abril 2004 Archives

Segundo notícia do Público, edição de 30 de Abril de 2004:

A distribuição, por vários locais, dos milhares de toneladas de terra resultantes das escavações no espaço do Santuário de Fátima, onde começaram já as obras para a construção da futura igreja da Santíssima Trindade, está a criar grande polémica na cidade e entre os ambientalistas da região.

Uns, como Joaquim Clemente, empresário e dinamizador do projecto do aeródromo, alegam que as terras deveriam ser destinadas para as proximidades da pista de apoio à protecção civil da Giesteira, a curta distância da cidade-santuário, permitindo o seu alargamento e utilização por aviões de maior envergadura.

Outros criticam o facto das terras estarem a ser despejadas em vários locais dispersos da freguesia do concelho de Ourém, criando um impacto visual muito negativo numa zona que aposta sobretudo no turismo religioso.

Segundo notícia do Região de Leiria, 30 Abril de 2004:

Todo o espólio da biblioteca pública de Ourém, que pertencia à Fundação Calouste Gulbenkian, já está na posse da Câmara Municipal.A informação foi transmitida na passada sexta-feira aos deputados municipais por David Catarino, presidente da autarquia.

O responsável explicou que a edilidade está agora a planear a ampliação do espaço para mediateca, de forma a incluir o espaço internet, a videoteca e a ludoteca, uma situação que obrigará à ocupação do piso inferior onde está sediada a biblioteca.

Nesse sentido prevê-se que, brevemente, o espaço internet - que está a funcionar próximo dos Paços do Concelho - possa ser transferido para o edifício da biblioteca. Mas este, ressalva David Catarino, não será a última localização do espaço internet e de toda a biblioteca. “O objectivo final é que, assim que estiverem construídos os novos Paços do Concelho, a biblioteca possa ser transferida para o edifício onde actualmente funciona a autarquia”, afirma o responsável.

Segundo notícia do Região de Leiria, 30 abril de 2004:

A presidente da Assembleia Municipal de Ourém, Deolinda Simões, terá intercedido junto de dois fiscais da autarquia no sentido de desbloquear um processo relacionado com uma construção ilegal na freguesia de Seiça.

Ao REGIÃO DE LERIA a responsável daquele órgão confirma ter estabelecido esse contacto com os funcionários - entretando sob a alçada de um processo disciplinar relacionado com a mesma obra - mas assegura que tudo foi feito dentro da legalidade, rejeitando ter interferido em questões do foro exclusivo do executivo camarário. “O que eu fiz foi tentar descobrir, dentro da lei, se havia algum mecanismo que permitisse a legalização da situação, que é uma pequena obra”, afirma a responsável.

A obra em causa situa-se na localidade de Pêras Ruivas, freguesia de Seiça, precisamente onde mora Deolinda Simões. Diz respeito à ampliação de habitação, propriedade de um casal ex-emigrante em França. “Dirigi-me à Câmara para ver o que se passava e para que, dentro da legalidade, se evitasse a demolição”, diz a responsável que sublinha: “dentro da lei não é interferir”.

Segundo notícia do Jornal de Leiria, 29 Abril de 2004:

As praças da República, Mouzinho de Albuquerque e Agostinho Albano de Almeida, em Ourém, recém-remodeladas, vão nos próximos anos, ser novamente esburacadas para reparar a rede de esgotos. Segundo um relatório interno da autarquia, citado sexta-feira passada na Assembleia Municipal pelo deputado do PS José Alho, a rede precisa de uma intervenção a curto prazo.
O presidente da Câmara, David Catarino, reconhece que a necessidade de reparar os esgotos foi verificada “tardiamente”. “A inspecção feita através de sistema de vídeo concluiu que há situações a corrigir”, admite o autarca, assegurando, no entanto, que essas obras “não serão feitas nos próximos dez anos”. Uma garantia que não convence José Alho. “O presidente nunca iria admitir que daqui a três ou quatro anos será necessário mexer novamente nas praças”, afirma o deputado socialista, classificando a situação como “mais um exemplo da falta de cultura de planeamento da Câmara”. Na sua opinião, seria preferível adiar um pouco as obras do que voltar a esburacar a zona, “estragando o que foi feito”.

Deixo aqui o link de um post que coloquei no meu blog. Acho que tem que ver também com coisas de que aqui, por Ourém, se fala... ou deveria falar.

Um eléctrico chamado...carreira nº22,25

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Concelho de Ourém, aldeia da Amoreira, Rua do Rossio.
Quem passa na Amoreira não fica indiferente a este quadro pitoresco.


Abril em Ourém III

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Aqui fica a terceira e última fotografia do dia 1 de Maio de 1974, quando Ourém acertou o passo com o 25 de Abril. Como sempre, clique na imagem para ver uma versão maior.

Muito obrigado a quem nos enviou as fotos e ao Rui Melo, que as tirou.

25 de Abril!

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Já estamos a comemorar o 25 de Abril. O povo não o vai esquecer, apesar de todas as adversidades do momento. Lembro aos mais novos que antes da revolução quase todas as nossas aldeias, no concelho, tinham água de chafúrdio. O alcatrão era escasso. Vida associativa quase não existia: tinha sido silenciada pela ditadura. As conversas, à volta de uma vida melhor, da liberdade, do devolver o poder ao povo, ou do fim da guerra colonial, eram travadas a medo, não estivesse algum pide ou informador à escuta.
Não quero ser cansativo nem fazer um rol de lamúrias. Certo é que trinta anos de Abril modificaram o nosso concelho e Portugal! Muito há para fazer e os mais novos já estão nesse caminho, não obstante algumas mentalidades persistirem no "teatro" político, pensando que a renovação só se faz com eles. Sabemos que não é assim e a nossa democracia precisa de sangue novo. Não precisa de "evolução", mas de uma revolução que tem de ser permanente, rumo ao futuro, numa perspectiva de melhores oportunidades para todos.
Deixem-me só citar um dos poetas, que muitas vezes, na "Voz da Liberdade", no seu exílio em Argel, eu ouvi: Manuel Alegre. Diz hoje no "Expresso": "a imagem do 25 de Abril como «evolução» traz consigo a ideia de apagar as lutas e conquistas sem as quais não haveria sequer democracia em Portugal". E, citando Mário Soares, escreve: "a liberdade é em si mesma um valor revolucionário".
Vamos, assim, fazendo a nossa revolução democrática. Viva o 25 de Abril!

Segundo notícia do Região de Leiria, nº 3501 de 23/4/2004:

O Tribunal de Ourém considerou culpadas duas mulheres residentes em Fátima acusadas pelo Ministério Público de 15 crimes de maus-tratos a menores. Mas as arguidas, Maria de Oliveira e Julieta Rodrigues, respectivamente directora e cozinheira da Casa do Coração de Maria - Obra das Gaiatas, não foram condenadas por estes 15 crimes nem por mais três crimes de maus-tratos que o tribunal lhes imputou. “Porque o procedimento criminal extinguiu-se em Agosto de 2002”, lamentou Fernanda Ventura, a juíza que presidiu ao tribunal colectivo que julgou, durante cinco meses, aquelas duas mulheres.

“Para a consciência não há absolvição”, foram as últimas palavras da juíza no final da leitura do acórdão que decorreu na tarde da passada quarta-feira.

Abril em Ourém II

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Aqui fica mais uma foto do 1 de Maio de 1974 em Ourém. Caras conhecidas e, ao fundo, um cartaz que queria “Fátima a concelho”. Já no dia 1º de Maio de 1974! Clique na imagem para ver uma versão ampliada.

As contas

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Segundo notícia no Região de Leiria, Edição nº3500 de 16/04/2004:

Os vereadores do Partido Socialista (PS) na Câmara Municipal de Ourém não aprovaram os documentos de Prestação de Contas do Exercício de 2003 na reunião do executivo da passada semana.

O PS começa por contestar a entrega dos documentos, apenas três dias antes da reunião do executivo. Além disso, os vereadores dizem estar perante “algumas dúvidas”. “Com efeito, mais de cinco milhões de euros de lucro para um total de proveitos inferior a 21 milhões de euros seria excelente se estivéssemos perante as contas de uma empresa”, lê-se na declaração de voto que acrescenta: “os fins de uma Câmara Municipal não são o lucro mas sim a satisfação das necessidades dos munícipes”.

As dúvidas aumentam quando o PS associa aqueles números “a uma execução orçamental da despesa de 68,6 por cento e a um nível de execução anual do Plano Plurianual de Investimentos de 56,5 por cento”. Link. Apresentação de contas em formato pdf.

Abril n'O Castelo

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É pouco, mas para começar as cores do nosso cabeçalho e de outras partes d'O Castelo passam a ser a côr dos cravos de Abril, até dia 25. Porque a Revolução não pode ser esquecida.

Abril em Ourém I

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Porque Abril também passou por Ourém (se bem que com 5 dias de atraso), iniciamos hoje a publicação de algumas fotos tiradas no dia 1 de Maio de 1974, enviadas por um nosso conterrâneo. O título da primeira dessas fotos é precisamente Em Ourém, o 25 de Abril chegou a 1 de Maio de 1974 (clique na foto para ver uma versão ampliada).

A memória como horizonte

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Há já algum tempo que a Câmara Municipal anunciou a intenção de fazer desaparecer o edifício do antigo mercado de Ourém, onde actualmente está instalada a estação rodoviária. Naquele espaço pretende erigir um edifício multiusos onde, agora, propôs que fosse também instalada a esquadra da PSP local (vide Jornal de Leiria, n.º 1031, 15.Abril.2004, p. 7). Há aqui um problema de princípio. O referido edifício, com traça típica de uma época, tem, hoje, valor arquitectónico, constituindo-se, por isso, como um património a preservar - suspeito que, pelo que já aqui escreveu uma e outra vez, o João saiba mais, muito mais sobre isto. Daí que preferível e mais adequada seja a requalificação do edifício, por forma a dar-lhe uma outra funcionalidade, talvez relacionada com actividades culturais - designadamente por via da instalação aí de um «centro cultural» (biblioteca, galeria, pequeno auditório, espaço de ensaios, espaço de animação cultural e de ocupação de tempos livres, etc.). Há-de parecer, no entanto, ideia tonta, esta. Por ser sabido que, por cá, impera a filosofia segundo a qual o futuro implica apagar (e destruir os sinais d)o passado, segundo a qual a construção do futuro se faz necessariamente sobre um ground zero, criado pelo efeito demolidor e arrasador do bulldozer.

A propósito da notícia da participação do Hoquista da JO, João Silva no Europeu e depois de ter perguntado se algum leitor teria mais alguma informação, Sérgio Ribeiro fez-nos chegar um texto sobre a participação de atletas de Ourém no desporto internacional, porque O Castelo também é feito pelos seus leitores.

Nota: Quero esclarecer que aqui publicamos este ou outros textos de Sérgio Ribeiro como de qualquer outra pessoa que tenha algo a dizer sobre assuntos relativos a Ourém. A participação neste blog é aberta, tal como é livre a discussão de idéias. Aproveito para anunciar mais dois colaboradores, o João Carlos Pereira (JCP) e Nuno Batista (nmbatista). O nosso e-mail de contacto está, como sempre, disponível.

A propósito da internacionalização do João Filipe Silva

Uma estação longe demais

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Arménio Matias, presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário, foi entrevistado pelo Jornal de Leiria. Para reflexão, fica aqui parte de uma resposta: "Há duas centralidades no distrito [de Leiria], que deviam ser servidas pelo eixo de alta velocidade Lisboa-Porto e essa devia ser a grande causa de toda a região. E há um equívoco quanto ao serviço à região de Fátima, porque a procura do Santuário é de características marcadamente sazonais e uma coisa é assegurar-se uma boa articulação da estação de alta velocidade com o Santuário e outra é fazer inserir uma estação numa zona demográfica que tem uma procura permanente ao longo de todo o ano. Essa é que é a função principal da nova rede e das suas estações. Aquilo que deve determinar a localização da estação é muito mais o serviço à cidade de Leiria e à sua região económica do que ao Santuário. Porque é aí que vai estar a procura diária de transporte. Pode chamar-se – por razões políticas, religiosas, regionais – Leiria-Fátima à estação, mas ela tem que servir sobretudo Leiria".

Chegou-nos um pedido de esclarecimento sobre a Som da Tinta e a sua participação na Feira do Livro pela parte de Sérgio Ribeiro. Reproduzimos o seu conteúdo na íntegra:

Cães danados

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Segundo o Região de Leiria (n.º 3500, 16.Abril.2004, p. 19), o Santuário de Fátima é recorrentemente assolado por cães vadios, problema que, por se arrastar há bastante tempo, incomoda o respectivo reitor. Em razão do infrutífero calvário que tem sido o processo de sensibilização das instâncias responsáveis para o referido problema, Luciano Guerra, desabafou, ironicamente, "quem ri de nós são os cães vadios, e alguns maldizentes que nunca acreditaram na Europa a uma só velocidade".

Ourém visto de fora

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Como é que as pessoas que não são de Ourém vêm a cidade? Querem saber? Perguntem-lhes.


... lol. Agora a sério; Ourém tem o castelo, verde a perder de vista e.... e... todos se queixam dos semáforos quando têm de passar por lá! Mais alguns e poderia ser uma óptima forma de fixar a população. Lol. Mas também há o palhete (vinho) e os móveis, no Vilar. Os mais velhos, de outras paragens, ainda se lembram de uma discoteca engraçada que se chamava 21 ou 33 (ainda hoje aposto no 22 no totoloto em memória das minhas memórias). Para mim, Ourém é mais que a minha casa, é o meu lar. Por isso, e porque mais não fosse, porque é a minha terra, tenho de dizer coisas boas: Viva Ourém, viva os petiscos à tarde no Buraca, viva o “planalto”, viva os bons amigos de Ourém, viva o Atlético e o Juventude, viva a ABC Rádio, viva a água e o bom forte vinho de Ourém, viva o castelo à tarde e à noite, viva a Marina, a Pipocas e também o Som da Tinta, viva o Central, o Belle Époque, o Jogral e todos os lugares onde possa encontrar amigos de Ourém, viva para todos aqueles que acreditam, trabalham e se preocupam com Ourém.

O nome e a coisa

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Segundo a última edição d’O Ribatejo (n.º 963, 15.Abril.2004, p. 15), o Registo Nacional de Pessoas Colectivas recusou a denominação «Fátima Golf Club» proposta pelo município para o green de 18 buracos - e respectivas instalações - a construir em Caxarias. Ainda assim, de acordo com o referido semanário, David Catarino “insiste que o nome da empresa tenha mais a ver com o santuário [de Fátima] do que com a localidade onde irá ficar instalado o campo de golfe”. Compreende-se que exista a pretensão de explorar a «marca» Fátima. Pois é uma «etiqueta» facilmente reconhecida pela generalidade das pessoas e, portanto, um elemento que permite dar visibilidade à «coisa». Em todo o caso, esse facto não deve iludir um outro. A atribuição do «rótulo» Fátima a um empreendimento localizado em Caxarias induz em erro, engana. Aliás, isso já acontece com a estação (ferroviária) de Fátima. Para além disso, convém ter presente que não é vital, ou sequer necessária, a associação do «nome» Fátima ao campo de golfe de Caxarias. Existem campos de golfe noutras localidades – Belas ou Aroeira, por exemplo - cuja firma não explora qualquer associação a localidades próximas e mais reconhecidas. Fundamental é que o projecto seja de qualidade. Se o for, ele será reconhecido. Qualquer que seja a denominação.

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Karl Marx, na figura do Luís (Ourém Blog), andou em peregrinação por Ourém e recordou velhos tempos. Sempre crítico e nostálgico fica aqui um pequeno excerpto:

Se todos juntarmos o que sentimos que nos falta de um passado ainda bem próximo e o que receamos que no futuro nos seja tirado, compreenderemos a mágoa dos que dizem que Ourém tem sido gerida por pessoas que não têm amor à terra.
Pela parte que me toca, recordo o belo jardim que existia em frente à Câmara Municipal substituído por uma minúscula caricatura que termina em sanitários mal cheirosos. Recordo a destruição do velho edifício onde se exibiu cinema durante muitos anos ali bem nas traseiras do hospital.

Vejo-o como mais um testemunho de como seria a antiga Vila Nova de Ourém, onde eu nem sequer tinha nascido. No entanto, e se reparamos, Karl Marx, fica ali bem, na figura do Marxismo, como algo remoto e histórico mas que tem pouco a ver com o futuro. Irá sempre ser um desafio, saber crescer e conjugar o progresso com o respeito pelo passado. Link.

AF, por acaso não estou assim tão pessimista. Relembrando o que o André Machado disse em tempos (O que de bom se faz por cá!), deparei-me com esta notícia curta do Região de Leiria de 7 de Abril:

Hoquista João Silva no Europeu de juvenis
O atleta da Juventude Ouriense foi seleccionado para representar Portugal.

João Silva joga neste fim-de-semana com Portugal o Torneio Internacional de Sesimbra de iniciados, estando também seleccionado para o disputar o Campeonato Europeu.

Parabéns à Juventude Oureense, parabéns aos seus atletas pela sua prestação e resultados no Hóquei em Patins e parabéns João Silva, que não conheço. Alguem sabe de mais informação?

Feira do Livro

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Só para informar da realização da Feira do Livro em Ourém, de 24 de Abril a 2 de Maio, na Praça Dr. Agostinho Albano de Almeida. Segundo informações no site da Câmara Municipal de Ourém, vão juntar também as comemorações do 30º Aniversário do 25 de Abril com colóquios na biblioteca municipal. O programa da Feira do Livro encontra-se disponível em formato pdf aqui. No entanto, converti o pdf para aqui incluir essa informação. Estranho é numa Feira do Livro em Ourém não ser referido a participação da Livraria Som da Tinta. Pelo menos não consta deste documento:

O (des)gosto

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As festas do município de Constância encerraram, ontem, com um concerto de Sérgio Godinho, seguido de fogo de artifício. Nas festas do município de Ourém o nome mais sonante do cartaz é o de Ágata. Para uns a diferença reside no gosto. Para outros reside no desgosto.

Acontece!

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Quando se passa à noite pela nossa cidade verifica-se que os despejos liquídos da limpeza das lojas são vazados nas ruas. Com um bocado de azar até se pode estar sujeito a levar com um balde em cima, como há tempos me ia acontecendo. Sei que os comerciantes não têm a culpa, pois a essas horas não estão nos seus estabelecimentos e pagam para essa limpeza.
Alguém tem que pôr mão nisto. Os sinais dos detergentes e lixívias usadas são visíveis por algum tempo. Afinal não queremos uma cidade moderna e limpa? Isto tem que deixar de acontecer...

Cultura, SdT

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No próximo sábado, dia 17, pelas 17.00, no espaço da livraria-editora Som da Tinta estará José Nunes Carreira, para falar sobre a sua obra. José Nunes Carreira, natural de Alburitel, é professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, historiador e especialista em estudos bíblicos e orientais. Uma vez mais, a entidade promotora da iniciativa lança o desafio. Os interessados – e os outros – que correspondam.

E se...

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A última edição do Notícias de Fátima (n.º 347, 8.Abril.2004, pp. 12-13) inclui um dossier sobre as condições em que é feito o transporte de crianças para os infantários e para as escolas no município de Ourém, tecendo algumas observações em relação à segurança em que é feito o referido transporte. Como surge (ou devia surgir) óbvio, é inaceitável que, sob qualquer pretexto – o da viabilidade ou outro –, as instituições directa ou indirectamente implicadas e os seus responsáveis descurem os mais elementares princípios de segurança a verificar nos transporte das crianças. E que os próprios pais das crianças transijam ou consintam. Por isso, se não forem escrupulosamente respeitados os preceitos nesta matéria, caso aconteça algum acidente – facto que ninguém deseja –, que não se culpe, depois, o azar. É que a responsabilidade consubstancia-se em precauções. Não em facilidades. Não em ligeirezas. Não no destino. Ou no seja o que a divina vontade quiser.

Chamem a polícia

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Segundo a última edição do Jornal de Leiria (n.º 1030, 8.Abril.2004, p. 7), a Câmara Municipal e a ACISO estão a estudar a hipótese de criar um corpo de vigilantes nocturnos. As áreas a patrulhar serão as zonas comerciais de Fátima e Ourém. Contra o vandalismo e o clima de insegurança que aí se vive, diz o presidente da ACISO. Para criar um bom ambiente nocturno, diz o presidente da Câmara Municipal.

O preço do lixo

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É recomendável a leitura da entrevista de Cláudio Jesus, administrador-delegado da Valorlis, ao Jornal de Leiria (n.º 1030, 8.Abril.2004, p. 10), para quem “é altura de os municípios olharem um pouco para o seu balanço económico-financeiro e começarem gradualmente a fazer reflectir sobre o cidadão o custo real do serviço que lhe é prestado”. E a razão para assim ser, segundo a sua equivocada filosofia, reside no seguinte facto: “o cidadão tem que perceber que é o produtor dos resíduos e a lei é muito clara: o produtor é o responsável pelo seu destino final adequado”.

Post-scriptum. Para desmontar criticamente alguns dos (pres)suspostos em que assenta a posição do administrador-delegado da Valorlis, recomenda-se a leitura da entrevista de Margarida Silva, bióloga, segundo a qual nos estamos progressivamente a transformar em «teres humanos», quando era suposto que fossemos seres humanos (vide Jornal de Leiria (n.º 1030, 8.Abril.2004, pp. 14-15).

O problema Ourém

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Há uma questão que me assalta, de tempos a tempos. Porque é que cidades como Torres Novas, Tomar ou Pombal cresceram mais do que Ourém nestes últimos anos? Lembro-me de Tomar ou Torres Novas estarem num patamar de crescimento semelhante ao de Ourém, mas hoje a coisa já não é bem assim. Há, pelo menos, 3 questões a analisar: o hospital, o ensino superior e as vias rodoviárias e ferroviárias.

O hospital

Todos se lembram de Ourém ter um hospital. Nem todas as aldeias podem ter um, mas na altura da decisão alguma coisa correu mal para a minha cidade. Tomar e Torres Novas têm novos e grandes hospitais e Ourém ficou sem o que tinha. Será que na altura da decisão alguma coisa falhou. E se falhou, o que foi?
Um hospital é uma referência na análise da qualidade de vida de uma população, para além de criar inúmeros postos de trabalho directos e indirectos.
Hoje já não há nada a fazer. Temos hospitais que cheguem. Mas na altura da decisão porque é que Ourém ficou para trás?

O ensino superior

Tomar tem, Torres Novas tem, mas Ourém não tem. Porquê? Mais uma vez já não há nada a fazer. Presentemente, a região oferece variedade e qualidade, já não se justificando o aparecimento de novos estabelecimentos de ensino. Mas... na altura da decisão, o que falhou?
Ao que julgo saber, nas Caldas da Rainha, a autarquia tem feito um enorme esforço financeiro para criar e manter estabelecimentos de ensino superior naquela cidade e, confesso, não aprecio nada a forma de actuar do presidente da edilidade, mas a brasa tem estado sempre bem perto da sardinha dele.

As vias rodoviárias e ferroviárias

A A1 é a grande vitória dos oureenses, nestes últimos anos. É claro que se não fosse a importância do fenómeno de Fátima a coisa teria sido diferente, mas a auto-estrada está lá, atravessa o concelho, e dificilmente se vai embora. A coisa está mal quando ainda continuamos muitos à espera da IP ou IC ou lá o que é, que ligue Leiria a Tomar, passando por Ourém. Leiria é, neste momento, o maior pólo de desenvolvimento da região. Não seria importante que Ourém tivesse boas redes de comunicação com o maior pólo de desenvolvimento da região?
Quanto às ferrovias, presenciamos a estação de Fátima no concelho de Tomar. Nem discuto o ridículo da situação. Mas aqui ainda há solução. Caxarias pode e deve ser uma aposta da autarquia oureense. Seja de que forma for, penso que não se pode perder mais esta oportunidade. O que fazer? Simples. A IP ou IC que dizem ir fazer entre Leiria e Tomar deve passar pelo norte do concelho com uma boa ligação à sede. Deve-se fomentar a indústria e serviços em Caxarias e promover uma política de habitação de qualidade naquela sede de freguesia, e, já agora, renomeie-se as estações; Fátima é Vale dos Ovos e Caxarias passaria a ser Caxarias/Fátima. O objectivo é cativar população e criar infra-estruturas que justifiquem uma forte aposta da CP na estação de Caxarias/Fátima. Difícil? Sim. Impossível? Não.

Imagem do Dia

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O castelo visto de uma perspectiva pouco comum.

Imagem do Dia

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Postal de Vila Nova de Ourém, Egreja Matriz, fotografada algures no princípio do séc. XX. Imagem enviada por Sérgio Ribeiro:

O postal não tem data. No verso diz-se que é da “União Postal Universal” e “edição da casa commercial Justino H. d’Oliveira”, tendo sido “made in France”. Tem, no canto superior direito, “Logar para Sello” e linhas para “CORRESPONDENCIA” e “ENDEREÇO”. Deve ser dos anos 20/30, mas referências cronológicas podem ser o conjunto de edifícios chamado “comboio” à direita da igreja que foi deitado abaixo creio que nos anos 40, a barbearia que deu lugar à Pensão Santos de que bem me lembro e a ourivesaria no canto direito que foi substituída pela Loja do Povo, de Joaquim Pereira, e depois Herdeiros. Só coisas cheias de memórias e para pesquisar?

Clique na Imagem para ver uma versão ampliada (121k).

Parabéns!

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Nossa Senhora das Misericórdias levou a efeito mais este ano a celebração da Semana Santa. A carolice das suas gentes ultrapassou o âmbito local e quer a imprensa escrita, quer os audovisuais têm feito eco deste acontecimento, há mais de uma semana relatando entrevistas dos "actores", sobretudo do Cristo. A eles se fica a dever para além da nossa tradição religiosa, a divulgação dos nossos "castelos" o que quer dizer da nossa terra. Parabéns! Todos, ficamos orgulhosos quando vimos nos "media" a divulgação de Ourém e muito mais quando a notícia é positiva.
Isto é um sinal do querer das nossas gentes. Podia ser muito melhor se fossem aproveitados todos os recursos.! Há cerca de 2 meses passei pela vila de Óbidos e já os painéis publicitários anunciavam a Semana Santa, dentro da vila e na estrada. Ora bem, parece que é um exemplo a seguir para o próximo ano. Não sei se a responsabilidade é da Câmara se do Turismo. Certo é que tem a ver com aquilo que de bom se cá faz.Fica o reparo.

A Chave dos Castelos...

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Quem é que me sabe dizer algo mais sobre "isto"? Alguém sabe a história desta peculiar estrutura? Terá servido para rituais iniciáticos? Teria uma função prática? É apenas uma curiosa estrutura arquitectónica sem função aparente?
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À memória colectiva

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Uma muito boa ideia, a do Luís.

Não bater mais no ceguinho!

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De árvores estamos conversados. O P.C.,como já referi, aqui há cerca de dois meses, para o bem ou para o mal vai ficar na história por ter tido a coragem de mexer no mobiliário urbano do "centro histórico". Quem disse "centro histórico"?
Agora, estou preocupado com a reativação do comércio, para que os seus agentes não saiam mais prejudicados. Será que vai surgir uma feira de Antiguidades reactivada de forma a encher a praça Dr.Agostinho Albano de Almeida, uma vez por mês?
Que iniciativas culturais vão surgir após a inauguração da "Casa da Música" (antiga casa dos Magistrados)?
Penso que todo o espaço restaurado tem pano para mangas. Os Oureenses sempre foram imaginativos. Porém o apoio é necessário. Urge que o mesmo não lhe seja sonegado.
Tempo, já se perdeu bastante e o Natal foi doloroso. Venham daí iniciativas para o Verão. Sejamos positivos!

Livros

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Sábado, dia 10, pelas 17.00 horas, no espaço da livraria-editora Som da Tinta, serão apresentados os livros de Teresa Perdigão, Máscaras de Portugal, Tesouros do Artesanato Português I (Madeiras, Fibras Vegetais e Materiais Afins), Tesouros do Artesanato Português II (Têxteis) e, ainda, Tesouros do Artesanato Português III (Olaria e Cerâmica). A sessão inclui a realização de um workshop, o qual será animado por Nadine Guéniou. Que os interessados compareçam, este é o convite e o desafio da Som da Tinta.

Uma folha de liberdade

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Chegou-me hoje a última edição do Ourém e seu Concelho (n.º 769, 31.Março.2004), que muitos conhecem como o jornal do Melo. Numa pequena nota na primeira página, no canto inferior esquerdo – o lugar onde quinzenalmente é experimentado um exercício de afiada ironia, muitas vezes conseguida através de um jogo inteligente de implícitos que a maior parte das pessoas reconhece sem dificuldade –, é feita uma chamada de atenção para o fenómeno dos blogs em Ourém. Que, dizendo pouco, diz muito. O Ourém e seu Concelho é um projecto editorial sui generis. Alimenta-se sobretudo da opinião dos seus colaboradores – uns mais regulares e frequentes, outros mais irregulares e intermintentes; uns mais virados para ali, outros mais virados para acolá – e é essa abertura ao pluralismo de tendêndias e estilos uma das suas mais importantes características. Entre nós, os daqui, o Ourém e seu Concelho é o jornal da diferença, o lugar da diferença livre, no qual diversas vozes encontram cobertura e abrigo, primeiro, e difusão alargada, depois. Devido à liberdade em que assenta e que transmite, o Ourém e seu Concelho é, por cá, o jornal que mais incomoda os acomodados, que mais inquieta os quietos, que mais perturba quem não quer ser perturbado. É por isso que, para mim, o Ourém e seu Concelho não é um pasquim ou sequer um “pasquim”, um pasquim entre aspas. É um jornal. Ou melhor, um dos nossos jornais.

A obra

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Já que estamos numa onda de obras, não dá para arranjar uns tostões e alguns homens e calcetar o resto da avenida? Ou é uma zona interdita a pedra?

Chá

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Hoje, o programa da livraria-editora Som da Tinta prometia uma sessão de chá, antecedida de uma dissertação, por Eduardo Cachola, sobre a cultura e o ritual de degustação do dito. Por curiosidade decidi corresponder ao convite da organização, embora, confesso, tenha ido com a expectativa de assistir a uma cerimónia algures entre o exotérico e o esotérico. Chá... o que haveria a dizer sobre a coisa? Ouvi o prelector e fiquei com a sensação de que eu quase nada sabia sobre o assunto. Como se não bastasse, tive a oportunidade de beber um chá verde, aromatizado de figo de cacto. Tenciono repetir a experiência, extremamente agradável, e atrevo-me a sugeri-la a outros. Para mim, esta foi uma das melhores iniciativas jamais organizada pela Som da Tinta. Sorte, portanto, para as pessoas que lá foram. Que, refira-se, não foram poucas.

Post-scriptum. Eduardo Cachola prometeu voltar a Ourém. Na próxima vez para falar sobre outros produtos, o azeite, o vinho e o queijo. Nessa circunstância, tenciono tornar a estar presente. Agora com a expectativa de ir aprender algo, provavelmente mais do que consigo admitir neste instante, sobre essa(s) matéria(s).

Ourém Blog

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Pensei que já tivesse desistido mas ei-lo de volta. Que seja por bastante tempo, vizinho!

Política Vs Civilidade Vs Politiquice

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Política

do Gr. politiké

s. f., ciência do governo das nações;
arte de dirigir as relações entre os Estados;
princípios que orientam a atitude administrativa de um governo;
conjunto de objectivos que servem de base à planificação de uma ou mais actividades;
fig.,
astúcia;
maneira hábil de agir.

Civilidade

de civil

s. f., conjunto de formalidades que os cidadãos observam entre si, quando bem educados;
delicadeza;
cortesia;
etiqueta;
urbanidade.

Politiquice

s. f., deprec., política mesquinha, pouco escrupulosa;
acção de politiqueiro.

Tenho assistido nos últimos tempos no nosso universo virtual a um rol de acusações, tricas, trocas e baldrocas. Cada um escolhe a forma que melhor lhe assenta.
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6.20€, o preço do (meu) destino

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Não sou inclinado a simpatias. Mas há um momento em que convicta e prazenteiramente digo boa noite. Quando chego à portagem de Fátima. Depois de, vindo de Lisboa, galgar os cento e tal quilómetros por esse não-lugar que é a Áum, quase sempre a desoras, a velocidades proibidas, acompanhado pelo conforto que a solidão da madrugada me entrega, encontro habitualmente um de dois homens, os portageiros. Nada mais sei deles - para além daquele seu trabalho -, mas sinto que os conheço muito para além do que os posso conhecer. Às vezes gostava de conversar com eles. Sobre o tempo. Sobre as notícias da hora ou do dia. Sobre o ofício da noite. Sobre a vida. Ao baixar o vidro da porta do carro para lhes entregar o ticket reconheço nos seus gestos, nos seus modos, no seu cumprimento, na sua face, uma humanidade que raramente descubro noutros lugares ou noutras pessoas. Encontro naqueles dois homens, de quem não sei o nome, uma vez num, outra vez noutro, a melhor recepção que poderia desejar. Discreta. Afável. Simples. Talvez até plena. Os nossos encontros raramente vão para além de um minuto. Terminam no instante em que, a troco dos meus seis euros e vinte cêntimos, eles me entregam o recibo da portagem e dizem boa noite e boa viagem. Não é por eles que regresso a casa, a Ourém. Mas é uma satisfação encontrar-me furtivamente com eles, ali, às portas daqui, na fronteira entre o estranho e o familiar. Pois, para mim, eles são os primeiros embaixadores deste lugar, aqui mesmo. Aliás, não reconheço melhores, anfitriões, ou sequer outros.

A mentira que não oferece sombras

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Ontem assinei uma mentira. Sou o seu autor. Não me orgulho disso. Também não me envergonho. Apenas preferia que a mentira fosse verdadeira. Isto é, que não fosse uma paródia. Porém, tanto quanto sei, a tal mentira é, de facto, mentira. Por isso, quem quiser ver árvores mais encorpadas na praça Dr. Agostinho Albano de Almeida ou na praça da República terá de encontrar-se com a memória. Não com os lugares. Agora, esses lugares estão trajados apenas de calçada, de pedra. Como o coração e o juízo de quem assim os concebeu.

Acredite, se quiser

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Agastada com o desagrado difuso que tem vindo a ser revelado em relação ao resultado da intervenção urbanística no centro da cidade de Ourém, a Câmara Municipal contratualizou com a Ambiourém a transplantação de várias árvores de grande porte. As áreas a serem beneficiadas com tais árvores são a praça Dr. Agostinho Albano de Almeida, a do Café Central, e a praça da República, junto à igreja. Estima-se que a operação estará concluída até ao fim de Abril.

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