março 2004 Archives

Já há tempos referi que as árvores da nossa cidade necessitavam de que o terreno que as envolve fosse remexido e adubado. Parecia-me a altura própria, já que não eram visitadas pela rega, no verão.
Claro que não houve adubo para elas, nem remexidas de terreno e parece-me que também não vai haver a rega desejada. Digo isto porque na Av.ª D.Nuno Álvares Pereira têm desaparecido algumas árvores. A época para a replantação das mesmas está a passar, e alguém deve achar que não vale a pena plantar essas árvores porque na época do calor vão morrer à sede e todo o esforço seria inútil. Restam-nos os buracos para que algum passante faça uma entorse, ou algo de mais grave, durante alguma passeata.
Não há para aí uma empresa da Câmara que trata destas coisas do Ambiente? Parece-me que sim!

Segundo a última edição do Notícias de Fátima (n.º 346, 26.Março.2004, p. 7), Vítor Frazão (vereador da Câmara Municipal de Ourém) e José Manuel Pinheiro Lopes (ex-presidente da mesa da Assembleia Municipal de Ourém), enquanto militantes do PSD/Fátima, assinaram voluntariamente, junto com outros, uma carta onde informavam que se demitiriam dos cargos partidários locais caso o município de Fátima não fosse criado. Como é sabido, o município de Fátima não foi criado. Mas tanto Vítor Frazão quanto José Manuel Pinheiro Lopes não renunciaram aos respectivos cargos na comissão política concelhia do PSD. Pensaram e, entretanto, mudaram de ideias, não se sabe se para melhores ideias. Quem não apreciou esta mudança de posição foram alguns dos outros signatários da referida epístola. Que, defraudados, acusam Vítor Frazão e José Manuel Pinheiro Lopes de, por contrariarem a palavra antes dada, terem dado um mau exemplo, que não contribui para a dignificação da actividade partidária.

Este fim-de-semana foi (re)eleita a direcção dos Bombeiros Voluntários de Ourém. Por isso, volto a perguntar: quando é que serão admitidas mulheres nos Bombeiros Voluntários de Ourém? Ou seja, até quando o corpo de bombeiros desta cidade permanecerá uma espécie de Clube do Bolinha?

O primeiro sinal da nossa passagem pelo mundo é o espaço, o modo como dele nos apropriamos. A primeira consequência de uma civilização é uma cidade: o que fazemos ao sítio que habitamos. Este tema tem adquirido a importância que lhe é devida na pós-modernidade depois de uma modernidade excessivamente optimista e confiante no homem como progresso científico. Foi olvidada a História e os Locais. Propagandeou-se um "estilo internacional" matriz para todos os territórios e todas as civilizações. É justamente a recuperação daquilo que foi esquecido e em certa medida destruído o programa do pós-modemismo.
Ao cruzar as estradas do país, percorrendo as ruas das cidades, um olhar mais sensível, há a sensação de um abandono. Uma leve impressão de que as coisas são assim, mas estão assim apenas porque já não há ninguém que delas cuide. Lembro-me do "habitar", vem-me à cabeça o texto do filósofo alemão em que se funde e confunde o habitar com o amar. Com o dar sentido a nós e à terra, ao sítio, ao passado e ao futuro. Com o erguer da casa e do templo, como a casa pode ser o templo ou a cidade uma casa. Lembro-me da sabedoria humilde dos antigos que em trabalhos e esforços ocupavam orgulhosamente um território a que chamavam seu, não porque estivesse registado no notário, mas porque simplesmente o trabalhavam, o amavam... e tantas vezes apenas basta um pequeno gesto! Mas para tal é necessário olhar. Antes, aprender a olhar, ser sensível ao belo que já existe, cuidarmos das heranças antigas, respeitarmos a respiração das coisas. A riqueza não é apenas económica é também cultural, e não me refiro apenas aos livros que lemos nem aos filmes da nossa vida, a riqueza e a cultura residem também no silêncio de umas pedras antigas, numa árvore que nos lembramos sempre ali terem existido, num jardim do qual recordamos a primeira vez que nos apaixonámos. As nossas vidas são ricas pelas memórias que transportamos, pela beleza que guardamos da nossa passagem pelo mundo: isto distingue-nos dos outros seres vivos.
Chegados aqui, não podemos culpar as imperfeições da democracia nem o poder político que nos representa. Ao lermos o território português não deixamos de nos sentir culpados pela poluição urbana que se nos depara: por actos ou omissões. Se é facto que as autoridades competentes estão pouco interessadas num crescimento, como agora se diz, sustentado, do território, não é menos verdade que os movimentos cívicos da locais são poucos ou mesmo inexistentes. É perigoso, pode hipotecar o futuro. Autocracia e política do "facto consumado" justapostas com a resignação de uma população que não sabe, não pode, ou não quer participar e muito menos agir, é o paradoxo em que vivem as autarquias. Se formos mais fundo nesta arqueologia da civilização podemos ainda recordar os problemas graves da educação, os alarmantes níveis de ileteracia, os poderes mais ou menos legítimos da comunicação social, os modelos que desta mesma comunicação social importamos, distorcemos e adaptamos livre e inconsequentemente para as nossas vivências.
Nada justifica esta calamidade pública e política, nem os jogos da pequena e ultramontana política nem sequer a ausência de participação dos cidadãos (nossa!).

Apenas algumas notas, que já não são novas e há muito foram forum dos oureenses.
O debate, ao tempo, situava-se entre a base áerea de Tancos e a base de Monte Real, e qual seria, em termos de turismo religioso, a que melhor serviria o Santuário de Fátima. Nunca se chegou a conclusões, até porque as estradas existentes eram outras. Cada um defendeu a sua dama, conforme se posicionasse mais para Leiria ou mais para o distrito de Santarém. Hoje, há uma tomada de posição clara e oficial: o nosso município decidiu Leiria. Estou à vontade porque essa foi também a minha posição.
O turismo religioso tem um ciclo de cerca de seis meses, pelo que Fátima não pode revindicar a construção de um aeoporto; é economicamente inviável. Justifica-se, porém, a existência de uma gare geograficamente próxima, que, na época de maior afluência de visitantes, possa receber vôos charters a partir de qualquer ponto do mundo, visando uma poupança de tempo aos peregrinos.
Com a construção da A23, Tancos ficou a cerca de 25 minutos de Fátima. Tancos, sob o ponto de vista estratégico-militar, perdeu importância, a não ser pelo facto de possuir um campo de formação para forças especiais, que se situa fora da Base, no antigo Quartel dos Paraquedistas. Por outro lado, a Base de Monte Real, pela sua localização geográfica, tem maior importância sob o ponto de vista do patrulhamento da orla marítima e parece que até já possui uma esquadrilha permanente de aviões para as missões necessárias, de patrulhamento da costa ou outras.
Logo, sem qualquer tipo de bairrismos, e salvo melhor opinião, sou pela abertura civil da Base de Tancos ao serviço do turismo religioso de Fátima, até por se tratar da alternativa com menores custos e que mais facilmente se põe em prática.
Fátima e todo o fenómeno da sua envolvência pouco tem a ver com o mar, mas muito com a serra. A opção por Tancos permite, além do mais, o contacto com a beleza da Serra d'Aire, convidando, ela própria, à espiritualidade.

Todos os comentários insultuosos para terceiros ou contendo linguagem grosseira serão apagados, sem apelo nem agravo.

Não queremos alojar tal conteúdo, nem precisamos da colaboração de pessoas que não saibam argumentar civilizadamente.

Segundo o jornal Região de Leiria, um cidadão oureense pediu ao Ministério Público a perda de mandato da maioria do executivo municipal.

Um cidadão residente em Ourém pediu esta semana ao Ministério Público que solicite a perda de mandato do presidente da Câmara Municipal e dos três vereadores social-democratas. Em causa está a remuneração auferida pela chefe de gabinete do presidente do município aprovada pela maioria em reunião do executivo em Novembro último.

Noticiado pelo Região de Leiria e Jornal de Leiria:

"Luciano Guerra, reitor do Santuário de Fátima, não teme qualquer atentado terrorista nos grandes dias de Fátima que começam em Maio próximo.

O responsável lembra que “a segurança ao redor do santuário esteve sempre entregue às forças policiais que, certamente, farão o melhor possível por estarem à altura da sua responsabilidade”, como, aliás, tem sucedido até ao momento. “Creio que os peregrinos podem estar descansados, como nós estamos”, sublinha o reitor."

Noticiado pelo Jornal de Leiria:

"O complexo escolar de Atouguia, em Ourém, vai ser ampliado, com a construção de uma mediateca, três salas de trabalho, instalações sanitárias, dois gabinetes (um para professores e outro para atendimento) e um espaço polivalente, onde funcionará também o refeitório. Nesse sentido, a Câmara Municipal deliberou recentemente transferir cerca de 35 mil euros para a Junta de Freguesia, destinados a custear as obras, comprometendo-se ainda a fornecer materiais de construção."

Noticiado pelo Jornal de Leiria:

"O novo estaleiro da Câmara de Ourém, cuja construção teve início recentemente, deverá ter um espaço destinado a acolher bens penhorados pelo tribunal ou apreendidos pelas forças de segurança.
Segundo Armando Neto, vereador da autarquia, a criação deste depósito visa dar reposta aos pedidos efectuados, quer pelo Tribunal de Ourém quer pela Polícia Judiciária, para que o município recolha nas suas instalações viaturas e materiais penhorados ou apreendidos. “Por uma questão de colaboração entre as instituições temos prestado esse apoio, criando nas oficinas camarárias uma zona fechada para receber esses bens”, explica o autarca, sublinhando, no entanto, que se trata de uma situação provisória.
Para o vereador, a solução ideal passará pela criação no novo estaleiro municipal, em construção no lugar de Pinheiros, de um espaço vedado, com acesso exclusivo do tribunal. “Estamos a estudar as condições de um acordo a celebrar entre a autarquia e o tribunal”, acrescenta Armando Neto."

Noticiado pelo jornal Público:

"A Câmara de Leiria anunciou ontem a criação do Conselho Municipal de Zeladores, composto por munícipes que vão alertar a autarquia para pequenos problemas da vida na cidade. Os cidadãos que compõem este órgão vão ter "acesso directo" aos serviços da autarquia, alertando-os para "um passeio levantado, um muro que está em risco de derrocada ou um contentor sujo", exemplificou Neusa Magalhães, vereadora do Ambiente da autarquia."

Em Ourém, o "acesso directo" já existe há séculos, chama-se 'Cunha Camarária'. De qualquer modo, aqui está um serviço que pode ser feito pelos participantes d' O Castelo, mesmo aqueles que não colaboram com artigos. Podem enviar textos, fotografias ou expor idéias, alertar situações e dar sugestões por e-mail para o nosso endereço ([email protected]) a fim de serem publicados. A única regra é a de não usarem o anonimato. O serviço público também pode passar por aqui. Porque não?

Há uns dias, verifiquei que foram colocados na Praça Mouzinho de Albuquerque e na Praça Dr. Agostinho Albano de Almeida cestos para depósito de dejectos caninos. Reparei, no entanto, num pormenor que faz toda a diferença: os dispensadores laterais de sacos não têm, por enquanto, sacos. A bem do sucesso da ideia, esperemos que passem a ter e que quem passeia por ali com o seu cão lhes dê uso. E, já agora, que se avance com a colocação de mais cestos noutros pontos da cidade.
Parece-me uma boa solução, bem mais realista que a dos wc's para cães a instalar na vizinha Leiria (não sei como é que se explica a um cão que é ali que tem de fazer, mas está bem).

Falamos exclusivamente disto: multiplicidade, linhas, estratos e segmentos, linhas de fuga e intensidades, agenciamentos maquínicos e seus diferentes tipos, os corpos sem órgãos e sua construção, sua selecção, o plano da consistência, as unidades de medida em cada caso.

Gilles Deleuze e Félix Guattari

A democratização dos processos e experiências cognitivas é o lugar de todos os paradoxos e de uma certa angústia face à emergência de novos paradigmas ou ausência destes. A Escola perde o seu carácter doutrinário e ideológico (como ainda e sobretudo no movimento moderno se observa) e torna-se o território por excelência da apreensão dos múltiplos caracteres de diversas ordens que confluem no projecto. Projecto como processo, lugar onde operam o subjectivismo individual (o ideal do artista que não está sujeito quer às condições quer às exigências do cliente, que advém do libertação individual do romantismo) e o empirismo na abordagem do património histórico e cultural da arquitectura. O que durante a aprendizagem da disciplina é positivo, desde o desejo de experimentação, da alegria da descoberta inerente a cada projecto, pode tornar-se, na passagem a uma prática efectiva na sociedade, um problema para os “jovens-arquitectos”, se esse acumular de experiências não for apoiado por um olhar objectivo à realidade.

Citado pela AFP, José Martins, da Direcção de Saúde Pública, alerta os peregrinos de Fátima para o perigo que é consumirem a água contida nas lembranças ali compradas e rotulada como ´àgua miraculosa`.

De acordo com aquele responsável, a água contida nos frasquinhos é um perigo para a saúde pública, já que é colhida numa fonte próxima do santuário mariano, não sendo submetida a qualquer controlo de higiene ou de qualidade.

Mais, José Martins alega para a irregularidade da menção ´àgua miraculosa` nos rótulos, já que tal designação viola de forma clara a lei.
Publicado em http://viajar.clix.pt/com/noticias.php (22/02/2003)

O que eu propunha é que nas lembranças ao lado do dizer "água miraculosa" seja posto um dizer onde se lê"ATENÇÃO APESAR DE MIRACULOSA ESTA ÁGUA NÃO É POTÁVEL, e depois em letras mais pequenas "para tirar partido das propriedades miraculosas desta água deve esfrega-la na zona que pretende curar 2x ao dia.
Fátima é de facto um local curioso...

O Castelo passou a contar com três recentes aquisições: Maria Pereira, João Amaro e Miguel Mangas. Sejam benvindos.

Hoje pela manhã, ao passar pelo cruzamento de Pinhel, lá estava a Brigada de Trânsito da G.N.R escondida atrás da casa do já saudoso Parreira. Sabemos que a sua presença nas estradas deve ter sempre um cariz de controlo e, especialmente de prevenção. Caramba, mas logo escondida atrás de uma casa, não será repressão? Ou serei eu que tenho azar e mania da perseguição e encontro sempre estes polícias em sítios esconsos?
O cruzamento de Pinhel é um ponto nevrálgico para acidentes, a merecer há muito uma rotunda já algumas vezes propagandeada, quando dá jeito a alguns senhores(?). A Brigada de Trânsito ao gostar tanto deste local, será que está a elaborar um relatório para as autoridades competentes, da necessidade, aí, da rotunda ou coloca-se na situação da verdadeira caça à multa, sem respeito pelos passantes.
Esta atitude pode aumentar no local os acidentes, pelo facto de num cruzamento perigoso as viaturas serem interceptadas e paradas. Irrita-me este tipo de prevenção.

O Castelo nos primeiros dias com sabor a Primavera...

E ainda dizem que a PSP só sabe é passar multas:

Dois homens, residentes em Lisboa e com cadastro por furto e burlas, foram apanhados pela PSP de Ourém a alterar a matrícula do carro em que se deslocavam, disse ontem fonte policial. Os dois homens, com 50 e 37 anos, foram surpreendidos na tarde de segunda-feira. Ambos os arguidos ficaram a aguardar julgamento com a obrigação de se apresentarem semanalmente na esquadra da área de residência. Via Público.

Fantástico. Os larápios foram surpreendidos. Se calhar não repararam que tinham estacionado mesmo em frente a um bloco de apartamentos, onde por acaso, também se situa a esquadra da polícia.

Deixo aqui duas referências para assuntos relacionados com o ambiente. A primeira, é uma notícia do Região de Leiria sobre o concurso 'Cria e Recicla' promovido pela Quercus e Câmara Municipal de Ourém junto das escolas do concelho. É sempre de louvar estas iniciativas junto dos mais jovens para que desde pequeninos sejam sensibilizados para a Reciclagem do Lixo que produzimos. Resta saber se os Postos Verdes em Ourém vão depois para um Aterro Sanitário normal ou são devidamente encaminhados. A segunda, é um artigo da autoria de Domingos Patacho, um amigo meu e oureense, conhecido defensor do meio-ambiente, da zona da ribeira de Seiça e activo associado da Quercus. Na sua análise, retrata sucintamente mas de maneira clara, o estado da floresta portuguesa e defende uma nova política florestal, já que a ausência de um cadastro geométrico da propriedade rústica actualizado não permite que o Estado possa regulamentar as propriedades e responsabilizar os proprietários pela limpeza das matas. A ler.

Passou ontem o dia 16 de Março, éfemeride que serviu de balão de ensaio à longa madrugada do 25 de Abril!.
Daqui, a minha homenagem e agradecimento ao Zé Quim Simões que esteve, ao tempo, como militar miliciano envolvido neste pré-golpe, despertador de muitas consciências adormecidas, para o términus do facismo nojento e abominável, que imperava neste País.
Se houver outro oureense ligado, a esta boa intentona, venha daí o seu nome. Os Oureenses foram sempre corajosos e amantes da democracia! Resta-nos dar um contributo à cultura das nossas gentes para que os génes da liberdade sejam sempre constantes, em todos.

Segundo notícia do Região de Leiria:

David Catarino, presidente da Câmara Municipal de Ourém, esteve esta semana em Caxarias onde, na presença de todo o elenco da Junta de Freguesia local, assinou um protocolo que permitirá levar à freguesia cerca de 130 mil euros de investimento, a aplicar na recuperação das ruas dos Bombeiros Voluntários e Padre Querido.
O valor transferido custeia a totalidade das obras, incluindo lancilagem. Ainda em Caxarias, Catarino assinou o contrato de empreitada que permitirá a construção da piscina de Caxarias. A obra, orçada em cerca de 700 mil euros, compreende uma piscina de 16,6 metros de comprimento por 10 de largura, com profundidade variável entre os 90 e os 130 centímetros, balneários, casas de banho, sala de professores, gabinete de primeiros socorros, sala para serviços de apoio e arranjos exteriores. Prevê-se que esteja concluída dentro de um ano.

No dia 15 deste mês estava na pacatez do meu lar e por volta da 1:30 toca o telemóvel, do outro lado o meu irmão, "Olha estou na auto estrada e fiquei sem gasóleo". Vou buscar um reservatòrio e faço-me à estrada (por esta altura estão a perguntar o que é que têm a ver com isto mas vem agora a parte de interesse). Pelo adiantar da hora dirigo-me às únicas bombas em Ourém que têm pagamento multibanco de combustível (que tenha conhecimento) , surpresa a máquina de pagamento automático avariada. Pensei, em Fátima resolvo o assunto, ao chegar a Fátima dirigo-me a uma bomba para abastecer, surpresa a máquina de pagamento automático desligada! Já irritado dirigo-me ao posto da P.S.P de Fátima para saber se tinham conhecimento de uma outra bomba perto que tivesse pagamento automático, resposta negativa (vim a saber depois que parece haver uma na estrada para Minde). Conclusão tive que me meter na auto-estrada no sentido norte até à estação de serviço de Leiria, dar meia volta e ir então até ao parque de merendas da auto-estrada com o precioso líquido. Depois desta aventura toda só me vinham duas ideias à cabeça, os proprietários das bombas de gasolina não gostam de fazer dinheiro (pouco provável), ou que andar de carro em Ourém e Fátima a partir da meia noite pode ser sinal de voltar para casa a pé !!!

O Notícias de Fátima, provavelmente o projecto editorial local mais equilibrado, na última edição (n.º 345, 12.Março.2004, pp. 12-17) oferece-nos uma extensa entrevista a Luciano Guerra, reitor do santuário de Fátima. Embora ao longo da entrevista sejam abordados diversos tópicos, uma posição, em particular, do entrevistado sobressaltou-me: a demonização do entretenimento. Pois é à luz dessa demonização que Luciano Guerra parece pretender garantir “a pureza do Santuário” e do espaço que o envolve. Compreende-se o interesse da Igreja Católica em promover a imagem beata de Fátima. Mas acima, incomensuravelmente acima desse interesse estão os direitos das pessoas. E, entre eles, o direito ao divertimento e à alegria. É por isso que parece obtuso pretender “que as discotecas se deveriam banir da redondeza de Fátima o mais possível, porque as discotecas são hoje (...) a expressão máxima da degradação da nossa geração”. Até porque o pecado e o demónio domiciliam-se frequentemente em lugares bem mais improváveis do que as discotecas. Só não vê isso quem não quer.

Hoje, o mínimo que se espera das elites – e que se lhes exige – é que sejam esclarecidas e informadas e que não reproduzam o catecismo das ideias feitas, sem outra ilustração que não os pré-conceitos e os preconceitos. Vem isto a propósito de um depoimento de Carlos Batista, presidente da ACISO, prestado ao Jornal de Leiria (n.º 1026, 11.Março.2004, p. 3), sobre a actual situação das mulheres na sociedade portuguesa.

No seguimento de um artigo de opinião publicado no Ourém E O Seu Concelho da autoria de João Moura, alguns colaboradores d'O Castelo enviaram para o referido jornal a seguinte resposta:

Na edição nº 767 - ano XXXIII de 29 de Fevereiro de 2004, pág. 11, João Moura escreve um artigo de opinião intitulado 'Blogs de Ourém'; onde critica alguns blogs da nossa praça (sic) onde alegadamente é atacado de forma baixa e anónima.

Embora concordemos que o insulto gratuito e os boatos do diz—que—disse devam ser liminarmente ignorados, porque todos temos direito ao nosso bom nome, não podemos deixar passar em claro o facto de não serem apontados os blogs onde tal acontece, ou, em alternativa (para não publicitar ainda mais sítios que recorrem aos instrumentos acima referidos), os blogs onde tal não acontece; e de todos os blogs serem postos no mesmo saco. A generalização é perigosa e deve evitar-se.

Pela nossa parte temos a consciência tranquila, O Castelo é um local aberto a quem lá quiser participar, e as únicas imposições feitas aos colaboradores são o respeito pelos outros e a obrigatoriedade de assinar o que escrevem.

Assinaram esta resposta André Machado; André Simões; Frederico Marques; Joana Figueiredo; Pedro Figueiredo; Miguel Mangas e Sérgio Faria

Os blogs locais e regionais estão a ganhar terreno e a começar a ter um papel fundamental na divulgação e discussão de temas que afectam todos nós em áreas muito localizadas. O Castelo é referido num texto publicado no Expresso deste sábado, 13 de Março (revista Única) pelo Paulo Querido, intitulado, Os blogs do Interior, ou como alguns preferem chamar, os blogs da Província. Não gosto do termo Província, faz-me lembrar o provincianismo bacoco e saloio que impera em muitas mentalidades e que também abundam nas zonas urbanas deste país. Queremos que O Castelo sirva de ferramenta para lutar contra o marasmo, contra o deixa andar, contra a banalidade, contra o provincianismo. Acredito pessoalmente que poderemos ter outro tipo de interior, desenvolvido e com melhor qualidade de vida. Como aqui alguém já referiu, queremos por Ourém no mapa. Já que para aceder ao Expresso Online é necessário registo, podem consultar o artigo aqui. Também são referidos o Praça da República em Beja, Sadinos e o Alandroal.

É verdade! A associação tem nova direcção, promete e planifica novas iniciativas. De imediato, a nona edição do passeio "Terras de Oueana", a ter lugar no fim de semana de 26/27 de Março.
As actividades desenvolvidas no Clube permitem que alguma gente que saiu do nosso concelho, venha à terra que a viu nascer, para participar nas provas. É uma nova forma de fazer regionalismo, só possível com gente nova.Força!

Uma vez que a nossa sondagem funciona numa base mensal (mais coisa menos coisa), e a deste mês ainda agora começou sugiro uma sondagem mais alargada com a seguinte pergunta.
Que Infra-estruturas gostava que fossem criadas em Ourém?
Dêm as vossas respostas nos comentários.

Segundo notícia do Região de Leiria:
AIP confirma interesse no centro de congressos

Mas Rocha de Matos adverte que “o adequado aproveitamento” destas potencialidades “exigem uma visão de longo prazo com a projecção de crescimento futuro para uma escala de intervenção mais ampla, com especial focalização no mercado internacional”. Por outro lado, Rocha de Matos lembra ainda que o projecto necessita de “uma gestão fortemente profissionalizada” de forma a criar “as bases de um novo e atractivo destino para o turismo de negócios”.

O gabinete de planeamento do município de Ourém - afinal parece que ele existe! - informou a Câmara Municipal que as alterações introduzidas pelo actual Governo ao regime da Sisa teve como consequência uma quebra de receita nessa rúbrica de mais de 560.000 euros (vide Região de Leiria, n.º 3495, 12.Março.2004, p. 20). Pretende agora David Catarino que o Governo compense o orçamento municipal, conforme, aliás, promessa assumida tanto pelo primeiro-ministro quanto pela ministra de Estado e das Finanças. Como costuma dizer-se, fia-te na virgem e não corras...

Segundo a última edição do Jornal de Leiria (n.º 1026, 11.Março.2004), "as instalações do Aero Clube de Pias Longas, em Ourém, vão ser transformadas num aeródromo, que ficará ao serviço da protecção civil. Com esse objectivo, foi assinado um protocolo entre a Câmara de Ourém, a Junta de Nossa Senhora das Misericórdias e o Aero Clube. O município vai custear o projecto e parte das obras e a Junta cede o terreno. A manutenção do espaço ficará a cargo do Aero Clube".

Há cinco ou seis meses o cemitério da cidade teve uma operação de "charme", com arranjo de calçadas, retoques de paredes, pintura da Capela, do portão e dos muros. Nem tão pouco foi esquecida a implantação de um parque de estacionamento. Até aqui tudo bem!
Todavia, sabemos todos nós como é difícil o trânsito na cidade, e infelizmente a zona do cemitério não escapa à regra. Quer isto dizer que qualquer viatura que suba em direcção ao cemitério, só tem acesso ao parque pelo lado da confluência da rua Capitão Salgueiro Maia com a rua N.ª Senhora de Fátima. A saída do parque faz-se pelo lado oeste (portão do cemitério), complicando todo o trânsito que já tem um volume de tráfego elevado. Muitos condutores vindos do lado da estrada do Vale, guinam à esquerda, sobem a rampa que também dá acesso ao cemitério e por aqui fazem a sua entrada na cidade, rumo à Av. D.Nuno Álvares Pereira.
Donde parecia razoável que o acesso ao citado parque fosse precisamente ao contrário: entrada a oeste pelo lado do portão do cemitério e saída pelo outro lado, onde o condutor tinha três hipóteses: rua N.ª Senhora de Fátima, rua Capitão Sagueiro Maia (direcção ao Casal da Charnequinha) ou pelo sítio nevrálgico, direcção à rua 1.ª de Dezembro. Que tal?
Já agora, para quando a implantação no local de uma rotunda que disciplinaria a entrada do trânsito da cidade, feito no local de forma anárquica e perigosa? A cunha de terreno lá existente, ainda por cima coberta de eucaliptos de grande porte, já não se justifica e tira toda a visibilidade aos condutores.

As alcunhas em cada localidade para além de brejeiras, advêm por vezes da personalidade do "batizado". Na nossa cidade há muitas, uns, ainda vivos e outros, que o tempo já viu partir. Todos sabemos muitas delas.
Outras vezes até os lugares, vilas e cidades também são "baltizadas". Ourém porque tinha a feira "dos três" , era conhecida por ser a terra mais honrada do País. Coitada, há cerca de duas décadas, foram-se! E mais não digo,
Porém, Ourém não perdeu esse tique brejeiro e ao mesmo tempo hilariante, e vai daí rebatizou a praça Dr. Agostinho Albano de Almeida (vulgo centro histórico?), por " Eira da Pedra". Sabe-se lá se foi algum comerciante desesperado, na expectativa de vender mais pirolitos, nas épocas de canícula?

Há mais de três anos, foi levado à Assembleia Muncipal de Ourém um pedido de empréstimo a contrair pela Câmara Muncipal, de forma a permitir a aquisição de um terreno junto à localidade de Carregal, junto à cidade de Ourém. O referido terreno serviria, na altura, para ser construído o Estádio Municipal de Ourém. Entretanto, os anos vão passando, e do referido Estádio nunca mais nenhum responsável camarário se pronunciou. Não terão os Oureenses direito a tão elementar estrutura desportiva, depois de em Fátima já ter sido iniciado a contrução do Estádio de Fátima?

Ontem ao ler um dos pasquins cá da zona (Ourém e seu concelho) saltou-me à vista um artigo de opinião de um Sr chamado João Moura de título Desabafos .... O artigo de tom persecutório falava em alguns blogs e na suposta perseguição e difamação que estes blogs lhe teriam cometido. Ora o que me aflige é que em nenhuma parte do texto o Sr refere o nome do blog ou blogs que lhe causaram tal infâmia. Uma vez que tenho conhecimento de três blogs relativos a Ourém, Ourém blog, Gaiteiro d´Ourém, e o nosso parece-me de bom tom que este Sr tivesse indicado exactamente qual ou quais os blogs que o difamaram, podendo estar a cair no erro de meter toda a fruta no mesmo saco. Depois pensei se não seria um erro de tipografia mas um pasquim como o referido tem concerteza uma revisão de texto antes de o publicar, logo essa hipótese foi posta de parte. Resta-me então uma análise, que é a utilização abusiva do plural de blog. É preciso ter cuidado onde se metem os s´ssssssssssssss...

A praça da igreja já tem luz. Como em tudo ou quase tudo na vida esta intervenção tem um lado positivo e um lado negativo.

Aspectos positivos:
-A zona sofreu um processo de ordenação (bem ou mal feito?)
-Os candeeiros são de bom gosto assim como os bancos
-Foram colocados postes com o propósito de evitar o estacionamento abusivo

Aspectos negativos:
-Tudo ou quase tudo que era verde foi assassinado
-Os bancos não têm costas, sendo esta praça muito utilizada por pessoas de idade não é o mais adequado
-Os bancos encontram-se desprovidos de qualquer sombra, mesmo que plantem árvores estas vão demorar muitos anos para cumprir as funções

Isto leva-me a concluir que a vontade de restruturar é positiva mas que as restruturações devem ser planeadas de ínicio pensando na ergonomia e nos processos possíveis para evitar o abate de árvores e o adequado funcionamento dos espaços.

Finalizam-se as obras no "centro histórico" (?) da cidade. Mais do que nunca, os automobilistas que pretendem deslocar-se ao comércio lá existente não têm outra alternativa do que estacionar na AV.ª D. Nuno Álvares Pereira. Esta, sendo uma via nacional, aos poucos, deixa de estar transitável. A rua paralela ao Centro de Apoio a Idosos encontra-se fechada há quase um ano (obras a passo de caracol), ela que sempre deu mais alguns estacionamentos à cidade.
Perante estes factos, parece ter chegado o tempo certo (se é que não chegou já há muito) para surgirem as alternativas à citada Avenida e Estrada Nacional.
Ou vamos esperar por buzinões que em nada dignificam a cidade e as suas gentes?

Vão ser gastos 1 milhão de Euros na requalificação do Agroal. Update: Notícia do Público:

"A câmara já identificou os maiores problemas do local, que incluem a falta de ordenamento do território, degradação das zonas pedonais, desqualificação da praia fluvial, falta de unidades de apoio aos banhistas, edifícios por requalificar, poucas unidades de alojamento e grande resíduos sólidos urbanos durante a época alta.

Além da requalificação das pontes pedonais sobre o Nabão, o projecto contempla a criação de uma ampla zona pedestre nas margens, a recuperação de uma nora e o aumento da iluminação em toda a zona."

Em política, uma das propriedades que mais se deve prezar é a integridade. Ou, se se preferir, a coerência. Vem isto a propósito de uma posição do secretário de Estado da Administração Local, segundo a qual seria perigoso fazer depender a instituição das futuras áreas metropolitanas ou comunidades intermunicipais da realização de referendos de âmbito local (vide Região de Leiria, n.º 3493, 27.Fevereiro.2004, p. 7).

Num momento em que tanto se discute o que serão os distritos, era conveniente que houvesse uma noção clara do modo como a divisão distrital se projecta na matriz territorial dos diversos serviços administrativos.

Nós aqui n'O Castelo gostamos de servir melhor quem nos visita. É por isso que decidimos criar um serviço de notificação por e-mail sempre que um novo artigo é publicado por aqui. Receber por mail os excerptos dos artigos permite estar mais a par do que por aqui acontece sem ter que nos visitar de hora a hora. Para os esquecidos também dá jeito, não é verdade? Ora bem, para subscrever o serviço e sem pagar mais um centavo por isso, basta enviar um mail para o endereço [email protected] (não necessita de assunto/subject nem texto). De seguida, receberá um mail de confirmação ao qual basta responder e de igual modo não é necessário texto adicional. E já está. Se por algum motivo quiser sair da lista, de igual modo basta enviar um mail para o endereço [email protected] esperar pela confirmação e confirmar com uma resposta. Para mudar de endereço na lista, siga os passos aqui descritos para se retirar e volte a inscrever-se a partir da conta que utiliza para o novo endereço. Se precisar de ajuda, pode contactar-nos.

Um presidente da Câmara Municipal não pode ser o presidente do conselho de administração de uma empresa municipal. Por vários motivos.

Na última sessão da Assembleia Municipal, na passada quinta-feira (26 de Fevereiro), o presidente da Câmara Municipal de Ourém lamentou o facto de haver apenas dois vereadores a tempo inteiro. Queixou-se que, por assim ser, estavam ele, David Catarino, e outros dois vereadores, Vítor Frazão e Armando Neto, sobrecarregados com trabalho. Mas, se assim é, por qual razão é que duas dessas três pessoas sobrecarregadas foram nomeadas para os conselhos de administração das empresas municipais?

O Sérgio tinha razão. As comadres não se zangam quando se trata de assegurar os interesses do Partido acima dos interesses Pessoais:

"David Catarino, presidente da Câmara Municipal de Ourém, deverá liderar a lista única à Comissão Política Concelhia do PSD. “Tudo aponta para aí”, afirmou o responsável ao REGIÃO DE LEIRIA.

Ao REGIÃO DE LEIRIA João Moura afirmou que, acima de interesses pessoais, “estão os interesses do partido”, pelo que os dois candidatos vão agora procurar obter um consenso na elaboração da lista única candidata à Comissão Política Concelhia."

Agora pergunto, os interesses de Ourém e concelho estão abaixo dos interesses do Partido? Que estratégia é que existe para retirar Ourém da letargia? Quando é que todas as forças políticas começam realmente a discutir idéias e deixarem-se de politiquices e ataques pessoais que não levam a lado nenhum e só causam ruído? Muito se fala nesta terra, mas pouco se faz. O mal não é só nosso, mas parece que é uma característica do país. Mais uma vez, chegaremos a épocas de eleições, os mesmos do costume irão recandidatar-se, a oposição irá escolher uns quantos candidatos caídos de paraquedas e sem interesse em Ourém para além de trampolim para outras paragens e Campos de Golfe, Teleférico para Fátima e Idas à Lua irão ser anunciados. A realidade é que o nosso concelho também morreu de novas idéias e de gente nova. Onde está a juventude partidária ou cívica? Nunca se sabe da sua existência excepto quando existem jantares nas épocas de eleições. O que realmente interessa é que o Presidente da Junta lá da aldeia tenha as estradas alcatroadas até casa, o pessoal tenha os empregos garantidos na Câmara e as eleições estão ganhas. E nem precisam de utilizar o fantasma comunista ao estilo da Madeira para assustar o povo sereno, já que Sérgio Ribeiro está bem longe e oposição, não existe. Parece que fazer oposição em Ourém é escrever cartas anónimas que acabam por beneficiar os visados. O resto é apenas ruído e enquanto for assim, Ourém caminhará para o paradigma da irrelevância e será cada vez mais uma região deprimida e sem vida.

"A Câmara Municipal de Ourém está interessada em comprar o espaço da congregação religiosa Monfortinos, instalada na Avenida Beato Nuno, em Fátima. Isso mesmo foi veiculado pelo presidente da autarquia esta segunda-feira no decorrer da reunião do executivo municipal. Na ocasião, o autarca deixou expressa a ideia de que aquele espaço poderia albergar a escola de hotelaria e turismo."

Link: Região de Leiria, edição nº 3493.