Entrevista a Fernando Lopes

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Interessante, a entrevista feita a Fernando Lopes, cineasta e antigo director da RTP2, no Jornal de Leiria. Sabia que viveu em Ourém até aos 12 anos? A ler:

JORNAL DE LEIRIA (JL) – Como é que se deu o seu encontro com o cinema?
Fernando Lopes (FL) – Aconteceu em Ourém. A minha tia Margarida era uma mulher culta que adorava filmes e tinha um lugar cativo no cinema. E como o meu tio não estava muito virado para essas coisas – era um bocadinho conquistador, conhecido como o “caça meninas” – a minha tia levava-me ao cinema. O cinema português, na época, tinha uma importância enorme, sobretudo em terras como aquela, em que não havia televisão. Vi quase todos os filmes portugueses dos finais dos anos 40. Quando cheguei a Lisboa, o bichinho recomeçou a mexer... e, como diria o Eduardo Lourenço, quando saiu da sua aldeia para a Guarda, “descobri o mundo”.

JL – Essa noção de pertença aos locais perdeu-se por todo o País...
FL – É verdade. Filmei em Ourém durante quatro semanas e aquela não era a minha Ourém. A única coisa que ainda resiste é o quartel dos bombeiros e a prisão, além de um reservatório de água que é quase arqueológico. Depois há as ruas da cidade, que mantêm ainda a toponímia republicana - não foi por acaso que os pastorinhos foram lá parar à cadeia. Nas aldeias, a situação é mais grave. É algo quase inelutável, porque tem a ver com a modernização, com o progresso...

Pode ler toda a entrevista aqui.

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2 Comentários

Obrigado por mais este "serviço": lembrar o "oureense" Fernando Lopes.
Há alguns anos (poucos para mim, muitos para os que então eram miúdos) um grupo de oureenses tentou lançar um grupo de animação cultural - que teve o nome Iniciativas 25 de Setembro -, e a primeira iniciativa foi a de trazer o Fernando Lopes à Casa da Banda, com o fime Nós por cá todos bem, que é um "filme oureense". Foi uma sessão excelente, de casa cheia, quase comovente encontro entre gentes, como antigos colegas de escola primária do Fernando.
Vamos cá trazê-lo outra vez?

isso do 25 de setembro, bah, era só a data de um foral com 800 anos. devia ser era 20 de junho, data em que os nossos líderes elevaram a pobre vila a uma fabulosa cidade (em que por acaso, mas só por acaso, o hospital fechou passado pouco tempo). como se vê uma data muito mais importante, não agarrada às teias de aranha do passado mas sim com os olhos postos num futuro radiante e finalmente colocando os nomes dos nossos benfeitores no lugar de destaque que já mereciam. parece que vejo o alaranjado do sol a pôr-se...

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