O meu castelo nosso

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Porque me sinto oureense, o velho castelo medieval que, do topo do morro, vigia os passos dos que por aqui andam é um dos símbolos que marca a minha identidade. É o meu castelo. Mas é também o castelo de tantos outros. É o ícone sob o qual os oureenses se reúnem, numa comunhão de passados, presentes e futuros, que é o mesmo que dizer de memórias, vidas e projectos.
O castelo d’Ourém pode visto a partir de diversos lugares. Há um, porém, que inquieta mais do que qualquer outro. Quem vem das Laranjeiras em direcção a Santo Amaro tem uma perspectiva única da fortaleza montada lá em cima, no alto. É uma revelação monumental, que arrebata, que cativa, que nos transforma em devotos e que, pela proximidade com que se revela, vinga em nós a sensação de que somos daqui, desta terra, deste chão, deste lastro. Ver o castelo dali, do fundo cercado de Santo Amaro, é uma sensação que sabe a poesia. E tende a corresponder a um momento único, em que nos sentimos parte de algo que, pela sua extraordinária grandeza, nos ultrapassa no tempo e no corpo. Funda-se aí, nesse sentir, mais do que no nascer, uma responsabilidade. Pois é por nos sentirmos daqui, mais do que por havermos nascido aqui, que somos oureenses. E nos devemos bater para que Ourém seja, porque pode ser, melhor. Muito melhor. Não é utopia. Não é sonho. É vontade realizável. É desejo desperto.

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2 Comentários

Sérgio, espero que O Castelo não seja apenas um mero lugar utópico de discussões avulsas. O teu começo contraria isso, facto esse que desperta e motiva.

Olá!

Visitei o seu blogue e gostei. Que tal trocamos os nossos links, você publica o meu e eu publiquei o seu?

http://ucrania-mozambique.blogspot.com

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