Com o aproximar do 13 de Maio é natural haver destaque para Fátima a nível noticioso. Segundo artigo do Público de hoje, 11 de Maio de 2004:
O dispositivo de segurança e de protecção civil em torno do Santuário de Fátima na peregrinação de Maio é o mais reforçado dos últimos anos, aproximando-se dos meios utilizados na visita de João Paulo II, em 2000. Entre polícias, militares e bombeiros, estão mobilizados um total de 450 elementos, um número ligeiramente abaixo da visita papal de 2000, confirmou fonte da GNR. No entanto, o Comissário Lopes Martins, coordenador da operação de segurança em torno do Santuário, recusa falar em receios de um atentado terrorista por parte das autoridades, considerando que os recursos mobilizados são em "número suficiente de forma a proporcionar a segurança de todos as pessoas".
Outra fonte da PSP confirmou que está a ser dada particular atenção aos vendedores ambulantes, que terão de ser acreditados, e, de modo a evitar intoxicações, as reservas de água foram já avaliadas pelos agentes. "Todos nós podemos conhecer e reconhecer alguns alvos suspeitos mas temos de investigar", concluiu, por seu turno, Lopes Martins, escusando-se a confirmar se alguns vendedores ambulantes, de origem marroquina, estão a ser investigados pelas autoridades. O governador civil de Santarém, Mário Albuquerque, sublinha haver "uma atenção muito especial de acompanhamento do perímetro urbano de Fátima", com uma "articulação total" dos meios no terreno, que contam ainda com câmaras de vídeo-vigilância no recinto, na zona envolvente do Santuário e na A1. O espaço aéreo não vai ser vedado, confirmou fonte da NAV (Navegação Aérea de Portugal), pois os voos de maior altitude não têm corredores aéreos junto ao santuário. No que respeita às aeronaves de pequena altitude, a regulação da sua viagem vai caber aos aeródromos de origem, que têm de ter conhecimento do seu percurso. No capítulo da protecção civil, Joaquim Chambel, coordenador distrital de Operações de Socorro de Santarém, reconheceu que o perigo de um atentado terrorista está presente nas preocupações das autoridades, que estão a preparar planos de acção ou de evacuação, conforme as necessidades. A operação vai contar com a participação de 25 corpos de bombeiros, num total de 190 elementos, apoiados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica, com dois veículos, que será também o responsável da triagem das chamadas de socorro. Apesar das preocupações das autoridades, o bispo de Leiria-Fátima, D. Serafim Ferreira e Silva, não teme um atentado no Santuário, já que esta instituição tem feito "muitos esforços" no sentido do diálogo inter-religioso. "Não faz sentido" qualquer atentado em Fátima, considerou o prelado.
E a mesma notícia no DN de hoje, 11 de Maio de 2004:
O sistema de vídeovigilância do Santuário e as câmaras instaladas na auto-estrada pela Brisa, serão «ajudas» cruciais para observar as movimentações de pessoas e veículos, tanto dentro do recinto como à chegada a Fátima. «As câmaras da Brisa vão permitir-nos identificar viaturas suspeitas», reconheceu Lopes Martins.
Quanto ao modelo de policiamento em prática nestes dias, o comandante da secção de Tomar da PSP frisa que assenta em dois pontos: «Grande visibilidade num anel que vai diminuindo até ao interior do recinto. Aí não vai haver visibilidade, mas teremos um grande número de efectivos à civil».
Referido no Região de Leiria, Bispos minimizam perigo de antentado terrorista em Fátima:
A possibilidade de um atentado terrorista durante a actual peregrinação a Fátima é minimizada pelos bispos portugueses, salientando a tradição de tolerância do Santuário face a outras religiões como razão para esse optimismo.
"Não acredito em nenhuma situação deste género. Fátima é um exemplo de diálogo inter-religioso que é respeitado por todos", considerou D. Serafim Ferreira e Silva, bispo de Leiria-Fátima. O prelado confia, por outro lado, na "actuação eficiente das forças de segurança", que montaram um dispositivo de segurança em torno do Santuário. Escusando-se a comentar a probabilidade de um atentado em Fátima, D. Tomaz Nunes, bispo auxiliar de Lisboa, considera que "qualquer acto terrorista é injustificável, independentemente de ser em Fátima ou na ponte sobre o Tejo". Link para a notícia.
