Como um cata-vento, a Câmara Municipal, sempre por unanimidade, aprovou, revogou e tornou a aprovar o projecto de arquitectura referente ao complexo comercial que se pretende instalar na Corredoura. A última aprovação, porém, ficou condicionada à emissão de um parecer favorável da Comissão Regional da Reserva Agrícola do Ribatejo e Oeste (CRRARO), parecer esse solicitado pelo executivo municipal. Ora, segundo a última edição do Notícias de Fátima (n.º 367, 28.Janeiro.2005, p. 9), a CRRARO, para além de não ter emitido tal parecer - por o respectivo pedido ter de ser feito pela entidade promotora do projecto e não pelo município -, parece não estar inclinada a deferir tal pretensão ao abrigo do invocado interesse público, uma vez que o empreendimento é... privado.
Ainda em relação a este caso, refira-se que é muito estranho que a Câmara Municipal admita que, por cá, a resolução de problemas de segurança rodoviária está dependente da vontade de pessoas ou entidades privadas avançarem (ou não) para a materialização de determinados projectos. Se existe na Corredoura algum problema do género - o executivo municipal, ainda assim, parece não saber, pois solicitou à GNR e aos Bombeiros Voluntários de Ourém informação sobre o número e a gravidade dos acidentes automóveis acontecidos durante os últimos três anos no troço a ser afectado pelo referido projecto -, há muito que os senhores edis deviam ter procurado uma solução para tal problema. E não terem ficado à espera. Como se fossem avestruzes.
Carrocel de vento
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??Já não sei se é a câmara que pretende o complexo comercial efectuado ou o proprietário?? Quem é que é o investidor, o proprietário ou a câmara ( ou alguém da câmara)?
O mais caricato é que já algumas vozes, do PS de Ourém, dizem que temos que minimizar o mal feito e as obras têm que seguir em frente. Ora meus amigos se a obra avançou á reveleia de varias identidades e se se verifica que incorrectamente que seja tudo reposto como estava.
Mais caricato e abonimável ainda, vai ser quando quem de direito possibilitar o avanço das obras e tiver-mos que ouvir "a câmara" e o proprietário dizer que se fez justiça, que a Quercos são uma cambada de vermelhos e só querem o retrocesso de Ourém, que quando se iniciaram as obras se sabia perfeitamente o que se estava a fazer, etc, etc,... E todas as pessoas que legalmente têm razão?
Querem transformar este blogue num espaço comercial? Fale com a câmara, possívelmente serão capazes... (se ganharem algo?!)