Atletas de Ourém e a sua internacionalização

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A propósito da notícia da participação do Hoquista da JO, João Silva no Europeu e depois de ter perguntado se algum leitor teria mais alguma informação, Sérgio Ribeiro fez-nos chegar um texto sobre a participação de atletas de Ourém no desporto internacional, porque O Castelo também é feito pelos seus leitores.

Nota: Quero esclarecer que aqui publicamos este ou outros textos de Sérgio Ribeiro como de qualquer outra pessoa que tenha algo a dizer sobre assuntos relativos a Ourém. A participação neste blog é aberta, tal como é livre a discussão de idéias. Aproveito para anunciar mais dois colaboradores, o João Carlos Pereira (JCP) e Nuno Batista (nmbatista). O nosso e-mail de contacto está, como sempre, disponível.

A propósito da internacionalização do João Filipe Silva

(De um artigo publicado no Notícias de Ourém, em Novembro de 1999, na série No cinquentenário do Atlético, inserto no livro Pelos jornais de Ourém e arredores, edição Som da Tinta, 2002)

(...) quando o Quim Pereira era miúdo ninguém diria que viria a ser o desportista que foi – e é! - pois não mostrava grande apetência para os exercícios físicos e o seu desembaraço não estava entre o dos mais aptos... Merecia a alcunha – vejam lá – do “lontra”.
Andou por Direito mas o seu futuro não era, claramente, a advocacia ou a magistratura. Como tinha “cabedal”, alguém o terá levado, em Coimbra, a uns treinos de raguebi. Daí a tornar-se um grande jogador, um atleta, um licenciado pelo Instituto Nacional de Educação Física (INEF) foi o percurso natural do cumprimento duma vocação.
Não esquecerei a sua primeira internacionalização. Era eu, ao tempo, empregado de Oliveira & Pereira, Lda, exportadora da Madeca, e estava há uns dias a trabalhar em Caxarias para acertar umas coisas na fábrica, quando li, num jornal desportivo, que Portugal ia jogar contra não sei que país e que o Quim fora seleccionado.
(...)
Então, ir de Caxarias a Ourém não era só chegar à auto-estrada e depois rolar. Todo o caminho até Lisboa era como é hoje o de Caxarias à auto-estrada. Demorava, no mínimo, duas horas e meia. Talvez, nesse final de dia de trabalho, tenha conseguido demorar menos. O que consegui – e do que me não esqueço – foi ter, depois de atravessar Lisboa até ao Estádio do Restelo, assistido a um desafio internacional de raguebi com o meu amigo e nosso conterrâneo vestindo a camisola das quinas. Acabado o jogo, voltei para o Zambujal onde cheguei bem dentro da madrugada e, no dia seguinte, lá estava a trabalhar em Caxarias.
Nem sei se o Quim soube disto. Se o soube, tê-lo-á esquecido. Já lá vão cerca de quarenta anos. Mas eu lembro-o como um episódio ligado ao desporto oureense, senão do desporto em Ourém de um desportista de Ourém. Porque, depois dessa internacionalização, muitas e muitas se seguiram e pode afirmar-se que, na educação física em geral e no raguebi em particular, Ourém tem um nome grande.
Já colocado o ponto final, lembrei-me de um outro oureense – e amigo! – que foi atleta olímpico, em esgrima. O José Alberto Manso Pinheiro. Qualidade de olímpico que, se me não engano, também a terá tido o Rafael Marques, bem mais recentemente, no atletismo. Ficam as lembranças. Para a história por escrever.

Sérgio Ribeiro

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