Venha a nós a vossa Terra, parte II

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Novas notícias sobre este caso, reportado pelo Público a 30 de Abril. Segundo David Catarino, a terra está a ser despejada na Giesteira, no aeródromo de Fátima (projecto pessoal de Joaquim Clemente) desde segunda-feira. Mais pormenores no Região de Leiria, edição de 14 de Abril de 2004:

A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) acusa a empresa responsável pela construção da Igreja da Santíssima Trindade de ter despejado o entulho resultante daquela obra em terrenos afectos às reservas ecológica e agrícola nacionais (REN e RAN, respectivamente) na freguesia de Fátima no limite com o concelho da Batalha.

De acordo com José Manuel Alho, presidente da LPN, na passada semana as terras resultantes do desaterro da obra foram colocadas “em vários locais da freguesia de Fátima sem qualquer regra”, situação que não tem qualquer dúvida em intitular de “quadro perfeitamente terceiro-mundista”. Com a agravante de alguns desses locais, sublinha o ambientalista, estarem classificados como área de REN e RAN no Plano Director Municipal de Ourém.

O responsável lamenta que tenham de ser “os cidadãos a procurar o local onde estão a ser feitos estes atentados porque da parte da administração pública não é visível nenhuma atitude que contrarie esta atitude do empreiteiro”. E acusa a empresa responsável pelas obras do novo templode estar a fazer “o jogo do rato e do gato”.

José Manuel Alho, que também é deputado municipal eleito pelo Partido Socialista, exige a intervenção da Câmara Municipal de Ourém e ainda da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Embargo esteve iminente. Luís Garcês, da Direcção de Marketing da Somague, empresa que venceu a primeira empreitada da futura basílica de Fátima, nada adianta ao REGIÃO DE LEIRIA relativamente aos locais onde tem sido feito o despejo dos inertes da obra, mas garante que existe autorização para o efeito. Outros esclarecimentos sobre a matéria em apreço, o responsável da Somague remeteu para o dono da obra - neste caso o Santuário de Fátima - de onde não foi possível obter qualquer informação.

Confrontado com o problema, David Catarino, presidente da Câmara Municipal, admite que a obra esteve sob a ameaça de embargo, mas que a situação acabou por ser revolvida. “Neste momento a terra resultante do desaterro está a ser removida para a Giesteira, junto à pista de aviação”, afirma o responsável. Tal situação ocorre desde a passada segunda-feira, garante o autarca.

David Catarino assume que a solução não é a melhor, mas é a “menos mᔠface ao volume de terra e pedra que saem diariamente da obra da Igreja da Santíssima Trindade.

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