Floresta: silvicultura preventiva

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É pertinente o que aqui se diz:

É fundamental ter uma rede viária estratégica com manutenção permanente (pode mesmo ser aproveitada e melhorada para cicuitos de manutenção). Pode estar ladeada por espécies "resistentes" a incêndios (ardem mais dificilmente e quando ardem rebentam de toiça). Estas plantas podem criar um corredor verde que se pode tornar útil quando transitam carros de bombeiros próximo de chamas.

É fundamental acabar com o regime de monoculturas, a utilização de árvores de folha caduca ou hemi-caduca (carvalhos) cria uma camada de manta morta que dificulta o desenvolvimento de sementes e portanto de biomassa (trabalho natural e por isso rentável a longo prazo), a utilização de espécies como a aroeira ou o medronheiro podem diminuir muito a combustibilidade da zona florestal.

Mas enfim venham os placebos, de qualquer modo a responsabilidade é dos Eng. Florestais que primeiro quiseram tornar este país num acacial, e depois viraram para o eucaliptal. Em todas as discussões sobre estes assuntos é raro verem-se biólogos uma área onde existem mesmo doutoramentos em incêndios.

E pergunto eu quem é que a câmara tem para organizar estas e outras intervenções tanto na área florestal como nos espaços verdes?

Eu diria mais, a responsabilidade não é apenas dos Eng. Florestais, é sobretudo política, daqueles que decidem, ou daqueles que não o fazem e sobretudo, tem a ver com a organização do país e vem muito de trás. Desde a 1ª República e sobretudo com Salazar que apostou-se na reflorestação do país, na silvicultura, plantou-se muito pinheiro por todo o interior. No entanto, naquela altura, a população vivia da floresta e cuidava dela, era uma maneira de fixar a população no interior e um modelo de sustentação. No entanto, com a emigração e depois com a fuga da população do interior para o litoral os pinhais ficaram ao abandono. Os filhos e descendentes dessa geração já não querem saber dos terrenos, nem sequer de cuidar deles. Muitos, longe da terra, só sabem que possuem pinhais por causa dos incêndios. Quem sofre é quem por lá fica.

Via Ourém blog.

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1 Comentário

A acrescentar: é hoje reconhecido que as dificuldades impostas à produção animal tradicional (caprinos, ovinos e bovídeos), assente no pastoreio levou a um brutal incremento da biomassa em muitos locais. Seria por exemplo importante quando se fala de desenvolvimento sustentado criar redes de escoamento de produtos originários deste tipo de produções. A agricultura biológica assume-se como um mercado muito atractivo, embora com preços pouco acessíveis a todos, mas se há gente para pagar por bons produtos e estes sustentam outros objectivos vale a pena concerteza.

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