O Poder da Água, II

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torneira.jpg Segundo uma notícia do Região de Leiria de 3 de Janeiro de 2003:

A Câmara Municipal de Ourém conta concessionar já este ano o saneamento básico do concelho. Na reunião do executivo de dia 23 de Dezembro, a autarquia a aprovou, por unanimidade, solicitar à empresa Compagnie Générale des Eaux Portugal (CGE P) - que já detém a exploração e gestão do sistema de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público no concelho de Ourém - uma proposta de taxas e tarifas de saneamento a praticar pela edilidade até ao final da concessão, que vai até ao ano de 2021. É que o município entende existirem vantagens para o município em proceder à extensão da concessão à CGE (P) do sistema de saneamento básico, prescindindo, desse modo, da abertura de qualquer concurso e da concessão a outra empresa.

O resultado do ajuste directo está à vista. As facturas da água, duplicaram com as novas taxas. É uma clara vantagem, para a CGE. Além disso:

Esta concessão contemplará a gestão das estações de tratamento de águas residuais de Ribeira de Seiça e Alto Nabão, e de outras a construir.

A população de Paredes e Valongo é que parece não estar muito contente com as novas vantagens. Em Paredes, assisti em pleno noticiário da SIC a um protesto da população pela consecutiva falta de água e total autismo da empresa responsável, Águas de Paredes, SA. Em Valongo, segundo notícia do Jornal de Notícias de 28 de Agosto de 2004:

O copo transbordou. Várias dezenas de moradores de Campo, Valongo, juntaram-se, ontem à tarde, à frente da ETAR (estação de tratamento de águas residuais) num protesto contra os maus cheiros e as descargas poluentes no rio Ferreira, que já mataram milhares de peixes. Confrontada pelas queixas dos populares, a Administração da empresa Águas de Valongo, que gere a ETAR de Campo, diz estar consciente de que o "problema é grave", mas garantiu que até ao fim do ano a situação vai melhorar.
Apesar das garantias, os moradores não ficaram totalmente convencidos. Há mais de quatro anos que aguentam "calados" os cheiros "nauseabundos" provenientes da ETAR. "Queremos abrir as portas e as janelas das nossas casas"; "Basta de maus cheiros", podia ler-se nos cartazes, segurados por crianças da freguesia.

O mais curioso é que tanto a Águas de Paredes, SA como a Águas de Valongo, SA pertencem à Compagnie Générale des Eaux Portugal (CGE-P). Será que as taxas que esta empresa passou a cobrar em Ourém servirão para retirar o cheiro nauseabundo da ETAR na Zona Industrial de Casal dos Frades? Ou esta não é da sua responsabilidade?

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3 Comentários

a agua nunca faltou em paredes entao o comentário feito no site é mentira

eu vivo em paredes e pagamos a agua mais cara mas que eu saiba a água nunca faltou o que se falou foi numa povoação chamada Sarnada junto a Gondomar em que pelo que sei a água estava a ser desviada por populares menos crospusculosos

A companhia de água CGEP cobra indevidamente valores elevados na cobrança da água em habitações de férias. Quando queremos resolver e perceber o que está mal o pessoal técnico não sabe o que fazer e argumenta que não pode fazer nada. Há alguma coisa esta a falhar no sistema!!!

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