Segundo a última edição do Notícias de Fátima (n.º 350, 21.Maio.2004, p. 5), durante o mandato anterior, a Junta de Freguesia de Fátima pagou despesas particulares do respectivo tesoureiro – a revisão e o seguro de uma viatura propriedade deste –, assim como despesas do movimento pro município de Fátima. A ser verdade, é bom que não tarde o devido apuramento de responsabilidades – a todos os níveis – dos autores e dos beneficiários das manigâncias.
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Primeira ideia: lá vai o chico esperto apanhar por conta do peixe graúdo.
Cuidado: o homem é inocente até se provar o contrário.
Solução: Auditar, auditar, auditar sistematicamente e por entidade independente tem de ser a palavra de ordem para todas as autarquias.
Só isso dará tranquilidade ao munícipe e garantirá ao autarca que os seus actos não estão eternamente feridos de suspeita.
Há várias questões que se nos colocam.
1ª - até que ponto o poder autárquico continua vulnerável a este tipo de ocorrências;
2ª - até que ponto sabemos como é que estas facturas chegam à mão dos jornalistas, sendo a actual gestão da Freguesia de Fátima, do mesmo partido (PSD), que as anteriores sob as quais se levantam dúvidas;
3ª - até que ponto, e sendo verdade esta suspeita, passarão impunes os autores, ou não prova da sua inocência, serão punidos aqueles que lançaram a suspeita e que assim passam a ser caluniosos...
Muitas outras questões se nos levantam. Mas há a sensação generalizada, de que alguns protagonistas da política e do associativismo são alvos fáceis da opinião pública. Existirão razões plausíveis para algumas situações. Outras, talvez não. Neste episódio ficaremos atentos ao seu final. Com provas de inocência, ou acusações. Mas quem fará justiça?
Matem o sigilo bancário já. Tem de ser. Vai ter de ser. Escusávamos de demorar tanto tempo até chegar lá.
Estou de acordo, e não só.
Abaixo o segredo bancário!
Abaixo o segredo de justiça!
Abaixo o segredo estatístico!
Viva a transparência!!!
Mas cuidado com a bisbilhotice.