setembro 2004 Archives

Interessante, a entrevista a Carlos André no Jornal de Leiria. Carlos André mostra-se indisponível para ser candidato à Câmara de Leiria. Aqui está uma pessoa que gostava que um dia fosse candidato à Câmara de Ourém. Porque é que Ourém perdeu Carlos André? Sérgio Ribeiro também merece o meu respeito e apoio, é pena que vejam apenas CDU onde seria mais importante ver a pessoa e sobretudo o oureense. Ourém e concelho precisam de alternância de poder, mas sobretudo, precisa de pessoas com novas idéias, com outra perspectiva, com outra cultura e competência. Pode ler a entrevista aqui.

Ontem, dia 28 de Setembro foi o melhor de sempre em visitas, atingimos as 454. Ainda não chegamos ao fim do mês mas já estamos com um total de 7300 visitas, melhor mês de sempre, sendo a média diária de 250. Só para comparar, em Janeiro começamos com 1800 visitas por mês. O total de visitas de Janeiro até ontem é de 48000 e o total de tráfego que já exportamos ainda cabe num DVD, cerca de 4G. Até hoje foram escritos 364 artigos e 856 comentários. A todos os que nos visitam, o nosso obrigado.

Vaticano quer assumir gestão do santuário
O Vaticano ameça assumir a gestão do Santuário de Fátima. A Santa Sé não gostou da visita do Dalai Lama e já defendeu, junto da Conferência Episcopal, que quer o Bispo da região e o reitor do Santuário afastados.
Para ao Vaticano, D. Serafim Ferreira e Silva, Bispo de Leiria/Fátima, e o reitor do santuário, Monsenhor Luciano Guerra, terão levado longe demais o espírito ecuménico. Em causa está a autorização dada ao Dalai Lama e a um sacerdote hindu para rezarem no Santuário de Fátima.
Segundo conta o jornal «Correio da Manhã», o desagrado vai ao ponto do Vaticano já ter manifestado junto da Conferência Episcopal portuguesa que esta deverá aproveitar o final de carreira de D. Serafim Ferreira para mudar o Bispo de Leiria/Fátima, bem como substituir o reitor do Santuário.
O jornal fala num ultimato dos cardeais do Vaticano. Se as pessoas em causa não forem substituídas o Vaticano poderá assumir a gestão directa do Santuário de Fátima. Uma fonte do santuário, citada pelo jornal, diz que o Dalai Lama representa uma questão diplomática muito séria devido à forte pressão exercida pelo governo chinês.
Os bispos auxiliares de Lisboa e Porto. D. Manuel Clemente e D. António Carrilho, são apontados comos os mais prováveis para substituir de D. Serafim Ferreira. Faltará saber depois se o nome escolhido será aceite em Roma.

O nosso vizinho Luís do Blog de Ourém, teve uma idéia interessante, lembrou-se de extrapolar dados baseados no conteúdo da Agenda do Presidente de Setembro e tratá-los estatísticamente. E surgiram coisas. A primeira, foi a de que o Presidente passou mais de metade do tempo em reuniões (54,79%). Logo de seguida, 26% em cerimónias e 4,89% de atendimento aos munícipes. Passou mais tempo em jantares (3,26%) do que no Despacho (2,44%) ou caminhadas (também 2,44%). A nível do objecto das acções, o grosso está indefinido, cerca de 61,10%. Logo de seguida vem o Dia do Professor com 8,15% e o Campo de Golfe em Caxarias, com 5,30%, mais do que a Festa das Vindimas, 3,26%. Apesar de estes dados serem meramente oficiais, não reflectindo de maneira fidedigna a agenda real, aguardo com curiosidade o resto das estatísticas de meses anteriores. Força nisso.

Canonização dos pastorinhos de Fátima mais próxima, segundo o Público (n.º 5302, 28.Setembro.2003, p. 25).

Recordo. O responsável pela equipa que o concebeu o PDM de Ourém, na sessão de apresentação desse plano, acontecida no cine-teatro municipal, referiu que, por o PDM da Batalha ter consignada a criação de uma plataforma aeroportuária, a hipótese de avançar com um aeródromo ou aeroporto por cá estava gorada. Agora, desperdiçados anos em querelas e impasses estéreis, em avanços, recúos e amúos, David Catarino aparece a defender subitamente a todo o transe a promoção da pista da Giesteira a aeroporto regional (vide Público n.º 5302, 28.Setembro.2004, Suplemento: Local -Lisboa, p. 48), sem explicar minimamente que alteração é que ocorreu nas condições anteriores. Provavelmente nada mudou. Apenas a vontade. E a manifestação dos interesses. Porém, gostava de saber, mania, quais são esses interesses, todos. Mas isso talvez seja pedir demais. Pois ele há coisas - antes dos tais novos horizontes - que não são para se saber.

Segundo uma notícia do Região de Leiria de 3 de Janeiro de 2003:

A Câmara Municipal de Ourém conta concessionar já este ano o saneamento básico do concelho. Na reunião do executivo de dia 23 de Dezembro, a autarquia a aprovou, por unanimidade, solicitar à empresa Compagnie Générale des Eaux Portugal (CGE P) - que já detém a exploração e gestão do sistema de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público no concelho de Ourém - uma proposta de taxas e tarifas de saneamento a praticar pela edilidade até ao final da concessão, que vai até ao ano de 2021. É que o município entende existirem vantagens para o município em proceder à extensão da concessão à CGE (P) do sistema de saneamento básico, prescindindo, desse modo, da abertura de qualquer concurso e da concessão a outra empresa.

O resultado do ajuste directo está à vista. As facturas da água, duplicaram com as novas taxas. É uma clara vantagem, para a CGE. Além disso:

Esta concessão contemplará a gestão das estações de tratamento de águas residuais de Ribeira de Seiça e Alto Nabão, e de outras a construir.

A população de Paredes e Valongo é que parece não estar muito contente com as novas vantagens. Em Paredes, assisti em pleno noticiário da SIC a um protesto da população pela consecutiva falta de água e total autismo da empresa responsável, Águas de Paredes, SA. Em Valongo, segundo notícia do Jornal de Notícias de 28 de Agosto de 2004:

O copo transbordou. Várias dezenas de moradores de Campo, Valongo, juntaram-se, ontem à tarde, à frente da ETAR (estação de tratamento de águas residuais) num protesto contra os maus cheiros e as descargas poluentes no rio Ferreira, que já mataram milhares de peixes. Confrontada pelas queixas dos populares, a Administração da empresa Águas de Valongo, que gere a ETAR de Campo, diz estar consciente de que o "problema é grave", mas garantiu que até ao fim do ano a situação vai melhorar.
Apesar das garantias, os moradores não ficaram totalmente convencidos. Há mais de quatro anos que aguentam "calados" os cheiros "nauseabundos" provenientes da ETAR. "Queremos abrir as portas e as janelas das nossas casas"; "Basta de maus cheiros", podia ler-se nos cartazes, segurados por crianças da freguesia.

O mais curioso é que tanto a Águas de Paredes, SA como a Águas de Valongo, SA pertencem à Compagnie Générale des Eaux Portugal (CGE-P). Será que as taxas que esta empresa passou a cobrar em Ourém servirão para retirar o cheiro nauseabundo da ETAR na Zona Industrial de Casal dos Frades? Ou esta não é da sua responsabilidade?

Por mais que tente, não consigo entender. A Câmara de Ourém anunciou algures em Agosto que vai gastar quatro (sim, quatro!) milhões de euros em redes, reservatórios e captações de água em todo o concelho, principalmente em Fátima. Só que a população quando paga a factura da água, entrega o dinheiro a uma empresa privada, uma tal de Compagnie Générale des Eaux, que obteve um contrato de exploração no abastecimento de água no concelho de Ourém por uns largos 25 anos. A mesma que decidiu aumentar o preço da água porque, como é óbvio, justifica-se com o aumento de custos na exploração. Quais custos? Pois, a palavra certa aqui é exploração. É realmente um negócio melhor que o petróleo. Como é que ainda não se lembraram de propor um negócio semelhante? Por exemplo, porque não fazer o devido outsourcing da exploração das várias estradas do concelho? A câmara alarga as estradas, mete alcatrão, sinaliza, lança os devidos concursos públicos e depois de tudo pago, uma empresa privada pode lá meter portagens e taxar os utilizadores. Tudo de maneira muito mais eficiente, a troco de um pequeno pagamento pelas novas estradas que foram construídas, porque é o preço do desenvolvimento. Só que no caso da água, existe apenas uma única estrada para casa (não existem canos alternativos) e essa encontra-se rota. É fácil lucrar em monopólios. Mas acho que nos esquecemos de uma coisa, então a estrada, tal como a água, não é um direito de todos nós?

É com agrado que reparo no regresso do Notícias de Ourém à Internet. Podem visitá-lo no endereço www.noticiasdeourem.com. Com versão em pdf e tudo.

O Castelo, em versão de bolso. Fotografia de André Simões. Clique na imagem para ver a versão ampliada.

No princípio de Fevereiro, aludiu-se aqui ao caso. Segundo dados relativamente recentes, no município de Ourém existem 17 famílias a viver em barracas e 68 famílias a viver em habitações degradadas. Perante estes dados, nenhum eco foi escutado na ocasião. Agora, segundo o Jornal de Leiria (n.º 1054, 23.Setembro.2044, p. 10), a Divisão de Estudos e Projectos da Câmara Municipal está a proceder ao "levantamento do número de residências habitadas por agregados familiares com dificuldades económicas a exigirem trabalhos de melhoramento", assim como à "identificação das obras necessárias a efectuar em cada residência". Ora, embora pareça haver intenção de resolver os problemas, certo é que a solidariedade, vertida em políticas públicas, não pode ou deve demorar tanto tempo. Pois são direitos dos cidadãos/munícipes que estão em causa. Neste caso, no mínimo, o direito a uma habitação condigna.

Em Pombal desapareceu, sem rasto deixar, um blog (vide Região de Leiria, n.º 3523, 24.Setembro.2004, p. 19). A estória ainda é nebulosa. Pormenores aqui. Caso a acompanhar.

Em intervenção numa iniciativa organizada pela Ordem dos arquitectos, «Território em Debate», disse o arq.º Gonçalo Ribeiro Telles: "face à pressão urbanística, a defesa da Reserva Agrícola Nacional e da Reserva Ecológica é imprescindível" (in Público, n.º 5298, 24.Setembro.2004, Suplemento: Local - Lisboa, p. 52). Mas há outras vozes. Para mais pormenores, leia-se a notícia.

Está explicado. O aumento do preço da água em Ourém é o preço que se está a pagar pelo desenvolvimento do concelho. Só resta saber onde é que ele está.

“Pagamos menos que noutros concelhos. Vamos pedir às pessoas que paguem a factura do desenvolvimento”, afirmou o edil, lembrando, ainda, que o município vai avançar com a taxa de saneamento, à semelhança do que já se pratica nos concelhos da Alta Estremadura. “O que defendo é que haja uma taxa para quem tenha tratamento de esgotos e ligação à rede, e outra para os que despejam as fossas”, esclareceu.

O presidente da Câmara Municipal reconheceu que o novo tarifário da água a implementar brevemente – provavelmente antes do verão - tem de se coadunar com os gastos que a autarquia prevê efectuar no âmbito do plano de investimentos que visam melhorar a rede de abastecimento de água.

David Catarino, Região de Leiria, 4 de Março de 2003.

Telmo Calhaço (staff Ourém Lan Party), pergunta, por e-mail, se existe interesse em criar uma Comunidade Wireless em Ourém. Eu acho que é uma idéia com pernas para andar, sobretudo, pelo que conheço na zona, existe já muita gente com Access Points e redes Wi-Fi (802.11b) pelo concelho. Eu sou um deles. O que dizem? Mais alguém com Wireless e que queira partilhar a sua experiência? Ver o site do Movimento Wireless Português.

Ainda sobre a questão da água, recebemos por e-mail, 2 documentos de Sérgio Ribeiro e que aqui publicamos. O primeiro, um documento escrito pelo próprio e entregue a todos os membros que participaram na Assembleia Municipal de Ourém a 18 de Dezembro de 2003. O segundo, é um comunicado da concelhia do PCP deste mês sobre o assunto. Publicaremos outros documentos e diversa informação que outras pessoas ou outros partidos da Oposição (ou não) nos queiram enviar.
Documento 1 . Documento 2.

Merece ser lido o artigo do presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, estampado na edição de hoje d’O Mirante (n.º 630, 23.Setembro.2004, p. 18), sobre o panorama e o horizonte autárquico português. Para concordar ou discordar. E para reflectir.

No próximo dia 25 de Setembro, a partir das 17 horas, Adelino Gomes irá estar presente na Livraria Som da Tinta em Ourém para falar do seu livro, As Flores Nascem na Prisão: Timor-Leste, Ano Um. Adelino Gomes, é professor universitário e conhecido jornalista no Jornal Público. Segundo palavras de Paulo Gorjão:

Adelino Gomes é um jornalista com larga experiência na comunicação social portuguesa, que actualmente é redactor principal do jornal Público. Acresce que, para além da sua extensa experiência profissional, o autor tem um conhecimento único de Timor Leste. Ao longo dos últimos 30 anos, Adelino Gomes foi um dos poucos jornalistas portugueses que sempre seguiu os acontecimentos em Timor Leste com particular atenção.

Pode fazer o download (doc) do convite da SdT.

O que faz a oposição em Ourém sobre a questão do aumento do custo da água? O que é que o PS tem a dizer sobre isto? Chegou a dizer ou a fazer alguma coisa? Aprovou deliberações em reuniões de câmara e assembleias municipais? Sérgio Ribeiro segundo suas palavras neste blog, efectuou 4 comunicados e apresentou um estudo à câmara (que esta ao que parece meteu na gaveta) em Dezembro do ano passado! O CDS/PP ainda existe? Para que servem as estruturas democráticas no concelho? O aumento do preço da água tem abrangido todo o concelho? E as faltas de água? E o contacto telefónico de emergência para a Compagnie Générale des Eaux, porque é que quase nunca funciona? Alguém avaliou o tempo de resposta dos piquetes? Existe algum contracto de SLA (Service Level Agreement) entre a CGE e a Câmara?

Alexandra Santos, do Centro de Negócios de Ourém, enviou-nos 2 imagens do Evento ocorrido em Ourém (Castelo, Quinta do Montalto no Olival e Centro de Negócios) relativo ao dia do Agrobio e que aqui publicamos:

Sempre que os leitores quiserem publicar mais fotografias sobre este evento ou outros, basta contactar-nos pelo nosso endereço.

Mais um fim de semana em Ourém. Ourém, cada vez mais, a capital do tédio. A cidade morreu no pouco que tinha de vida noturna. Eu resolvo a questão e faço 25 km para outro lado, onde também encontro amigos, mais vida e alguma opção. Outros não tem a mesma hipótese. Hoje em dia, ser jovem em Ourém (mais na cidade que em aldeias do concelho ou mesmo em Fátima) é ter poucas opções, é ter que se resignar apenas aos prazeres do dia. Outros praticam desporto e não saem à noite. Apostam no dia. Eu quando tinha 16 anos e vivia em full-time por Ourém, já me queixava, mas tinha muito mais por onde me divertir dos que agora tem 16 anos. Tinha o Solar da Amizade, tinha o 22 (ainda o apanhei nos bons tempos), tinha o D. Nuno, tinha o Hidraulicos (é assim que se escreve?), Bacus e muitos outros. Quase todos fecharam ou entraram em decadência. Lembro-me de ir ver os GNR e Sétima Legião à Feirourém. Lembro-me de ir ao D. Nuno ver os Quinta do Bill. Isto foi à mais de 10 anos. 10 anos passados e tudo acabou. Ou a noite em Ourém virou tabu ou então sou eu que devo estar errado. O melhor mesmo é juntar-me aos resignados e enfiar-me no Jogral a concordar com isto tudo mas a fazer exactamente o contrário. E ficar colado à cadeira.

Ourém, Castelo (sem inspirações soviéticas). Fotografia de Luis Vieira. Via Fotopages.com. Clique na imagem para maior resolução.

Vi uma factura da Compagnie Générale des Eaux. O consumo de água do cliente, entre Março e Agosto deste ano, foi zero. Mas o valor da factura roçava os 15€.

Desde Janeiro de 2003, o município de Ourém tem um encargo mensal de 5.000€ com a renda do edifício da congregação Os Monfortinos, edifício que, em termos úteis, apenas alberga a secretaria da Associação Promotora do Ensino e Formação de Fátima, porque não reúne condições para a ministração dos respectivos cursos (vide Região de Leiria, n.º 3522, 17.Setembro.2004, p. 18 - o link não está disponível). Isto é uma prática de esbanjamento, senão mesmo de delapidação, de recursos públicos. Mas, pelo que se vê, não tira o sono aos (ir)responsáveis.

Um bom artigo no Público, escrito por Pacheco Pereira: Media-esfera, Blogoesfera e Atmosfera. Se a maior parte dos leitores portugueses de blogs soubessem o que eram RSS feed readers, aí é que o fenómeno tinha um crescimento anda maior. Pacheco Pereira continua a ser o maior divulgador da blogoesfera em Portugal, pela sua capacidade de atrair atenção nos media mais mainstream, mais tradicionais. O Paulo Querido tem sido também um divulgador pelo incansável trabalho que tem feito com a plataforma weblog.com.pt e pelos diversos artigos pioneiros que tem escrito na revista Única do Expresso. Para mim e para ainda um grupo pequeno de geek-friends não diz nada de novo, mas considero importante este tipo de artigos, são esclarecedores para o público em geral e numa linguagem que entendem. O mais interessante:

Os jornalistas, principalmente da imprensa escrita, vão hoje buscar imensa coisa aos blogues, umas vezes citam, outras não, e os leitores dos jornais desconhecem a importância dessa contribuição. Ainda recentemente uma notícia de primeira página do PÚBLICO teve origem num blogue. O jornal demorou uns dias a referir a fonte, mas depois fê-lo quando por todo o lado na blogosfera havia protestos. Num blogue, essa ausência de citação seria impossível porque a cultura do hipertexto torna a citação do outro um elemento identitário da blogosfera.

Gostava de saber até que ponto os blogues portugueses são veículo de informações e fonte de notícias nos media portugueses. Dou um exemplo deste artigo (O Estado à deriva) de Medina Carreira publicado pela primeira vez na Grande Loja do Queijo Limiano, e que apareceu referido num artigo de página inteira no Expresso, caderno de Economia. Neste caso, o artigo referia o blog original onde foi retirado o texto de Medina Carreira. Haverá mais exemplos, de certeza. No que diz respeito a blogs locais, Pacheco Pereira afirma:

Ideias, frases e factos circulam na blogosfera e, quando verificados, dão ao resto da comunicação social uma dimensão complementar - mais memória, mais conhecimento especializado, mais variedade de temas, novos ângulos de aproximação a um assunto, mais imaginação, maior cobertura regional através de blogues locais. Uma leitura a fundo dos blogues locais poderia suprir muitas deficiências resultantes da ausência de correspondentes locais e revelar histórias bem interessantes. A verificação é fundamental, dado que há textos ficcionais, construções e pastiches que já enganaram alguns jornalistas (e autores de blogues) como sendo verdadeiros, dando origem a alguns embaraços. Há muito lixo, como é da natureza democrática e não editada da rede, mas há também muita coisa boa.

Sobre blogs locais, O Castelo já foi usado como fonte de notícias, dando como exemplo a fotografia e texto aqui publicado no artigo 'E a arca de noé?'. Foi reproduzido pelo Jornal local, Notícias de Ourém. Também outro artigo (Município de Ourém no Nordeste do Pará), seguindo o primeiro que foi feito sobre a presença de Ourém em Goa, serviu de inspiração para um artigo novo no Notícias de Ourém. Lamento o facto do Notícias de Ourém continuar parado no tempo, já que na sua página, a última notícia data de 17 de Maio de 2004.

Excelente planeamento, excelente timing. Este ano a Feira de Sta Iria não se vai realizar (dizem que é a primeira vez desde 1901). Por causa das obras em curso. A câmara não conseguiu providenciar espaço alternativo. Primeiro foram as obras no 'Centro Histórico' em pleno Natal, o que foi óptimo para os comerciantes. Agora é a Feira de Sta Iria que não se realiza, o que é óptimo para quem mora perto, por causa do barulho. Este ano não há carros de choque, bifanas e tiro ao alvo.

Segundo o comunicado da Quercus, a Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacional confirma não ter sido pedida a desanexação da REN e é questionado o rigor dos estudos hidráulicos/hidrológicos efectuados já que reconhecem a possibilidade de inundação dos terrenos pelas cheias sem por em causa a construção. Reproduzimos o seu conteúdo:

Segundo e-mail que recebemos de João Perdigão, o Público refere o comunicado que a Quercus emitiu e que denuncia a construção do novo supermercado Intermarché em Ourém em zona de cheia, junto à ribeira de Seiça e que no Plano Director Municipal pertence à Reserva Ecológica Nacional (REN). A autarquia nega a acusação, referindo o estudo hidráulico feito pelo promotor e aprovado pelo Ministério do Ambiente. Transcrição da notícia:

A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza denunciou hoje em comunicado a construção de um supermercado (do grupo Intermarché) em zona de cheias, junto à ribeira de Seiça, em Ourém. A autarquia já contestou as críticas e nega a localização.

No entanto, a associação diz que a Comissão Nacional da Reserva Ecológica Nacional diz não foi pedida a desanexação da REN.

Depois de ter fechado, o inenarrável Gaiteiro vai mudar de nome e passará a ser o Trombone de Ourém. Mudará de estilo? Mudará de discurso? Mudará de roupa? Contratou novos músicos? O que nos reserva este ícone do boca-a-boca oureense (e arrabaldes)? É desta que o Gaiteiro-mor revelará a sua identidade? Servirá para espalhar boatos em altura de eleições? É desta que o Songoku vai derrotar o Laranjotronik com os seus novos superpoderes? Não perca os próximos episódios porque nós também não.

Imagem retirada do site Travel-Images.com, com a seguinte descrição:

"Ourém: Soviet inspired monument by the town hall"

Temos o único monumento inspirado no estilo soviético em todo o distrito de Santarém (e arredores)! Se o PSD local sabe...

O que virá na descrição da rotunda junto ao LIDL? Se calhar algo do género:

"Ourém: Flinstones inspired crazy roundabout by the town supermarket". Aceitam-se sugestões.

Recebemos por e-mail a nova morada do nosso vizinho blog 'Tomar' de Leonel Vicente. Podem visitá-lo em tomar.weblog.com.pt. Bem haja, já que é um verdadeiro serviço público da região de Tomar.

Tal como em muitas aldeias do país, nas do concelho de Ourém, os antigos parques infantis do Estado estão a cair de podres. Com a nova legislação, as câmaras ficaram com a responsabilidade pela sua manutenção. Na maior parte dos casos, tal como em Ourém, optou-se por instalar novos parques apenas em sede de concelho. O resto ficou ao desbarato, entregue à sua sorte. Mas as crianças continuam a lá ir. E os acidentes vão acontecendo. Porquê? Porque não há verba para tudo. Porque a própria câmara municipal 'esquece-se' que eles existem. Foi o que aconteceu em Alburitel. Segundo notícia do jornal "O Mirante":

Alguns casos são mesmo gritantes, como o do jardim de infância e escola primária de Alburitel (concelho Ourém). O espaço do recreio está repleto daquelas velharias, algumas das quais já sem parte do equipamento. Os assentos dos baloiços já “voaram”, ficando apenas as estruturas em ferro.
Ao longo dos anos as educadoras que por ali passaram foram fazendo ofícios para a Câmara de Ourém, pedindo a remodelação do espaço. Afinal, os equipamentos escolares são competência dos executivos municipais.
A resposta, quando vinha, é a de que não havia verba. Em declarações ao nosso jornal o presidente do município voltou a reafirmar que o dinheiro não chega para tudo, mostrando-se no entanto surpreendido com o facto dos velhos baloiços ainda permanecerem no local.
“Não há dinheiro para fazer um parque novo mas não queremos ter nada ilegal”, referiu David Catarino, garantindo que irá de imediato mandar remover o “ferro velho”.

Como última nota, é de referir o investimento camarário no Estádio Municipal de Fátima. Custou 3 milhões de Euros.

Por mais esforçada e investida que seja a propaganda, até hoje ainda não se vislumbraram vantagens, vantagens relevantes e palpáveis em termos de interesse público, que tenham decorrido da constituição de empresas municipais em Ourém. Cresce, aliás, a sensação que tanto a Verourém quanto a Ambiourém são instituições parasitas, suportadas pelo orçamento do município e pelos encargos que implicam aos próprios munícipes, não por uma gestão mais eficaz e eficiente dos recursos sob sua responsabilidade. Prova disso mesmo são duas deliberações recentes da Câmara Municipal.

Caso 1. Na sessão de 9 de Agosto último, a Câmara Municipal deliberou por unanimidade - com os votos de David Catarino, Vítor Frazão e João Moura, do PSD, e António Gameiro, do PS - vender o livro Manual Prático do Vinho de Ourém à Verourém e à Vitiourém por 5 €, para que tanto a Verourém quanto a Vitiourém, depois, vendam esse mesmo livro ao público por 7,5 € (vide Acta n.º 32 da CMO, referente à sessão de 9 de Agosto, pp. 2-3).

Caso 2. Na mesma data, a Câmara Municipal deliberou também por unanimidade - com os mesmos votos - vender o livro Actas do Congresso D. Afonso, 4.º Conde de Ourém e sua Época à Verourém por 8 €, para que a Verourém, depois, venda esse mesmo livro ao público por 10 € (vide Acta n.º 32 da CMO, referente à sessão de 9 de Agosto, pp. 18-19).

Ora, por qual raio é que a Câmara Municipal não vende o livro Manual Prático do Vinho de Ourém directamente ao público por 5 €? Qual é o interesse em comercializar o referido livro por via de intermediários?, se esse facto implica um agravamento de 50% do seu custo para quem o quiser comprar.

E por qual raio é que a Câmara Municipal não vende o livro Actas do Congresso D. Afonso, 4.º Conde de Ourém e sua Época directamente ao público por 8 €? Qual é o mistério que justifica que, metida a Verourém no circuito de comercialização, o custo do referido livro para os interessados aumente 25%?

Haverá resposta a estas questões?

Em Janeiro, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) informou a Câmara Municipal de Ourém que não autorizava a construção de quatro açudes na ribeira de Seiça, por terem um impacto significativo sobre a respectiva linha de água. As obras referentes ao projecto do parque linear, no entanto, avançaram. Entretanto, agora, em Agosto, a Câmara Municipal, por considerar que tais açudes são fundamentais para a concretização do referido projecto, pediu à CCDRLVT que reconsidere a decisão original (vide Acta n.º 32 da CMO, referente à sessão de 9 de Agosto, pp. 17-18). Aguardam-se as cenas dos próximos capítulos. Para ver o que irá acontecer.

Ao que parece, temos muito boas notícias sobre o IC9. Segundo o jornal 'O Mirante', o actual governo decidiu incluir no PIDDAC de 2005, a construção do troço do IC9 que liga Alburitel a Carregueiros. Para além do concurso que já foi lançado este ano para a construção do troço do IC9 que liga o nó de Tomar do IC3 a Carregueiros, preve-se também para 2005 o lançamento da obra para os 8,5 km adicionais. Segundo palavras de Jorge Costa, Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas:

A afirmação de Jorge Costa surgiu após ter sido questionado sobre a “fiabilidade” prática do anúncio da inscrição em PIDDAC de um segundo troço do IC 9, que quando concluído ligará o litoral ao interior, passando por Ourém e Tomar. “Hoje, quando inscrevemos uma obra em PIDDAC ela vai mesmo avançar”, assegurou.

Foi aliás a negociação para a inclusão no programa de investimentos do Governo de um segundo troço de construção do IC 9, entre Alburitel (concelho de Ourém) e Carregueiros (Tomar), a responsável pelo atraso de mais de uma hora do secretário de Estado, que deveria ter chegado a Tomar às 18h00 para presidir a cerimónia de consignação do IC 3, troço entre a ponte da ribeira de Beselga e o actual nó da Atalaia da A23.

“Tomámos hoje a decisão de incluir no PIDDAC para 2005 o troço do IC 9 entre Alburitel e Carregueiros”, referiu no discurso oficial Jorge Costa, adiantando que o projecto de execução dos 8,5 quilómetros já está concluído e que a obra deverá arrancar no próximo ano.

“O senhor presidente da câmara dizia ainda agora que o IC 9 não tinha um metro feito, de repente vai ter mais de 16 quilómetros, oito quilómetros com o concurso hoje lançado e mais 8,5 quilómetros num concurso a lançar no próximo ano”, referia o secretário de Estado, recebendo uma ovação da assistência que enchia o salão nobre dos Paços do Concelho.

Será desta? Será que em 2006 teremos o IC9 construído entre Alburitel e Tomar? Porque é que ainda não se ouviu uma palavra do poder local em Ourém? Serão apenas palavras bonitas que não irão sair da esfera das boas intenções? A notícia completa pode ser lida aqui.
Ainda sobre o IC9, há quem conteste o traçado entre Carregueiros e Tomar e tenha sugerido um novo traçado mais barato e com melhor impacto ambiental (será possível?).

Segundo notícia do Jornal de Leiria:

Inaugurado há cerca de três meses depois de um investimento de cerca de 3.9 milhões de euros, o novo mercado de Ourém não tem ainda nenhuma loja a funcionar. A Câmara já abriu o concurso para a concessão da exploração de 18 espaços comerciais, mas apenas apareceram dois candidatos, um dos quais acabou excluído devido à má instrução do processo. Os comerciantes queixam-se do “elevado preço” do arrendamento e da “confusão” que existe na zona devido às obras em curso.
Para Carlos Batista, presidente da ACISO-Associação Empresarial Ourém-Fátima, o custo do espaço é a principal razão para a falta de lojistas interessados. “Os valores pedidos [entre os 70 e os 90 euros por metro quadrado] são demasiado elevados”, afirma, adiantando que, o facto da zona se encontrar em obras afasta os possíveis interessados, que temem que o negócio não seja rentável. “Têm medo de arriscar, receando que, devido à confusão, os clientes não apareçam”, acrescenta.

Recebemos por email a seguinte nota de Eduardo Graça:

São 15.40H . No Jardim que ainda nos resta,  junto à cabine telefonica, 3 ( Três ) agentes da PSP local aguardam calmamente a oportunidade de multar mais um motorista prevaricador.
Isto pelo terceiro dia consecutivo.
Alguém saberá explicar o que se passa? A que se deverá esta súbita fobia pela fiscalização do ticket de estacionamento ??

Nota pessoal: Sou completamente a favor de uma fiscalização eficaz e consequente aplicação das coimas aos prevaricadores. No entanto, estas atitudes de caça à multa irritam-me profundamente, porque o que pretendem não é melhorar a vida das pessoas fazendo cumprir as regras. Os únicos a serem multados por estes 'vigilantes' são os desgraçados que chegam 5 minutos atrasados para colocar mais moedas no parquímetro. Entretanto, noutros locais da cidade (sem parquímetro, logo sem perda de receitas) pode-se estacionar impunemente em segunda fila ou em cima do passeio, sem problemas.

DIA DA AGROBIO

O dia de convívio dos associados e amigos da Agricultura Biológica!

Venha rever amigos e passar um dia bem agradável na companhia de pessoas com quem partilha o interesse pela Agricultura Biológica no próximo

dia 19 de Setembro, em Ourém

De manhã vamos percorrer os castelos de Ourém, incluindo a cripta do 3º conde de Ourém e a nascente que alimenta as fontes do castelo). Depois, dirigimo-nos para a Quinta do Montalto, na freguesia do Olival, onde será servido o almoço.

Para podermos organizar o almoço e as actividades, precisamos de saber atempadamente quantas pessoas vamos reunir. Por isso, pedimos que façam as vossas

inscrições de 16 de Agosto a 10 de Setembro

O custo de inscrição (almoço incluído) é de 3 € por pessoa.

Crianças com menos de 10 anos não pagam inscrição.

O importante é que venham, tragam os amigos e se inscrevam a tempo de organizarmos a recepção e o almoço a contento de todos.

PROGRAMA DO EVENTO

Imagens do evento no Centro de Negócios de Ourém.

Em memória das vitimas do massacre da Ossétia do Norte. Em memória de tantas vítimas sem nome que nunca chegaremos a conhecer.

Duvidam? Recebemos um e-mail do Marco Neves (Lagoa do Grou) que publicamos a seu pedido:

Há quem goste de afirmar que "Não há coincidências". A ser verdade, então tem de haver "alguém" que gosta de nos pregar umas partidas. Este é o relato de uma verdadeira "coincidência", dê por onde der! Estou, desde o final de Junho, a viver em Tampere. É a 3ª maior cidade Finlandesa, onde a comunidade portuguesa se resume a cerca de uma dezena de "almas". Quando soube que vinha para aqui, decidi criar um blog onde relato as minhas experiências (que os meus amigos já fizeram o favor de publicitar aqui).
Por volta de ínicio de Agosto, recebi um mail de uma simpática portuguesa a informar-me que vinha trabalhar para esta mesma cidade em Setembro. Ela tinha encontrado o meu contacto através do blog, e pedia-me ajuda na procura de casa. Claro que me disponibilizei para a ajudar no pudesse. Trocámos mais alguns mails e a coisa ficou por aqui.

Penso que com a Ponte dos Namorados, que perpetua a memória das gentes de Ourém ao longo dos séculos, não se vai passar nada. Oxalá, que daqui a algum tempo, possamos dizer: "ainda bem que as obras circundantes foram feitas". E, já que rareiam formas de mostrar este nosso monumento, ele passe a ter maior visibilidade, com o funcionamento, segundo parece, da nova área comercial da cidade. Do mal, o menos!

Como os serviços de limpeza da STL continuaram a pautar pela ausência de limpeza das ruas, a chuva lá diminuiu os odores, e voltou a dar cor às faxas brancas das ruas de Ourém...

Sou leitor mais ou menos assíduo de jornais. Leio sobretudo os diários, em formato online e costumo dar uma espreitadela ao Região de Leiria, que para além dos jornais locais da minha terra é uma fonte regular de notícias oureenses. Ao espreitar na secção 'A Região' deparo-me com um artigo aparentemente inócuo, 'Câmara Municipal acaba pavilhão'. A curiosidade toma conta de mim e resolvo ler o artigo em pormenor:

A Câmara Municipal de Ourém vai efectuar obras no pavilhão desportivo propriedade da União Desportiva de Pinheiro e Cabiçalva, localizado na freguesia de Nossa Senhora da Piedade, que há vários anos se encontra por concluir.

Hmm, ok. É sempre uma boa notícia a conclusão de algo inacabado, ainda por cima com alguns anos. Continuo a ler:

Mais informação do início da construção do IC9 em Tomar, artigo no Público de 30 de Agosto:

"Era um dos poucos Itinerários Complementares que estava previsto há muitos anos mas não tinha qualquer quilómetro construído", explicou o autarca, citado pela Lusa. No próximo dia 3 de Setembro, vai ser publicado o anúncio de abertura de concurso do primeiro troço do IC9, entre Carregueiros e Tomar, que completa a circular norte da cidade, mas marca o início da construção de uma via que liga o Santuário de Fátima, três monumentos património da Humanidade (Convento de Cristo e Mosteiros da Batalha e de Alcobaça) e a vila da Nazaré.

E em Alcobaça, já se aproveita o momento para fazer o pressing na construção do IC2, da Nazaré a Alcobaça ligando à Batalha.

Segundo a edição de hoje d’O Mirante (n.º 627, 02.Setembro.2004, p. 4), durante o mês de Agosto, os peregrinos tiveram dificuldade em encontrar casas de banho abertas em torno do santuário de Fátima. Segundo apurado, o seu fecho está associado a um plano de gestão dos parques de estacionamento sob a responsabilidade da reitoria do santuário e ao facto de, conforme noticiado, tais instalações serem alegadamente usadas para a prática de relações sexuais. O problema é que, neste caso, fechadas as casas de banho, são os fiéis, necessitados, que têm de suportar os custos da decisão com as aflições da respectiva bexiga. É por isso que não é simpática a doutrina subjacente à decisão tomada. Pois, qualquer que seja o motivo do encerramento da maioria das casas de banho da proximidade do santuário, é evindente que paga o justo pelo pecador.

Ainda sobre a IC9, alternativas e uma via de circulação exterior à cidade, Tomar vai construir a sua:

O presidente da câmara expressou ao “Cidade de Tomar” o seu regozijo pelo facto de sextafeira, além da adjudicação do troço do IC3, será anunciada a abertura de concurso da empreitada do IC9, de Carregueiros até Algaz, onde vai ligar ao IC3. Para António Paiva permite que o trânsito circule à volta da cidade de Tomar sem necessidade de passarem pelo centro caso o objectivo seja prosseguir a viagem. Além disso será construída a nova ponte sobre o Nabão, na quinta da Granja.

E em Ourém?

Se houve um fim-de-semana atípico em Ourém nos últimos anos (décadas?), foi sem dúvida este.

Uma concentração de motards; a Ourém Cyber Party e um concerto de punk/metal no bar Incógnito. Sem dúvida muito por onde escolher.

É urgente que estes eventos tenham continuidade e que a população se envolva cada vez mais. E que a Câmara Municipal, que apoiou a OCP através da disponibilização do Centro de Negócios e respectivas infraestruturas de suporte, venha a partir de agora, com base nesta experiência positiva, a prestar mais atenção aos cidadãos que surjam com ideias novas e que se abra mais à participação da sociedade.

Artigo interessante no Público, e que tem a ver com a desertificação do Interior do país, qualidade de vida e ordenamento do território. Cidades como Ourém (que é uma das 15 menos populosas do país) podem ter um papel na fronteira entre o mundo urbano e rural. A ler, já que é um excelente tema de discussão para este blog:

P. - Num inquérito feito no âmbito do vosso relatório sobre a desertificação, os agentes locais apontam os constrangimentos à expansão urbana como uma das principais explicações para o despovoamento do interior. Concorda?

R. - Essa ideia surge com algum radicalismo, mas tem de ser ouvida com atenção porque muitas vezes as pessoas que querem, por exemplo, fazer uma pequena construção para apoiar a sua actividade, são contrariadas por legislações de protecção dos recursos que, por vezes, são aplicadas de forma cega, sem atender às realidades sócio-económicas. Isso deve ser alterado. Mas, muitas vezes, por trás deste ressentimento existem interesses especulativos, que são de contrariar.