Que Ourém seja uma imensa Madeira

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Ainda sobre a discussão na última Assembleia Municipal, o Notícias de Ourém dá-nos uma idéia do quão animado foi:

É então que, visivelmente irritado, o presidente da Câmara usa da palavra para dizer que ali estão os eleitos pelo povo e com a legitimidade que esse voto lhes concedeu e “não um bando de ignorantes”. Catarino dirige-se a Patacho e diz: “admito que possam ser contra, mas não é o sr. que decide a menos que seja legitimado para isso”. Mais, “o interesse público resulta sempre do conjunto dos interesses particulares” e “há um conjunto de interesses públicos que reafirmo”. A irritação do presidente da Câmara sobe de tom para apontar: “tem direito a ter opinião; não precisam de se esconder atrás de associações de cidadãos”. Catarino vai mais longe: “a população apenas vê em vós um empecilho ao desenvolvimento e eu não gostava de me sentir um empecilho”. A assembleia termina com o líder de bancada do PS a repudiar “o tom e os termos” utilizados pelo presidente da Câmara “na resposta ao público que apenas utilizou um direito” e recordando que “a democracia não se esgota nos partidos”.

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3 Comentários

Ao menos! Receava que Ourém pudesse não figurar no mapa pela sistemática reciclagem de professores em presidentes de câmara. Mas não! Catarino - que não é feijão! - põe o concelho no mapa e assimila a prática política do país: fala em nome do cidadão. Tenho que ir num dia de semana para o encontrar nas horas de expediente e o felicitar. E fazer votos para que chegue a S. Bento e ao governo civil. De Santarém ou de Leiria, à escolha!

Ao menos! Receava que Ourém pudesse não figurar no mapa pela sistemática reciclagem de professores em presidentes de câmara. Mas não! Catarino - que não é feijão! - põe o concelho no mapa e assimila a prática política do país: fala em nome do cidadão. Tenho que ir num dia de semana para o encontrar nas horas de expediente e o felicitar. E fazer votos para que chegue a S. Bento e ao governo civil. De Santarém ou de Leiria, à escolha!

“tem direito a ter opinião; não precisam de se esconder atrás de associações de cidadãos”.

Que bela democracia anda pelos reinos de Ourém. Esta frase poderia ser engolida pela mesma fauna que a pronuncia. O tempo provoca erosão nos pensamentos de muitos e esquecimentos em muitos outros. Dá-me até vontade de falar na famosa ADIRN, mas poderiam acusar-me que ser da mesma fauna que faz do boato uma arma de arremesso. Cada vez me convenço mais que é de facto este o presidente e os autarcas que os oureenses merecem. Num momento em que se assiste com tristeza à quase conivência do Partido Socialista numa situação altamente polémica, como o caso do novo hipermercado.
Num momento em que se acusa gente como o Domingos Patacho, pessoa que conheço há vários anos, e que se pauta por um verticalidade exemplar, exemplar para a fauna que o crítica e acusa, misturam-se problemas locais, com liberdade de intervenção cívica, como se a liberdade de expressão terminasse dentro dos partidos políticos. Se o vampiro olhasse para o seu partido entenderia perfeitamente que ele se encontra completamente vazio de conteúdo e princípios. Evocam Sá Carneiro..se o homem passasse por aqui morria mais dez vezes de desgosto, da forma como os chacaís canibalizaram o PSD. Essa canibalização estende-se até à mais pequena filial, onde Ourém se enquadra. Argumentasse com o progresso, em tom de oratória marcelista, quase se afirma quem não está connosco está contra nós..pois então eu estou contra.
Contra o branqueamento a que este concelho tem sido submetido ao longo dos anos, nas mais diversas situações, falam-se de Fátima, e que forma se branqueou o grave problema de saúde pública devido a uma Etar que não funcionava, a uma rede de esgotos a cair de podre que não podia cumprir a sua função?
Brinca-se com tudo, joga-se com a verdade e com a mentira, cometem-se atentados ambientais, destroem-se riquezas naturais em nome de quê?
Abafam-se casos menos claros relacionados com a gestão de fundos comunitários..
Olha-se para quem se revolta e se insurge contra o actual estado de coisas, contra a tentativa de manipulação da informação de forma a que as pessoas no interior do concelho não sainam porra nenhuma do que se passa.
Vi há dias fotos com mais de 60 anos de Ourém, a malha urbana hoje está completamente descaracterizada, como não podía estar se nem o raio do PDM é respeitado?
Jogos de interesses, jogos de poder, jogos de gente que não vê mais do que o bico dos sapatos, sem horizontes nem distâncias.
Mas, como dizia no início, é disto que os oureenses gostam, é isto que efectivamente apoiam quando repetidamente votam no mesmo partido há anos e anos seguidos.
Em Ourém não se vê a Luz, nunca se leu Platão nem porra nenhuma, não se acredita, não se pensa, porque existe uma cúpula ocupada com essas coisas do pensamento e da acção, é mais fácil assim.Não dá trabalho.
Era aqui que julguei o PS diferente, há excepção de alguns, continua-se a pensar desta forma. Caso se pensasse de forma diferente, não se faria cedências à fauna que está no poder autárquico, quando se pensa pela própria cabeça e se tem certeza do rumo, não tem de se ter medo nem das atitudes nem das consequências.
Tal como a besta reaccionária da Madeira, também aqui nada irá mudar, lamentavelmente, porque desta forma hipoteca-se o futuro de todas as crianças e jovens deste concelho.
As eleições em Ourém qualquer dia parecem as eleições em Cuba no tempo do Batista, só falta os funcionários do partido distribuirem os bolhetins de voto pelas escolas para ser marcada a cruz no mesmo sítio..
Portanto não se esqueçam de votar na mesma fauna, para que tudo continue igual, sem diferenças, sem evolução, sem desenvolvimento sustentado. Porque isso é faz bem, não tem de se pensar o que dá trabalho.
Nem se juntem a nenhum movimento cívico, porque qualquer dia serão perseguidos por tal.
O oásis continua a reinar em Ourém.

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