O Luís deparou-se com um conjunto de árvores marcadas com uma cruz branca, marcadas para abate, marcadas para morrer. Também já reparei. E também andei a indagar. A informação que me deram é que a marcação de tais árvores foi feita - em diversas zonas do Médio Tejo, não apenas em Ourém - por serviços do Instituto de Estradas de Portugal e visa garantir receitas para o referido Instituto, por via da venda da madeira. As razões não seriam tanto a segurança rodoviária ou de ordem fito-sanitária, pois, nos troços de estrada onde foram feitas as marcações, existem árvores que, por esses motivos, era justificado terem sido marcadas, mas não o foram. O Luís parece ter razão, o mundo anda a andar ao contrário. A farsa acontece antes da tragédia. O que faz com que, por assim ser, a comédia doa.
A cruz que lhes faz o destino
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Será que entendi bem? O Instituto das Estradas de Portugal? (aka ex-JAE, aquele que cuida tão bem das pontes em Portugal), um organismo público, tem que abater árvores para arranjar dinheiro com a venda da madeira? Se não soubessemos já que o Estado estava falido até podia ser uma piada com graça. Mas não é. Sobretudo quando se vê prioridades em gastos, como estádios para um campeonato europeu da bola.