Um governo, dois planetas Portugal

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Num momento em que tanto se discute o que serão os distritos, era conveniente que houvesse uma noção clara do modo como a divisão distrital se projecta na matriz territorial dos diversos serviços administrativos.

Em entrevista ao Jornal de Leiria (n.º 1023, 19.Fevereiro.2004, pp. 16-17), o secretário de Estado adjunto do ministro da Presidência disse que “80% dos serviços do Estado têm uma coincidência administrativa e territorial de base distrital”.

Em entrevista ao Região de Leiria (n.º 3493, 27.Fevereiro.2004, pp. 6-7), o secretário de Estado da Administração Local disse que “os distritos existem hoje praticamente para eleger os deputados e ter um representante do governo. Veja-se que os serviços desconcentrados da administração central já não têm lá as competências, que passaram entretanto para os serviços regionais, e os fundos comunitários têm sido geridos numa lógica de regiões plano. No fundo, aquilo que é essencial, aquilo que são as alavancas do desenvolvimento, já não está circunscrito aos distritos”.

Como é óbvio, pelo menos um dos secretários de Estado não sabe o que diz. E pelo menos um deles, sobre esta matéria, devia estar calado.

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