Feira do Livro

Fred, e então a Marina, a Pipocas, o Saber Antigo, etc., são lá referidas? Não vendem e promovem livros, também? (melhor ou pior) Ou será que estranho é o seu aparte? Eu sei que fica melhor na fotografia falar da Livraria Som da Tinta. Dá um ar de mais cultura.

Fernando, mea culpa por não me ter lembrado do resto. Mereciam todos ser referidos.

Fernando,

A Marina; Pipocas e a Saber Antigo não editam livros nem promovem debates e encontros sobre os ditos livros e/ou outras questões; com os autores e artistas vários. Julgo que neste contexto é impossível dizer que são todas iguais, porque não são.

E sim, acho estranho que o mais importanto projecto cultural oureense de há uns anos a esta parte não tenha um lugar destacado numa Feira do Livro de Ourém, facto que só consigo justificar pela mesquinhice e tacanhez costumeiras na Câmara Municipal de Ourém. O Fernando acha normal?

Para o pessoal que está fora. Os "stands" para a feira do livro já estão montados na Praça Agostinho Albano de Almeida. Quem vem comprar um livro?

Aproveitei o passeio de Domingo e fui à Feira do Livro. Eram cerca de 18h00, vários stands, pouca gente, uma tarde calorenta, lá do cimo do 1º andar do edifício da biblioteca, ouvia-se Jorge Palma. Alguns stands pareciam estar fechados, outros não. A variedade de obras, pareceu-me fraca. Uns apostavam em livros infantis, outros em publicações próprias, caso do Som da Tinta (que vi pouca oferta) e Verourém. Seria da hora? Gostei da idéia de um stand para animação e actividades com crianças. Gostava que aquilo tivesse mais pessoas. No entanto, não se pode concorrer com o clima, há quem prefira aproveitar o descanso para ir dar um passeio à praia ou outro lado. Pode ser que melhore durante a semana. De resto, nada de novo. Ourém e aquela zona em especial parecia um deserto.

A Feira do Livro é o espelho da governação da nossa câmara: sem alma. Parece que quem a planeou e organizou estava a fazer um frete. Onde já se viu uma feira do livro, um evento anual a encerrar às 19 horas?! Será que às 22 horas não seria melhor? Não ficava melhor umas guitarradas como som ambiente? Uma ou mais tasquinhas onde poderiamos comer uma canja, uma sopa da pedra, beber um líquido qualquer enquanto ouviamos alguém a declamar poesia com a receita dessas tasquinhas a reverter para uma qualquer instituição? Já agora há alguém que me possa explicar porque raio está lá um palco?

O palco deve servir para alguma actuação, estilo Ágata.

Já agora, gostei do pormenor pitoresco, nos livros editados pela Verourém sobre a história de Ourém, estar escarrapachado na primeira página a fotografia do Presidente da Câmara. Por mais que se goste de história e de Ourém, comprar livros que mais parecem campanha eleitoral, é um pouco de mau gosto.

Reparem na arquitectura daquele palco. Rivaliza com qualquer obra de Souto Moura.