Nestlé Waters interessada em Ourém

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Segundo notícia do Jornal de Leiria:

A Nestlé Waters Portugal apresentou na Câmara de Ourém um pedido de viabilidade para a instalação de uma empresa naquele concelho. Um assunto que, segundo o presidente da autarquia, David Catarino, ainda está numa fase muito “preliminar”, pelo que não é possível saber o investimento previsto. O interesse destes investidores, acrescenta, dever-se-á ao facto de “Ourém ter dos aquíferos subterrâneos mais ricos do País”. É que a ideia é instalar uma unidade de exploração e engarrafamento de água. A Nestlé Waters Portugal apresentou na Câmara de Ourém um pedido de viabilidade para a instalação de uma empresa naquele concelho. Um assunto que, segundo o presidente da autarquia, David Catarino, ainda está numa fase muito “preliminar”, pelo que não é possível saber o investimento previsto. O interesse destes investidores, acrescenta, dever-se-á ao facto de “Ourém ter dos aquíferos subterrâneos mais ricos do País”. É que a ideia é instalar uma unidade de exploração e engarrafamento de água.

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7 Comentários

É preciso virem os suíços descubrir que Ourém tem boa água; porque será que nenhum empresário oureense se tenha lembrado de fazer um investimento nessa área?

Peço desculpa pelo erro: quando escrevi descubrir, queria escrever descobrir.

Suponho que todos nós temos a plena consciência de que este projecto poderá ser importantissimo para o desenvolvimento da nossa cidade.
A àgua potável é hoje um bem essencial, considerada já uma das grandes preocupações da sociedade mundial por se prever que as suas reservas se possam esgotar num futuro próximo.
Este facto, aliado ao potencial de emprego inerente, torna a criação desta unidade indústrial como uma das questões mais pertinentes para o desenvolvimento económico e social da cidade.
Provavelmente o Sr. Presidente da Câmara partilha também esta preocupação, considerando que recentemente até apoiou monetáriamente a construção de um furo para captação de água numa cidade em Moçambique.
Penso que todos nós Oureenses devemos presionar a comunidade politica do cocelho, para que este projecto não seja esquecido e se tansforme em realidade.
Gostaria também que fosse publicado por algém neste blog, mais detalhes sobre este assunto, para que possamos conhecer mais aprofundadamente sua as potencialidades.

Caro Fil, publicaremos mais detalhas sobre esta notícia (e outras) sempre que estiver publicado na Imprensa ou que nos façam chegar essa informação. A 'redacção' deste blog não se assemelha aos jornalistas tradicionais e por isso contamos sempre com a informação conseguida pelos colaboradores ou pelos leitores.

Caro Luis Neves, eu já nem diria empresários oureenses, diria mais portugueses. Acerca do negócio das águas, muitas mudanças se esperam cá em Portugal.

O desejo de empresas deste ramo em instalarem-se no concelho não é novo, há alguns anos uma outra da qual não me lembro o nome quis instalar-se em Caxarias mas infelizmente não teve o mesmo apoio que o golfe!! Aliás como é do senso comum estes dois investimentos são mutuamente exclusivos. Na região de Caxarias mais precisamente na Mata de Urqueira encontrar-se-á um dos maiores aquíferos do concelho como atestam os vários furos a jorrar água à anos só com a pressão criada pelo próprio em profundidade.
A instalação de uma empresa de àguas iria igualmente pressionar no sentido de uma maior fiscalização para a protecção do recurso que vem explorar, ao contrário do golfe que vem única e exclusivamente pela quantidade do mesmo mas tornando-o inútil para o consumo. As enormes quantidades de adubos necessários para manter a relva verdinha, rapidamente atingirão o aquífero (açcão facilitada pela própria natureza geológica da região,com rochas calcáreas que fazem "filtragens" deficientes da água aquando a sua passagem para o sub-solo) contaminando-o com nitratos,e outros sais, que reduzidos a nitritos no aparelho digestivo podem ter açcão cancerígena.
Saudações a todos.

Ainda sobre as potencialidades de uma exploração de água em Ourém, parece-me importante referir o seguinte:todos os locais onde empresas deste ramo se instalam são por excelência locais de elevado interesse natural, e onde quase sempre a ocupação humana tem uma longo registo no tempo.
Sobre o primeiro ponto todos reconhecemos que somos ainda possuidores de muitos espaços naturais com grande riqueza faunística e florística (mesmo sem contar com a porção do Parque da Serra de Aire e Candeeiros ou a Ribeira de Seiça que a Quercus, muito bem projectou no panorama ecológico nacional com as descobertas que aí foram feitas em muito devidas ao levantamento levado a cabo pelo Eng. Pedro Cortes) nos últimos anos encontrei mesmo duas espécies de orquídeas muito raras no nosso país sendo uma delas desconhecida na nossa região até então. Aliás ainda sobre este ponto convém dizer que Ourém é já à muitos anos um local visitado por botânicos, tendo sido por exemplo colhidos exemplares para herborização em Chão de Maçãs e Caxarias de uma planta carnívora endémica da P.Ibérica e Norte de África, o Drosophyllum lusitanicum, no inicio do séc.XIX. referências a outras de distribuição limitada são igualmente encontradas em várias publicações. Dos animais podemos referir a lampreia de Seiça, o bufo real só para referir os menos comuns no nosso país.
Seria assim importante preservar alguns deles, e como é cada vez mais difícil explicar o porquê da Rede Natura ou outra estratégia de conservação fazer pelo menos espaços de lazer deixando alguma arquitetura paisagísta que a mãe natureza foi fazendo.Os "parques de merendas" deveriam, e há condições para isso, proliferar em muitas aldeias do nosso concelho e julgo mesmo ser uma forma de sensibilização para a beleza natural que vai desaparecendo um pouco por todo o lado. Dinamizados podem transformar-se e transformar.

Sobre a ocupação humana foram prolíficas as informações colhidas na elaboração da Carta Arqueológica, a publicar brevemente penso eu, (sem me querer alargar em assuntos onde estou menos à vontade, foi por exemplo encontrado um machado pré-histórico em quartzito que terá cerca de 25000 anos!ena pá).
O mundo rural e toda a sua dinâmica foi profundamente moldado pela abundância ou escassez desse bem, a água, (bem esta água é como as cerejas!..)o património associado a estas duas realidades deve ser valorizado e sobretudo rentabilizado com a criação de rotas e percursos a incidir nos locais de maior relevância, isto numa perspectiva de atracção de pessoas ao resto do concelho (tipo uma região de turismo a sério Ourém-Fátima à semelhança da região Leiria-Fátima ou Tomar-Fátima!!), mas a preservação é sobretudo uma materialização das memórias colectivas, é uma melhor qualidade de vida é uma melhor auto-estima.

Agora vejamos, se temos tudo isto o nome de Ourém numa garrafa de água espalhada pelo país(ou mais longe) era ou não um cartão de boas vindas à nossa terrinha hã. Digo mais era a cereja do bolo,pena é que a farinha do bolo ainda esteja na seara e por isso ninguém vê onde pôr a cereja.

Já foi comentado o potencial de emprego gerado, mas contabilizando aspectos acima referidos e as relações que com estes podemos estabelecer transforma este investimento num verdadeiro fulcro de desenvolvimento, gerando potencial para dinamizar novas estratégia que é certo sempre tem estado debaixo do nariz desta autarquia (maldita miopia).

P.S.I Tenha ou não metido os pés pelas mãos deixei o comentário como o escrevi visto que este blog é para isso mesmo, para quem tem Ourém no coração, aproveito para dar os parabéns aos mentores deste espaço.

P.S.II Alguns comentários que aqui surgiram nos últimos dias inquinaram um pouco (muito pouco leia-se)a orientação deste espaço, tem tanta desinformação (malformação leia-se) que deviam ser removidos.

Saudações a todos

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