Contra a falta de visão estratégica

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Como já aqui foi referido, o PS apresentou José Alho como candidato à Câmara de Ourém. Estas foram as suas declarações para a Agência Lusa:

"Sou candidato por um imperativo de cidadania", afirmou à Agência Lusa o candidato e actual presidente da Liga para a Protecção da Natureza (LPN), considerando que a sua candidatura se deve à sua "profunda discordância" em relação ao "modelo de desenvolvimento do concelho que tem vindo a ser implementado" pelo executivo social- democrata.

"Quando se fala em Ourém é sempre pelas piores razões", afirmou, mostrando-se optimista em conseguir conquistar para o PS o concelho de Ourém.

Em 2001, o PS ficou a três mil votos do PSD, obtendo três mandatos no executivo municipal, continuando um crescimento contínuo desde 1997.

"Agora, o objectivo é ganhar, conseguindo mais votos e mais mandatos" que o PSD, explicou este dirigente, que já foi responsável da Quercus na região e presidente do Instituto de Promoção Ambiental.

Na sua opinião, o actual presidente da autarquia, David Catarino, tem revelado uma "grande falta de visão estratégica para o desenvolvimento do concelho", o que conduziu à "frustração das expectativas de muitos empresários e munícipes".

Como proposta, além de uma política de "desenvolvimento sustentado", José Alho defende a "integração do potencial que são os emigrantes e os ex-emigrantes" do concelho, aproveitando a sua experiência para promover projectos locais.

Para o candidato, "muitas decisões camarárias têm sido tomadas de forma casuística", revelando uma "eficácia duvidosa" e que podem "configurar situações ruinosas para o concelho".

Exemplo disso é a deslocalização do supermercado Intermarché ou o campo de golfe de Caxarias, afirmou, criticando ainda a "confusão entre o que é público e o que é privado", como acontece na promoção das zonas industriais do concelho.

Por outro lado, José Alho considerou que o "pouco apoio da administração central" que se revela no investimento estatal e comunitário do concelho "reflecte a falta de apresentação de propostas eficientes e credíveis".

José Alho justificou também o momento do seu anúncio de candidatura com o facto de deixar a liderança da LPN.

"É uma regra de elementar bom senso" deixar a LPN, afirmou, embora garantindo que sai daquela associação sem qualquer ruptura.

Sexta-feira à noite, José Alho deixou formalmente a presidência da LPN, mas ficará ainda à frente da estrutura de forma interina até que sejam eleitos os novos órgãos sociais.

Nos seus compromissos de campanha, José Alho promete ainda "dignificar a imagem de Ourém no contexto regional e nacional, afirmando o concelho pela positiva".

Por seu turno, Paulo Fonseca, presidente da Federação do PS de Santarém e candidato em Ourém nas duas últimas eleições autárquicas, considerou a escolha de José Alho a "ideal" para conquistar o município.

"Não sou candidato porque já o fui por duas vezes e o PS de Ourém tem vastos quadros para protagonizar uma candidatura", justificou.

Na sua opinião, é "lamentável que Ourém continue no mesmo ritmo de desenvolvimento de há 20 anos", bastando "comparar com concelhos à volta" os níveis de modernização do concelho.

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