Tudo vezes 18

| 13 Comentários | No TrackBacks

Tudo vezes 18: "O Governador Civil é um cargo que não tem qualquer utilidade política e administrativa, é apenas um emprego para amigos políticos.

«(...) Um governador civil recebe mensalmente um vencimento correspondente a 70 por cento do vencimento de ministro. Tem direito a abono mensal para despesas a 30 por cento do respectivo salário. Nas suas deslocações oficiais, fora do distrito, recebe as proverbiais ajudas de custo. Dispõe de gabinete pessoal composto por chefe de gabinete, adjunto e secretário. Tem direito a um subsídio mensal de reintegração na «vida normal» (durante tantos meses quanto os semestres em tiver exercido o cargo). Tem obviamente direito a utilizar viatura automóvel do Estado, e com motorista, claro está. E acresce que o tempo de serviço prestado conta a dobrar para efeitos de reforma ou de aposentação.
Quisesse o actual governo dar um sinal inequívoco de que pretende, na verdade, aproveitar estes quatro anos para lançar s bases sólidas de uma futura reorganização administrativa territorial e teria acabado desde já com os governos civis.(...)»

Luís Costa, Público, 06/04/05"

(Via Blasfémias.)

No TrackBacks

TrackBack URL: http://mtng.marques.cx/mt-tb.cgi/605

13 Comentários

convinha enquadrar este post no contexto local. dizendo por exemplo que paulo fonseca foi eleito deputado e nem aqueceu o lugar, trocando-o pelo de governador civil de santarém.

Eu pensava que Paulo Fonseca iria para deputado, mas aceitou ser governador-civil. Ser governador-civil é uma espécie de prémio dourado para políticos, muitos aproveitam-no como uma 'espécie' de pré-reforma. Também foi o caso de Mário Albuquerque, que não sendo original, tratou logo de afirmar que mal fosse eleito deputado, iria outra vez para governador-civil. Foi directo nas suas preferências. Provávelmente muitos portugueses também gostariam de uma antecipação da reforma. E é sempre bom ter um ar bonacheirão e lançar sorrisos nas fanfarras de bombeiros e atribuição de subsídios às colectividades. E ir à Assembleia da República deve ser uma valente monotonia, comparado com o contacto terreno, junto das populações. E lá está, um ordenado de 70% do que ganha um ministro para um cargo absolutamente inútil é uma tentação, das grandes. Para além de levar uns boys atrás que ficam sempre agradecidos pela soma no currículo.

Mas, quem é eleito deputado tem de aquecer o lugar?

Não necessáriamente. Mas seria mais justo que reduzissem o número de deputados, se existe tão pouca gente que aqueça o lugar. Para evitar de andar a pagar ordenados a parasitas.

Parasitas Fred?!?
Por acaso já se deu ao trabalho de verificar no dicionário o significado da palavra?
No Dicionário da Lingua Portuguesa da Porto Editora consta: animal ou planta ou designativo de animal ou planta que, associado com outro ser vivo, o prejudica de qualquer modo; pessoa ou designativo da pessoa que come ou vive à custa de outrem; inútil; supérfulo.
Como acho que o Fred é suficientemente inteligente para saber que estamos a falar de pessoas, excluo a parte biológica! Relativamente à parte humana da designação do adjectivo, julgo que está a exagerar. Não tomemos a parte pelo todo! Há deputados que não acrescentam muito à Assembleia da República, mas a maioria trabalha na análise e construção de legislação que é essencial para este país. Tal como há bons médicos e maus médicos; bons sapateiros e maus sapateiros. Também nunca li nada seu a dizer acabem-se com os Centros de Saúde! Acabem-se com os Sapateiros! Se se reduzissem o número de deputados na AR, esta ficaria reduzida a dois partidos: PS e PSD. A redução do número de deputados leva à bipolarização da política, conduzindo à extinção do BE, do PP e da CDU.
E relativamente à sua qualidade de escrita, quando opina sobre as pessoas que abraçam a política, permita-me, na minha humilde mas respeitosa opinião, que lhe diga que o considero um pacóvio! Que no Dicionário da Língua Portuguesa da Texto Editora consta: índividuo estúpido; simplório; parvo; imbecil; idiota. É óbvio, que de todos estes adjectivos, o que lhe atribuo é o de idiota. E retomando o Dicionário idiota é: atrasado mental; incapaz de coordenar ideias; que ou pessoa que não tem ideias; maluco; imbecil; lorpa; ignorante. É também óbvio, que o que lhe atribuo é o de ignorante. E ignorante no Dicionário consta como: que ou pessoa que ignora; destuído de instrução; analfabeto; desconhecedor. É igualmente óbvio que o que com estes adjectivos todos, e recorrendo ao Dicionário lhe pretendi mostrar é que o considero um desconhecedor da realidade política! Porém, não lhe chamei nenhum nome que ofenda a sua integridade moral, social e humana. E discordando da sua opinião, uso a Língua Portuguesa de forma prática, para lhe provar e fazer sentir que as pessoas têm sentimentos. E decerto Mário Albuquerque, Paulo Fonseca ou Sérgio Ribeiro decerto não gostariam de ler o que escreveu. O Fred é injusto, muitas vezes, com pessoas com quem muitas vezes discordo, mas que respeito. Já agora, vá ao Dicionário ler o que quer dizer a palavra respeito. Decerto a palavra e o seu significado, não colidim com a liberdade da sua expressão e opinião!

Caro João Heitor, sou daqueles que pensa que se aprende mais com o que os outros tem para me dizer do que o contrário. Agora, sinceramente, do seu comentário não aprendi rigorosamente nada. Aliás, a sua postura de virgem ofendida é para mim algo estranho, para não dizer, bizarro. Terei dito algo de errado? Falei alguma má verdade? Ofendi directamente alguém? Ofendi-o a si? Fui profundamente injusto? O que é ser injusto? É injusto falar que existem parasitas na nossa sociedade? É injusto dizer que existem políticos inúteis? Francamente! É preciso ter uma grande lata vir aqui chamar-me de, pacóvio, ignorante ou idiota com uma conversa paternalista de professor para aluno. Não preciso de ir ao dicionário quando quero chamar os bois pelos nomes. O que é a política, para si, meu caro? É 'algo' circunscrito a um grupo de iluminados? Só me falta proibir de falar em política, só porque não pertenço a um partido ou uma Jota. Jota, outro tipo de organização política que considero inútil. E respeito é ouvir o que os outros tem para dizer, tal como o que aqui acabou de escrever. Mas respeito não tem que significar reverência nem submissão, tal como está no dicionário que tanto gosta de recomendar. Quanto à qualidade de escrita, fique sabendo que nunca foi aspiração minha ser escritor, quanto mais ocupar o tempo de quem quer que seja com o que digo e opino neste blog. Não obrigo a si nem a ninguém a ler-me todos os dias, mas se está tão transtornado com os meus fracos conhecimentos da realidade politica oureense (matéria mais que suficiente para grandes saraus culturais, sem dúvida) porque é que de si raramente se ouviu a sua voz quando o podia fazer? Nem me vou dar ao trabalho de lhe dar exemplos. Vir aqui catalogar os outros é fácil. Tal como a exploração da vitimização. Mas uma coisa eu não tolero. A arrogância.

Caro Fred. Não é a primeira vez que neste Blog, e em outros, li escritos seus onde critica as opiniões e pessoas de forma pouco correcta, na minha opinião. Porém, é de opiniões que estamos a falar. E sobre isso, tenho de lhe pedir que se reler o texto que lhe escrevi, compreende que não lhe chamei pacóvio, ignorante ou idiota. Apenas usei algumas palavras que constam no Dicionário da Língua Portuguesa, para lhe dizer que o considero como um DESCONHECEDOR da realidade política. Porque se fosse conhecedor, não chamava parasitas às pessoas que estão na Assembleia da República e não defendia a redução do número de deputados. Ao atacar estas pessoas, nas quais está o meu amigo Paulo Fonseca, que muito estimo como político e homem de causas provadas e suadas no Concelho de Ourém; assim como Mário Albuquerque, pessoa que respeito como homem, sinto-me também atacado. E como respeito as opiniões dos outros mas não sou obrigado a concordar com elas, reagi.
Relativamente às suas preferências não as comento, são suas.
No que concerne à questão que colocou sobre o que é que eu tenho feito, quando diz: "porque é que de si raramente se ouviu a sua voz quando o podia fazer?", apenas lhe quero dizer que nos últimos 15 anos sou autor de vários textos sobre questões que afectam o Concelho de Ourém, com alternativas e propostas, nos vários jornais do Concelho. A par com Mário Albuquerque, Paulo Fonseca, Sérgio Vieira e Sérgio Ribeiro sou a pessoa que mais tem escrito sobre política, frequente e assiduamente nestes últimos anos. Se fizer uma pesquisa nos arquivos dos jornais concelhios decerto o constatará. E nos últimos 7 anos, na Assembleia Municipal de Ourém apresentei diversas propostas para projectos e actividades para os jovens e habitantes do nosso concelho.
Posso não concordar consigo em muitos temas e assuntos, mas não me dá lições de política. Nem eu lhas quero dar. Não dou explicações a qualquer pessoa. Mas respeito as suas opiniões. Porque respeito é segundo o Dicionário da Língua Portuguesa: acto ou efeito de respeitar; consideração; deferência; acatamento; apreço... E estes, sempre os tive. Pelos meus amigos, conhecidos e até adversários políticos. Porque só assim sei viver em sociedade. Dou por encerrado o tema, visto ter sido claro, preciso e conciso. Cumprimentos.

Continuo a não extrair algo de concreto da sua opinião. Quando falei em 'ouvir a sua voz' não me estava a referir ao que andou a escrever 'nos últimos 15 anos'. Vamos ao que interessa. O que é que pensa do cargo de governador-civil? Acha-o de real interesse público? Ou dá por encerrado o tema? É disto que deveriamos estar a falar neste artigo. Diga o que pensa aqui e sem rodeios, deixe-se do politicamente correcto que de banalidades já tive mais paciência. Tem aqui uma oportunidade para o fazer. Ou quer dar a sua opinião quando extinguirem o cargo daqui a 15 anos?

Ao ler o vosso “Tudo vezes 18” tive logo vontade de comentar. Mas não me foi possível fazê-lo de imediato e fui “ultrapassado” por outros comentários e comentários num arremedo de polémica que só posso considerar infeliz.
Começo pelo comentário adiado e sem interferências. O artigo transcrito do Público, de Luís Costa, acerta na epiderme de uma situação muito séria do nosso País que é a do ordenamento do território, da nossa organização política-administrativa. Desde meados dos anos 60 que é reconhecido que o distrito está obsoleto, que é urgente passar às regiões, com maior ou menor grau de democraticidade, evidentemente menor até 1974, com toda a coerência de um Estado democrático depois desse ano, como uma exigência constitucional desde 2 de Abril de 1976.
Só que, desde então, não se conseguiu avançar com a regionalização democrática e des-centralizadora – salvo no tocante aos Açores e Madeira –, e não é este o local para desenvolver o tema e denunciar responsabilidades.
Ora, estando obsoleto o distrito, a figura do governador civil também o está inevitavel-mente, mas a necessidade da sua manutenção, ao serviço dos partidos e coligações no poder, também contribuiu para que não se ultrapassasse a obsolescência.
Parece-me, por isso, que é pouco atacar-se o cargo sem se dizer algo sobre o que o justi-fica e, neste caso, é a existência de distritos tal como sobrevivem há quase meio século.
Este seria o comentário.
Mas também logo previ que a sua inserção num blog de Ourém que tem tido o “privilé-gio” de ter governadores civis (e adjuntos), aliás como ilustração da partidarização bi-polar da vida política, iria provocar polémica. Alguém viria salvar a”honra do conven-tos”. E como o PS e Paulo Fonseca estão, neste momento, indissociáveis do tema, saltou um dos guardiões, o João Heitor, depois de um comentário interessante de Pedro Figuei-redo, que abriu espaço para se falar de deputados e eleitos.
Lamento o tom com que o João Heitor veio à liça, e não diria mais do que isto se não me tivesse metido “no barulho”. E fê-lo ao citar o meu nome por duas vezes.
Numa, aventando, abusivamente, que eu não teria gostado de ler o que li, noutra con-tando-me entre as pessoas que mais têm escrito sobre política nos jornais do concelho (a propósito, diria que sou, decerto, quem mais escreveu nestes jornais, e não só sobre política, pois faço-o desde 1948, há 57 anos!). Há, ainda, uma terceira vez em que me refere por omissão, pois tendo-me associado, nas outras citações, aos nomes de Paulo Fonseca e Mário Albuquerque, ao retirar-me da companhia destes dois conterrâneos quando, por um, afirma a muito estima “como homem e político de causas provadas e suadas” e, a outro, faz questão de dizer do respeito que lhe merece como homem, leva-ria à conclusão que, por mim, não terá estima e pouco me respeitará. Tenho pena mas… paciência.
Quanto aos termos, e recurso ao Dicionário para atribuir ao interlocutor os qualificati-vos de pacóvio, idiota e ignorante, só posso dizer que lamento e … passo. Assim não jogo, isto é, não participo. E, mais uma vez, tenho pena que o João Heitor tenha envere-dado pela (má) polémica, pois algumas observações que contrapõe ao que escreveu o Fred são pertinentes, como a de que a questão do número de deputados é central em democracia (e na proporcionalidade de mandatos relativamente a eleitores), e quaisquer reformas tendentes a reforçar a bipolarização são empobrecedoras da democracia.
Por aqui me fico. Por agora.

E aqui está, para quem quiser ler (pacóvios ou não), o Estatuto do Governador Civil, no site do MAI.

PACÓVIO = DESCONHECEDOR.
Ora ai está.
Vem no dicionário "cambalhota", edição recente do PS.
Agora o poder´vai ser assim. O País já quase que desespera e ainda agora começaram.

Lamentavel quanto baste o comentário de jh.
Será que está defesa tão arrogante é o cartão de apresentação de um futro adjunto do GC?

Já nos chegou um OCavaco arrogante e convencido, não precisamos de mais.

Como militante do Partido Socialista apenas posso lamentar, PROFUNDAMENTE, as palavras de João Heitor. Não me revejo minimamente no que escreveu e tenho pena que não tenha tido a humildade de admitir que exagerou no primeiro comentário.
Este é um dos "problemas" da escrita electrónica: a têndencia para se dizer mais do que se deve.

É para mim evidente que existem deputados na Assembleia da Républica que nem para acessores de "sub-secretário de estado-adjunto do adjunto do secretário..." servem, quanto mais para Deputados.

Este é o "cancro" da política em Portugal: gente que vê o lugar de deputado como um prémio, depois de anos de militância numa Jota. E depois é ter a sorte de ter estado do lado do dirigente certo para, se e quando este governar, ser chamado para um Ministério, uma secretaria de Estado.

Leitura obrigatória: Para que servem os Governos-Civis, no Jaquinzinhos.

Actividade

Comentários Recentes

Mais Comentados

Arquivos

Flickr

Flickriver
Powered by Movable Type 4.38