várias décadas que os principais partidos políticos adoptaram o dispositivo das quotas. Como é óbvio, a adopção de tal instrumento não explica tudo o que aí foi conseguido em termos de igualdade entre homens e mulheres. Mas explica muito. É por isso que pretender que “as quotas foram ideia de algum homem para aliviar a própria consciência” revela ignorância, preconceito ou qualquer outra inclinação ao obscurantismo. Vá lá saber-se...

O núcleo de mulheres do PSD de Ourém apoia a candidatura de David Catarino à Câmara de Ourém, um “combate” que “não vai ser fácil”, dado os “sinais da propaganda adversária”, referiu ainda Deolinda Simões. “Ourém é um troféu cobiçado. Há muitos e há muitos anos que nos querem tirá-lo, mas não o deixaremos levar por arruaceiros”. Via NF.

Estar a comentar algo sobre frases como esta, parece-me redundante. Isto é a 'política' para muita gente. Um troféu. O poder pelo poder. Ser eleito para se servir, mas nunca pelos que votam, pela causa comum, por Ourém. Partidário dos interesses instalados, a qualquer custo. Tanta coisa haveria por dizer. Mas para quê? O PSD Ourém é apenas isto? A mim parece-me mais discurso do Partido Situacionista Oureense.

Ainda sobre esta questão, a opinião de David Justino (PSD), ex-ministro da Educação, no Quarta República fez-me pensar:

A propósito do debate parlamentar sobre a limitação dos mandatos dos detentores de cargos políticos, A Capital retoma o debate recorrendo à opinião de Manuel Villaverde Cabral (MVC) sintetizada na frase: «É a capacidade executiva que permite prolongar os mandatos de forma clientelar». Essa “capacidade executiva”, por outras palavras, é que confere poder para contratar com os pequenos, médios e grandes interesses a afectação de bens públicos sobre a forma de benefícios indevidos no todo ou em parte. MVC centra sobre a relação com os “interesses” o que, sem o dizer, prefigura o risco de corrupção, de forma mais suave identificada com “compadrio” ou “facilitismo”. Porém esquece a lógica do próprio clientelismo. O clientelismo afirma-se pelo poder de distribuir, delegar ou retirar uma parte desse mesmo poder de usufruir de bens públicos, traduzido na ocupação de cargos públicos. Este é o clientelismo institucionalizado, legalmente reconhecido e defendido pelos partidos políticos. Ao mesmo tempo, é o mais poderoso dos clientelismos porque permite reproduzir e sustentar essa posição de poder. Nas autarquias através dos lugares em empresas municipais ou participadas, no governo central, através das nomeações para empresas participadas, institutos públicos e na própria administração pública.

Antigo Quiosque perto da Câmara Municipal. Via Ourém Outrora.

Ainda me lembro de ali passar para comprar um Epá (com pastilha), quando saia da Escola Primária, lá para o início dos anos 80. Agora temos um caixote fechado na Praça da Igreja. É o progresso do séc. XXI. Ou por outras palavras, como tão bem diz José Adelino Maltez no seu Tempo que Passa:

Tal como o César, também eu chamo provinciano a outras coisas, como ao falso urbanismo de província, a essa cópia feia de outros urbanos exóticos que procura desajeitadamente sair do rural, agredindo a província profunda que o cerca, mas da qual parece ter vergonha.

Que em Ourém e Fátima se continue a manter um estado possível com o orçamento possível..quanto a críticas, a serem sensatas contribuem para a elevação das gentes e ajudam à construção sustentável, a serem irreais aconselho mais leitura, mais viagens, mais cidadania...

Via Energia Jovem.

Do bom ao optimo vai uma diferença muito grande e por vezes tanto se insiste em medidas irreais que se cai numa "utopia do acontece"...o projecto fica para o ano, para o outro, e o que é certo é que nunca mais vem obra.
A sensatez da gestão municipal tem-se centrado no planeamento rigoroso, atempado mas acima de tudo executável. Por vezes erra..mas quem não erra? Só quem não faz..
Críticas todos sabem fazer, e em cada um de nós há um contabilista de trazer por casa, um engenheiro de bolso e um médico de rotina..todos sabemos dar palpites mas as contas publicas são um bocadinho mais difíceis de manejar!

Via Energia Jovem, o blog da JSD de Fátima.

O Luís do Ourém Blog tem feito um bom trabalho com as perguntas aos candidatos à Câmara de Ourém e Assembleia Municipal. Visitem-no.

Em Ourém, no Centro de Negócios, 21 e 22 de Maio de 2005

Clique na imagem para visualizar em maior resolução.

Publicamos um comunicado que nos foi enviado pela Concelhia de Ourém do PCP:

A comunicação social trata a rotura nas negociações entre o PCP e o PS visando uma coligação para a Câmara de Lisboa afinando pelo mesmo diapasão, repetindo as razões, ou aludidas razões, para essa rotura, que teria ocorrido por “terem sido os comunistas a tomar a iniciativa de “suspender” as reuniões conjuntas”. “Razões” que se resumiriam a duas: o PCP não reconhecer “que, perante o actual cenário eleitoral, não faz sentido reeditar a coligação nos termos de 1997”; ser a posição dos comunistas reacção “aos quatro princípios “basilares” para o acordo enunciados na carta do PS. Entre eles, a integração do Bloco de Esquerda como “parceiro indispensável e de pleno direito” e a posição de supremacia do PS”.
Ora existem razões do PCP, mas são outras e são públicas… embora não publicadas. Num esclarecimento no Avante! leêm-se:

Caríssimos, já que temos quórum na realização do nosso jantar e depois de várias pesquisas e trabalho árduo de gabinete, decidimos avançar com o programa de festas ainda hoje, assim todos terão a antecedência necessária para não falharem. Sendo assim, apresentamos o:

Magnífico Jantar d'O Castelo

Sábado, 18 de Junho de 2005

No dia 18 de Junho, Napoleão foi derrotado em Waterloo, obrigando-o a abdicar o trono de França pela segunda vez. É também o Dia do Químico, o Dia Nacional das Ilhas Seicheles, o dia em que o Egipto aboliu a monarquia e instaurou a República e onde Jimi Hendrix queimou a sua guitarra no palco do Monterey Pop Festival. Pareceu-nos uma data apropriada.

18h00 - Recepção aos gentios nos Castelos de Ourém, junto à Igreja da Colegiada de Nossa Sra das Misericórdias. First informal eye-contact e tertúlia, acompanhada pela tradicional Ginginha do Castelo, a melhor do País, a melhor do mundo e quiçá a melhor da Europa.

20h30 - Deslocação ao Restaurante Páteo da Emília (Nobre), para que a pinga e alimento sirvam confortávelmente o estômago necessitado e promovam a franca e alegre cavaqueira entre mentes inquietas. Procuraremos satisfazer a exigência gastronómica sem exagerar na carteira.

Quem quiser aparecer para beber uma ginjinha apenas, está mais que convidado!

A JSD Fátima tem um blog (com comentários), chamado Energia Jovem e que pode ser visitado neste endereço. Fiquei a saber que o PSD Ourém também já tem uma presença na Internet em www.psdourem.com.

Segundo o Jornal Região de Leiria:

O presidente da Câmara de Ourém (Santarém), David Catarino (PSD), anunciou hoje que a futura zona industrial de Fátima vai estar condicionada a "empresas limpas", devido aos riscos ambientais da área. A localização do futuro parque industrial é contestada por ambientalistas. "Só queremos empresas limpas ou de apoio logístico", afirmou David Catarino, negando a pretensão de instalação manifestada por algumas unidades fabris que produzem efluentes. É que "há sempre o risco" de qualquer contaminação dos solos, o que poderia trazer "danos irreparáveis", justificou o autarca social-democrata, em declarações à Agência Lusa. A zona industrial situa-se em Reserva Ecológica Nacional (REN), a oeste da Auto-estrada do Norte (A1), ocupando um total de 164 hectares. No entanto, a autarquia pretende promover a desafectação da zona, no quadro de um Plano de Pormenor, para responder à procura dos empresários. Para Domingos Patacho, presidente do Núcleo do Ribatejo e Estremadura da Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus), trata-se de uma situação "completamente ilegal" promovida pela autarquia.

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