Segundo notícia do Jornal de Leiria:
Inaugurado há cerca de três meses depois de um investimento de cerca de 3.9 milhões de euros, o novo mercado de Ourém não tem ainda nenhuma loja a funcionar. A Câmara já abriu o concurso para a concessão da exploração de 18 espaços comerciais, mas apenas apareceram dois candidatos, um dos quais acabou excluído devido à má instrução do processo. Os comerciantes queixam-se do elevado preço do arrendamento e da confusão que existe na zona devido às obras em curso.
Para Carlos Batista, presidente da ACISO-Associação Empresarial Ourém-Fátima, o custo do espaço é a principal razão para a falta de lojistas interessados. Os valores pedidos [entre os 70 e os 90 euros por metro quadrado] são demasiado elevados, afirma, adiantando que, o facto da zona se encontrar em obras afasta os possíveis interessados, que temem que o negócio não seja rentável. Têm medo de arriscar, receando que, devido à confusão, os clientes não apareçam, acrescenta.
David Catarino, presidente da Câmara, considera esses receios infundados, atendendo a que, depois de concluídas as obras, a zona será um dos locais nobres da cidade.
O autarca justifica a ausência de candidatos com o excesso de burocracia do processo e com o facto do concurso ter sido lançado em Agosto, em plena época de férias. O momento escolhido não foi o melhor, reconhece o autarca, adiantando que, para alterar a situação, está a ser preparado um novo concurso, simplificando os procedimentos.
O município irá também disponibilizar ajuda técnica para a instrução dos processos. Não queremos que a burocracia seja um entrave à apresentação das candidaturas, afirma David Catarino.
Em reunião da Assembleia Municipal questionei o Presidente da Câmara sobre o elevado número de lojas neste espaço, a sua rentabilidade e procura face às dezenas de lojas vazias existentes em Ourém. A sua resposta foi simples:
"Há mais oferta. É a lei da concorrência"
Mais palavras, para quê?