O Notícias de Fátima, provavelmente o projecto editorial local mais equilibrado, na última edição (n.º 345, 12.Março.2004, pp. 12-17) oferece-nos uma extensa entrevista a Luciano Guerra, reitor do santuário de Fátima. Embora ao longo da entrevista sejam abordados diversos tópicos, uma posição, em particular, do entrevistado sobressaltou-me: a demonização do entretenimento. Pois é à luz dessa demonização que Luciano Guerra parece pretender garantir “a pureza do Santuário” e do espaço que o envolve. Compreende-se o interesse da Igreja Católica em promover a imagem beata de Fátima. Mas acima, incomensuravelmente acima desse interesse estão os direitos das pessoas. E, entre eles, o direito ao divertimento e à alegria. É por isso que parece obtuso pretender “que as discotecas se deveriam banir da redondeza de Fátima o mais possível, porque as discotecas são hoje (...) a expressão máxima da degradação da nossa geração”. Até porque o pecado e o demónio domiciliam-se frequentemente em lugares bem mais improváveis do que as discotecas. Só não vê isso quem não quer.
Vade retro Satanas
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É mais fácil ser-se assaltado no santuário de Fátima à noite do que numa discoteca.
Por acaso conheço quem tenha sido espancado quase até à morte em pleno santuário de Fátima (não é gozo !!!)
Felizmente que os membros do clero CATÓLICO que são acusados e condenados por pedófilia, peculato, corrupção entre outras benfeitorias, são a regeneração de todas as gerações.