O poderzinho sur scènes

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O André já aqui apontou a coisa. Pois é. Um dos factos que ilustra de modo categórico a estreiteza saloia e provinciana dos poderes de paróquia é a mania que as senhoras e os senhores edis têm de desfilar como um pavão no plateau proporcionado pelo final de qualquer circunstância ou cerimónia pública. As personagens parecem sempre empinadas e emproadas, anunciadas como excelências. Depois falam, falam, falam. Sem necessidade. Ninguém quer ouvir tais personagens. Não há paciência. Por isso, as palmas que lhes batem são, sobretudo, palmas de piedade. O que é importante, o que é realmente importante, é o espectáculo que antecede o ritual patético do encerramento habitualmente protagonizado pelos autarcas. É isso, apenas isso, que justifica o preço do bilhete. Não, nunca, a presença e o discurso do senhor dr. presidente da Câmara Municipal ou de qualquer outra criatura. Tudo o que vem depois da apoteose é dispensável. E desnecessário. No sentido em que não serve outro propósito do que o típico expediente do armar ao pingarelho.

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